quinta-feira, 5 de junho de 2025

 









A Invencível Armada é um termo utilizado para designar a frota marítima-militar espanhola que foi organizada para atacar a Inglaterra e destituir sua governante, a rainha Elizabeth I (1533-1603), da Casa Tudor, a mando do rei Felipe II (1527-98), da Casa Habsburgo.

As origens deste projeto podem ser traçadas até o início do reinado da filha de Henrique VIII com Ana Bolena, em 1559, quando a recém-coroada Elizabeth rejeitaria o pedido do casamento de Felipe II, então viúvo de sua meia-irmã mais velha, Maria I (1516-58). Depois disso, a relação entre os monarcas seria de cordial animosidade por cerca de duas décadas. A cada ano que se passava, porém, o desenvolvimento agressivo do comércio inglês e a atividade de seus corsários contra as possessões ultramarinas de Espanha e Portugal – além da consolidação da ascendência religiosa protestante – tornavam Felipe II cada vez mais politicamente hostil em relação ao governo elisabetano.

Felipe II da Espanha


A eleição de Sisto V (1521-90) como papa, em 1585, foi quando primeiro ocorreram conversas a respeito de uma conquista católica da Inglaterra. A ideia foi consolidada após o saque da Galícia por corsários ingleses no mesmo ano. Em 1586, como parte dos preparativos para a invasão, Felipe II vetou todo comércio entre Inglaterra e a Península Ibérica, além de estimular conspirações para assassinar Elizabeth I e substituí-la pela sua prima católica presa há quase vinte anos – Maria Stuart, rainha destronada da Escócia. Contudo, uma dessas conspirações seria descoberta. Acusada de conveniência com o plano regicida, Maria Stuart foi julgada e decapitada em fevereiro de 1587.


Elizabeth I



Sabendo da participação de Felipe II na conspiração, Elizabeth I ordenou mais ataques corsários contra os territórios espanhóis. Isso não impediria que a Armada organizada ao longo dos últimos anos com as forças combinadas do Império Habsburgo pudesse se reunir, partindo finalmente para atacar o reino inglês em 21 de julho. Eram, no total, 130 navios carregando cerca de 30.000 soldados. As forças inglesas, por outro lado, somavam apenas cerca de 200 navios e 16.000 mil soldados.




No dia 30, a Armada já estava na costa inglesa. Navios espiões, contudo, já haviam detectado a aproximação, causando os primeiros confrontos entre ingleses e espanhóis logo no dia seguinte. Nos próximos dias, ventos empurraram os navios espanhóis contra os adversários, causando confrontos tão violentos que foi necessário que as forças de Felipe II ancorassem em Calais para se reorganizar. Em cinco de agosto, os ingleses lançaram um ataque surpresa envolvendo navios incendiários.




Esta manobra inesperada semeia o terror e um indescritível caos. A fim de escapar às chamas, os capitães ordenam cortar as amarras atando-as às âncoras. A frota espanhola se dispersa em meio à escuridão. Ao alvorecer, o duque de Medina Sidonia se empenha em reagrupar seus navios.

É então que tem início, ao largo de Gravelines, o confronto final com os ingleses. Durante horas, a canhonada ribomba. Os espanhois recebem o fogo do inimigo sem poder responder eficazmente. E para cúmulo da desventura, um forte vento sul empurra os navios em dispersão na direção norte.

Na impossibilidade de reagrupar os 112 navios que lhe restava, sem notícia dos eventuais preparativos da parte do duque de Parma e de suas chatas de desembarque, Médina Sidonia se resigna a retornar à Espanha pela única rota possível em vista das circunstâncias e os ventos: contornar a Escócia e a Irlanda e fazer velas em direção à Espanha.

Desafortunadamente, o mar não foi nem um pouco clemente e muitos navios desapareceram na costa da Irlanda. Tripulantes sobreviventes foram massacrados pelos insulares. Apenas um punhado deles chegaram a rever a terra espanhola.


Fontes:

infoescola.com
google.com
wikipedia.org
operamundi.uol.com.br















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