sábado, 24 de junho de 2017

Olá, pessoal !

Hoje vamos falar da primeira grande greve no Brasil em 1917.

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A greve atingiu principalmente a cidade de São Paulo, além do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

A Greve Geral se iniciou com os trabalhadores da indústria têxtil reivindicando aumento salarial. No mês seguinte o Comitê de Defesa Proletária (organismo que surgiu para coordenar a luta) publicou uma pauta de reivindicações mais ampla, que incluía: a luta contra a chamada carestia de vida, a adoção da jornada de trabalho de 8 horas por dia e a abolição do trabalho infantil.

A fundação da Confederação Operaria Brasileira (C.O.B.) em 1906, por iniciativa de sindicatos do Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul e Pernambuco foi um dos mais importantes marcos no processo de mobilização do operariado brasileiro. Na esfera ideológica, desde 1892, verificava-se a presença de princípios socialistas entre elementos da incipiente classe operária, que até a década de 1920 era mais influenciado pela ideologia anarquista e anarco-sindicalista, inspirada nas doutrinas dos russos Bakunin e Kropotkin e no francês Proudhon.
Para o anarquismo, o operariado deve ter como objetivo final a implantação de uma sociedade igualitária, antecedida da destruição do Estado capitalista. O anarquismo, contrário a toda forma de governo, entende o Estado e a política como invenções burguesas, negando qualquer forma de poder institucionalizado.
A afirmação do socialismo em substituição ao anarquismo no Brasil, ocorre principalmente depois dos anos de 1917-18, quando um grande movimento grevista agita inicialmente o eixo São Paulo-Rio para logo depois afetar os principais centros industriais do país.
A primeiro grande movimento grevista da história sindical no Brasil que paralisou a cidade de São Paulo em 1917, iniciou-se com greves localizadas em fábricas têxteis, ainda no mês de junho nos bairros da Moóca e do Ipiranga. Os líderes grevistas reivindicavam melhores salários e melhores condições de trabalho, além da exigência de supressão da contribuição "pró-pátria" (campanha de apoio financeiro à Itália, desenvolvida pela burguesia imigrante de São Paulo, chegando até a fazer descontos dos salários dos trabalhadores, como foi o caso do Cortonifício Crespi). As manifestações de rua foram duramente reprimidas pela polícia, culminando com o assassinato do sapateiro anarquista Antonio Martínez. Durante um mês a cidade de São Paulo viveu a agitação dos comitês de greves, que apesar de mostrar uma considerável capacidade de mobilização do operariado, não serviram para sensibilizar o Estado.
Ao longo de toda República Velha (1889-1930) os governos oligárquicos tratavam a questão social como "caso de polícia", preferindo assim, adotar medidas arbitrárias, como espancamento e prisão das lideranças grevistas e expulsão dos estrangeiros do país.
Apesar da forte repressão, o movimento grevista liderado pelo sindicalismo de inspiração anarquista e com a participação maciça de imigrantes italianos e espanhóis, estendeu-se praticamente até 1919 para várias regiões do território brasileiro.
Se por um lado as greves não alcançaram seus objetivos mais imediatos, certamente contribuíram p
ara promover debates no meio operário sobre os rumos do movimento sindical.







As reivindicações eram pela diminuição da jornada de trabalho para 8 horas diárias, repouso semanal remunerado, melhores condições de trabalho e de segurança, não raro aconteciam acidentes de trabalho, e ao trabalhador acidentado não era dado nenhum apoio. 
Nem mesmo o direito de organização sindical era permitido, além do trabalho de crianças com 8, 9 e 10 anos de idade.

A repressão policial era enorme, e os policiais estavam orientados a atirar para matar.

As leis trabalhistas que hoje protegem o trabalhador foram conquistadas com muita luta e muito sangue, e não podem ser retiradas sem que a classe operária se mobilize.

As reformas sempre são bem vindas, desde que não signifique o retrocesso.


Fontes:
uniaoanarquia.wordpress.com
educacao.uol.com.br
wikipedia.org
historianet.com.br

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