domingo, 25 de junho de 2017

Olá, pessoal !

Hoje vamos falar um pouco sobre o cinema brasileiro da segunda metade do século XX.

É claro que não podemos deixar de falar sobre Atlântida e Vera Cruz.

A Atlântida Cinematográfica foi fundada em 18 de setembro de 1941, no Rio de Janeiro por Moacir Fenelon e José Carlos Burle.

Até 1962 quando encerrou as atividades produziu 66 filmes de lona metragem. Teve seu auge na década de 50, quando produziu suas famosas "chanchadas".


                                  
                                                   "  Vou ver Iaiá" - 1956
                                              Grande Otelo e Dercy Gonçalves


                                                 "Carnaval no fogo" 1949
                                                   Oscarito e Grande Otelo


                                                    Globo repórter 1991
                                                        Atlântida

Estreou com "Moleque Tião" mas fez muito sucesso com as "chanchadas" revelando nomes como ; Anselmo Duarte, Zé Trindade, Oscarito, Eliana, Grande Otelo, Ivan Cury, Cyl Farney, entre outros.


                                                        
                                                    Grandes estrelas da Atlântida


Outra companhia cinematográfica importante na década de 50 foi a Vera Cruz fundada por Franco Zampari e Francisco Matarazzo Sobrinho (Ciccillo Matarazzo) em São Bernardo do Campo, São Paulo.



                                                  Estúdios da Vera cruz


Esse fato é retratado na série da Globo "Um só coração".

O local com 100.000 m² ocupava antes uma granja da família Matarazzo.

Franco Zampari era um homem do teatro e pouco entendia de cinema, então chamou o renomado Alberto Cavalcanti que tinha tido experiência com o cinema inglês, para tocar o projeto.

Depois de vários fracassos e dispêndio de dinheiro chamaram o comerciante português Fernando de Barros, que tinha tido experiência com o cinema carioca em baratear os custos de produção.

Sob a supervisão de Cavalcanti foram feitos três filmes: " Caiçara", "Terra é sempre terra" e os curta "Painel e Santuário".

O auge da companhia se deu com o filme "O Cangaceiro" de 1953. Filme de Lima Barreto, com diálogos de Rache de Queirós, com Alberto Ruschel e Marisa Prado . O filme representou o Brasil no Festival de Veneza e Cannes, conseguindo alguns prêmios.

O filme foi distribuído pela Columbia Pictures, que ficou com o lucro de exibição do filme pelo mundo, algo em torno de 50 milhões de dólares.




                                                 O Cangaceiro   
        música "mulher rendeira" interpretada por Vanja Orico e Demônios da garoa



Problemas de má gestão, com pessoal não qualificado a frente de produções cinematográficas, como também desvios de dinheiro fizeram a empresa durar apenas 5 anos.

Apesar da má gestão, a Cia. Vera Cruz também  revelou alguns nomes que se destacaram mais tarde no cinema brasileiro; como o técnico de som Michael Stoll, e um dos principais atores e produtores do cinema nacional "Amâncio Mazaroppi.



                                                              Mazaroppi





Outro filme de sucesso foi "Tico-tico no fubá" de 1952, baseado na música de Zequinha de Abreu.Apresentando Tônia Carreiro e Anselmo Duarte, dirigido por Adolfo Celi.





                                                   Tico-tico no fubá

Em cinco anos de funcionamento a Cia Vera Cruz produziu 22 filmes entre curtas e longa metragens.




Fontes:
wikipedia.org
youtube.com

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