sexta-feira, 12 de julho de 2024



A Batalha de Trafalgar foi uma das maiores batalhas navais da história. Ocorrida em outubro de 1805, lutaram por lados opostos na batalha a esquadra inglesa, de um lado, e as esquadras francesa e espanhola, de outro. Essa batalha aconteceu no cabo de Trafalgar, litoral sul da Espanha, próximo ao estreito de Gibraltar.






A Batalha de Trafalgar inseriu-se nas guerras napoleônicas travadas entre França e Inglaterra. Nesse momento, a batalha colocava em questão a invasão das ilhas britânicas, uma pretensão de Napoleão Bonaparte em acabar com o poderio econômico e militar inglês. O objetivo de Napoleão era direcionar as esquadras que se encontravam no Mediterrâneo para o apoio de outras esquadras que estavam próximas ao Canal da Mancha.



Almirante Nelson


Os navios franceses e espanhóis, em número de 33, posicionaram-se em linha, em uma estratégia comum de luta entre navios à vela na época, em razão de esse posicionamento possibilitar o ataque com os tanques, localizados nas laterais das embarcações. Em fila indiana e com os navios direcionados lateralmente ao inimigo, ampliava-se a área de ataque durante as batalhas.



Napoleão Bonaparte


A campanha naval começou como parte do plano de Napoleão Bonaparte para invadir a Grã-Bretanha no verão de 1805. Napoleão precisava ganhar o controle do Canal da Mancha para permitir que seu grande exército o cruzasse. Ao mesmo tempo, procurava uma oportunidade para atacar a Grã-Bretanha, sem ter que lutar contra Nelson e a Marinha Real.








Para conseguir isso, ele ordenou que os três esquadrões da frota francesa bloqueados em Brest, Toulon e outros portos saíssem, se reunissem nas índias Ocidentais e depois retornassem como uma frota para ganhar o controle do Canal.

A Inglaterra depositava todas as suas esperanças no almirante Horatio Nelson, um brilhante estrategista naval.





Nelson era um estrategista brilhante e muitas vezes foi capaz de surpreender seus inimigos por táticas audaciosas. Na Batalha do Nilo, em 1798, sua ousadia e coragem surpreendeu completamente os franceses quando navegou seus navios entre a costa e a frota francesa.

As armas francesas que vigiavam a costa não estavam prontas para a ação, porque acreditava-se que Nelson não poderia atacar a partir dessa posição!





Nelson antecipou cada movimento do inimigo. Na manhã do dia 21, as frotas já estavam visíveis uma à outra. Ele formou sua frota em duas colunas para um ataque arriscado, expondo seus navios ao fogo inimigo. Sabendo que uma tempestade se aproximava, precisava agir rápido.







A frota britânica avançou em duas colunas diretamente contra os franceses. Nelson liderou a primeira, mirando no navio-almirante inimigo, enquanto a segunda coluna, comandada pelo almirante Cuthbert Collingwood, tinha o objetivo de desorientar e destruir os inimigos já confusos.

Trafalgar foi uma ação de frotas muito próximas. Navios manobraram até o inimigo e abriram fogo em uma distância de alguns metros.
“A Inglaterra espera que cada homem cumpra seu dever”


Enquanto seus navios se aproximavam do inimigo, Nelson percorreu o convés do HMS Victory, animando a tripulação. Ele havia enviado o famoso sinal: “A Inglaterra espera que cada homem cumpra seu dever.”

Por volta das 12h35, a linha inimiga côncava permitiu que o Victory abrisse fogo. Em seguida, ao se posicionar na popa do Bucentaure, navio-almirante francês, o Victory disparou uma salva dupla devastadora, ferindo ou matando mais de 200 homens. O almirante Villeneuve era o único de pé no convés do Bucentaure.

O Redoutable bloqueou o caminho do Victory, e Nelson se viu lutando contra três navios no meio da frota inimiga. Os franceses do Redoutable abordaram o Victory e iniciaram uma luta corpo a corpo, mas foram rechaçados.






Mesmo assim, Nelson conseguiu desferir o golpe decisivo. Villeneuve foi capturado em um navio semidestruído, e o centro franco-espanhol mergulhou no caos.


Apesar de Nelson ter sido mortalmente ferido por volta das 13h15, a batalha continuou. A artilharia britânica, mais rápida e eficaz, desgastava constantemente as forças inimigas. Em três horas, a frota franco-espanhola começou a colapsar.

A vitória teve um alto custo: cerca de 1.700 britânicos mortos ou feridos, contra 6.000 vítimas inimigas e quase 20.000 prisioneiros. A tempestade que se seguiu à batalha aumentou as perdas, tanto de vidas quanto do navio-capitânia de Villeneuve.






Lord Horatio Nelson morreu baleado no auge da batalha, apesar da vitória inglesa. Preservaram seu corpo em álcool para a viagem de volta. Ele chegou ao Royal Hospital for Seamen, em Greenwich, agora o Old Royal Naval College, em 24 de dezembro de 1805.

Nelson é um dos mais cultuados heróis ingleses. Para Byron, ele era o “Deus da Guerra da Bretanha”. Foi enterrado na Catedral de São Paulo. O rei George III premiou com medalhas os oficiais superiores e capitães dos navios de linha de Trafalgar. Uma pesquisa feita em 2008 revelou que Nelson é o maior herói militar da Grã-Bretanha de todos os tempos.




A Batalha de Trafalgar cimentou a reputação da Grã-Bretanha como governante dos mares e demonstrou que a Marinha Real tinha superioridade em treinamento, profissionalismo e experiência em táticas navais que a diferenciavam de seus rivais. Em 1809 havia mais de 140.000 homens servindo em 732 navios. A partir deste ponto e até a Segunda Guerra Mundial, a marinha inglesa dominou os mares do planeta.

O HMS Victory foi remodelado e preservado como uma relíquia. Ele ainda faz parte da Marinha Real e pode ser visitado no Portsmouth Historic Dockyard.


Fontes:

wikipedia.org
google.com
marsemfim.com.br/a-batalha-de-trafalgar
infopedia.pt
brasilescola.uol.com.br







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