Hoje vamos falar de Ana Bolena.
Ana Bolena foi a segunda esposa de Henrique VIII, rei da Inglaterra. O casamento foi polêmico já que o rei teve que anular sua união com Catarina de Aragão, o que era proibido. Por conta do episódio, Henrique VIII foi excomungado pelo Papa Clemente VII e fundou a Igreja Anglicana. Ana foi coroada rainha no dia 23 de maio de 1533 e manteve-se no trono por aproximadamente 1000 dias. Da união com Henrique VIII, Ana teve uma filha, mas nunca conseguiu gerar um menino. Sua filha, Elizabeth, se tornou umas das maiores rainhas da Inglaterra.

Ana Bolena nasceu em torno de 1501, provavelmente em Bickling (Norfolk), na Inglaterra, e foi executada no dia 18 de maio de 1536, na Torre de Londres. Ela era filha de sir Thomas Bolena (Boleyn) e de Isabel Howard, filha do duque de Norfolk. Após passar os anos 1519 a 1521 na corte francesa, Ana regressou à Inglaterra e foi cortejada pelo próprio rei. Ela era uma das mais admiradas senhoritas da corte e chamava a atenção de vários homens.
Na contramão do que alega a grande maioria dos historiadores contemporâneos, partidários da inocência da rainha, o autor George Bernard, professor da Universidade de Southampton, na Inglaterra, acredita que ela pode ter mesmo pulado a cerca. E até três vezes, talvez por causa da desesperada tentativa de conseguir um herdeiro do rei.
O pesquisador contesta a visão de que a mais famosa dos Bolenas tenha sido vítima de uma armação, seja por parte de Henrique VIII, interessado em ter um filho homem (que ela não dava), seja por parte de nobres inimigos, em busca de mais poder.
Para chegar a essa conclusão, Bernard baseia-se principalmente em um poema de 1536, escrito por Lancelot de Carles, diplomata francês na Inglaterra. Segundo um dos trechos, a infidelidade da rainha veio à tona por acaso, numa discussão entre uma de suas damas de companhia, a condessa de Worcester, e o irmão, que a acusava de adultério.
Na tentativa de se defender, a condessa teria alegado que suas escapadas não eram nada se comparadas às da rainha - ela, sim, ia para cama não só com um músico da corte, mas com o próprio irmão. Pronto, estaria engatilhado o processo que custou a vida de Ana e a de seus cinco supostos amantes. Entre eles, o músico da corte Mark Smeaton, o único réu confesso. Interrogado, disse que dormiu três vezes com a rainha.
Por outro lado, outros historiadores afirmam ao contrário.
O historiador e biógrafo Eric Ives acredita que o político Thomas Cromwel, primeiro ministro de Henrique VIII, pode ter planejado a queda e execução de Ana Bolena. As conversas entre ele e Chapuys o indicam como instigador da trama para remover a rainha. Prova disso é vista através de cartas escritas por Chapuys sobre como Ana diferiu com Cromwell sobre a redistribuição das receitas da Igreja e sobre a política externa. Ela defendeu que as receitas deveriam ser distribuídas para instituições beneficentes e educacionais, e era a favor de uma aliança com a França. Cromwell insistia em encher os cofres exauridos do rei, e preferiu uma aliança imperial. Por estas razões, sugere Eric Ives, "Ana Bolena tornou-se uma grande ameaça para Thomas Cromwell". Por outro lado, John Schofield, também biógrafo, alega que não houve luta pelo poder existente entre Ana e Cromwell, e que "nenhum traço pode ser encontrado de uma conspiração por parte de Cromwell contra Ana. Cromwell envolveu-se no drama real conjugal somente quando Henrique VIII o mandou para o caso". Cromwell não fabricou as acusações de adultério, embora ele e outros da corte tenham usado tais comentários para sustentar a crise conjugal de Henrique VIII e Ana Bolena. O historiador Retha Warnicke questiona se Cromwell poderia ter manipulado o rei em tal assunto. Henrique se emitiu as instruções cruciais: seus oficiais, incluindo Cromwell, foram deixados de fora. O resultado, os historiadores concordam, era uma farsa jurídica.

Ana Bolena na Torre de Londres
Fontes:
seuhistory.com/biografias/ana-bolena
aventurasnahistoria.uol.com.br
google.com
wikipedia.org
Nenhum comentário:
Postar um comentário