Olá,pessoal !
Hoje vamos falar na elite brasileira. O que é quem são ?
Ao contrário do que alguns pensam, todos os países tem suas elites, econômicas, sociais, intelectuais.
Isso é normal numa democracia, nem todos serão milionários, mas também não podemos aceitar que a maioria seja miserável.
O ideal seria um meio termo.
No Brasil desde a época do descobrimento, e principalmente depois da chegada da família real portuguesa no Brasil em 1808, a elite, que chamaremos de poderosos, sempre tiveram privilégios, negados para a maioria da população.
O problema da elite e de parte da classe média brasileira não é a corrupção. Para o doutor em Economia Róber Iturriet Avila, insatisfação tem mais a ver com ascensão social e aumento do poder aquisitivo das classes menos favorecidas. “Na história do Brasil, sempre que o salário mínimo e a renda média subiram, houve algum tipo de intento golpista”
No Brasil, a constatação de que a escravidão foi excessivamente longa já sinalizava que o arranjo da sociedade é deveras estamental. Políticas progressistas sempre encontraram fortes barreiras conservadoras.
Os conflitos de 1954, por exemplo, foram intensos. Na superfície, o governo estava cercado diante dos “escândalos” de corrupção. A constante oposição na imprensa desgastava Vargas. Em 1954, o então presidente aumentou o salário mínimo em 100%. Quem não é ingênuo sabe que Vargas estava contrariando interesses empresariais, tanto com a concessão de direitos trabalhistas e civis, quanto com ampliações salariais. O suicídio foi a saída honrosa ao cerco montado.
João Goulart foi presidente em um período de conflitos. Seu governo concedia elevados aumentos salariais, prometia reforma urbana, voto de analfabetos, elegibilidade de todos brasileiros, reforma agrária, concessão de terras a trabalhadores rurais, justiça social, emancipação dos brasileiros. Caiu! O receio do “golpe comunista” foi o discurso raso que justificava.
Vargas e Goulart saíram do poder ao tempo em que concediam direitos sociais, sobretudo aos menos favorecidos. Não é novidade que durante os últimos treze anos, os trabalhadores ampliaram sua renda, o salário mínimo cresceu de maneira contínua e houve uma série de programas sociais.
Vimos o ódio contra o aumento da população nos aeroportos, e com o número de carros nas ruas.
Nossa elite, ao contrário da de outros países, não aceita perder privilégios, e não aceita de maneira alguma a ascensão social de classes mais baixas, mesmo que isso represente um aumento no mercado de consumo, gerando renda, salários e impostos.
No Brasil, os governos, nem mesmos, os ditos progressistas, fizeram quase nada para reverter as enormes diferenças sociais em nosso país.
Ideia de elite é chamada de opinião. Ideia contra a elite é chamada de ideologia.
A elite diz que conceder benefícios aos mais pobres não é direito, é esmola, uma coisa que deixa as pessoas preguiçosas, vagabundas.
Como num passe de mágica, quando a elite recebe recursos governamentais ou isenções fiscais, a esmola se transforma em incentivo produtivo para o Brasil crescer.
Como num passe de mágica, quando a elite recebe recursos governamentais ou isenções fiscais, a esmola se transforma em incentivo produtivo para o Brasil crescer.
Pagar salário de servidor público e os custos da escola e do hospital é gasto público. Pagar muito mais em juros altos ao sistema financeiro é "responsabilidade fiscal".
Quando um governo mexe no cálculo do dinheiro que é reservado a pagar juros, é acusado de ser leniente com as contas públicas e de fazer "contabilidade criativa".
Quando o governo da elite, décadas atrás, decidiu fazer contabilidade criativa, gastando menos com educação e saúde do que a Constituição determinava, deram a isso o pomposo nome de "Desvinculação das Receitas da União" - inventaram até uma sigla (D.R.U.), para ficar mais nebuloso e mais chique.
Quando um governo mexe no cálculo do dinheiro que é reservado a pagar juros, é acusado de ser leniente com as contas públicas e de fazer "contabilidade criativa".
Quando o governo da elite, décadas atrás, decidiu fazer contabilidade criativa, gastando menos com educação e saúde do que a Constituição determinava, deram a isso o pomposo nome de "Desvinculação das Receitas da União" - inventaram até uma sigla (D.R.U.), para ficar mais nebuloso e mais chique.
Enfim uma sociedade precisa ter uma elite robusta, que invista no país, que gere empregos, e renda, mas também deve dar condições das classes mais baixas de crescerem e subir na estratificação social. Para isso o Estado precisa investir em educação, saúde e segurança. Para isso é preciso um sistema tributário que cobre mais impostos daqueles que possuem uma renda maior e diminua os impostos dos mais carentes.
Fontes:
cartamaior.com.br
pragmatismopolitico.com.br
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