Hoje vamos falar de um dos maiores, senão o maior escritor brasileiro, Machado de Assis.
Joaquim Maria Machado de Assis, nasceu no Morro do Livramento, Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839, filho de pais pobres, com a morte da mãe, foi criado pela madrinha.
Dividia o tempo entre os estudos e a venda de doces.
Morro do Livramento
Vivenciou dois importantes fatos históricos: a abolição da escravatura e o fim do Império e início da República.
Iniciou sua vida de estudante em escola pública, mas não ficou muito tempo, tornou-se um autodidata.
Buscou ensinamentos e cultura na vida boêmia do Rio de Janeiro, onde teve contatos com mutos intelectuais, que o ajudaram no início da carreira.
Por ter origem negra, ser pobre, epilético e gago, ele teve que suplantar várias barreiras, mas com muito esforço conseguiu destaque.
Em 1854, publicou seu primeiro soneto em homenagem à ilustríssima senhora D.P.J.A, que ele chamava de Petronilha. Não se sabe quem é a Ilustríssima senhora D.P.J.A.
À ILMA. SRA. D. P. J. A. | |||
Quem pode em um momento descrever Tantas virtudes de que sois dotada Que fazem dos viventes ser amada Que mesmo em vida faz de amor morrer! O gênio que vos faz enobrecer, Virtude e graça de que sois coroada Vos fazem do esposo ser amada (Quanto é doce no mundo tal viver!) A natureza nessa obra primorosa, Obra que dentre todas as mais brilha, Ostenta-se brilhante e majestosa! Vós sois de vossa mãe a cara filha, Do esposo feliz, a grata esposa, Todos os dotes tens, ó Petronilha.
© MACHADO DE ASSIS
(Foi encontrado apenas o registro da data de divulgação do poema, 1854)
In Poesia Completa - Dispersas, 1854-1939 - Ortografia atualizada |
Em 1854, foi trabalhar na tipografia de Francisco de Paula Brito. Em 1855 Francisco publicou o poema "Ela" de Machado de Assis, no jornal "A Marmota fluminense".
Aos 21 anos já era figura de destaque no meio intelectual. Por indicação de Quintino Bocaiuva, vai trabalhar no Diário do Rio de Janeiro. Trabalha em vários órgãos públicos como o Ministério Indústria, Viação e Obras Públicas e na Imprensa Nacional.
Imprensa Nacional
Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas
Sua obra costuma ser dividida em duas partes:
A primeira, com obras como "Ressurreição - 1872 (seu livro de estréia), "A mão e a luva" 1874, "Helena" 1876 e "Iaiá Garcia" 1878, são de sua fase do Romantismo, e "Memórias Póstumas de Brás Cubas (um dos primeiro livros do Realismo) 1881, "Quincas Borba" 1892, "D.Casmurro" 1900 e "Memorial de Aires" 1908, são da fase do Realismo.
Escreve ainda contos importantes, como "O Alienista", "O espelho" e "Missa do Galo", além de poemas, e peças de teatro.
Em 12 de novembro de 1869, casa-se com Carolina Augusta Xavier de Novaes, não tiveram filhos.
Em 1897, junto com outros intelectuais fundam a Academia Brasileira de Letras, nos moldes das academias europeias.
De pé: Rodolfo Amoedo, Artur Azevedo, Inglês de Sousa, Bilac, Veríssimo, Bandeira, Filinto de Almeida, Passos, Magalhães, Bernardelli, Rodrigo Octavio, Peixoto; sentados: João Ribeiro, Machado, Lúcio de Mendonça e Silva Ramos.
Machado de Assis foi o primeiro presidente da A.B.L.
Em 1904, morre Carolina, sua esposa, o que lhe causa muita dor e depressão. Finalmente em 29 de setembro de 1908, morre o grande escritor brasileiro, na famosa casa do Cosme Velho.
Estudantes e amigos, dentre eles, Euclides da Cunha, saem da Academia Brasileira de Letras conduzindo seu caixão até o cemitério São João Batista
Fontes:
wikipedia.org
educacao.uol.com.br
ebiografia.com/machadodeassis
brasilescola.uol.com.br
avoadapoesia.com.br
algosobre.com.br/machadodeassis
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