quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Olá, pessoal!

Hoje vamos retornar ao tema da Mitologia Grega, falando de Eros e Psiquê.





A mitologia de Eros (Amor) e Psiquê (Alma) é muito antiga, vinha da tradição oral, até que o romano  Lúcio Apuleio em 150 d.C. o descreveu em seu livro Metamorfoses.

O mito fala da história de amor entre um deus (Eros) filho da deusa do amor Afrodite, e Psiquê, filha de um rei, que possuía uma beleza formidável, que fazia com que todos os homens a admirassem.
Ela tinha duas irmãs, que não tinham nem de longe a sua elegância, beleza e simpatia.
Apesar de todos esses atributos, o rei e a rainha, seus pais se preocupavam com ela, pois as irmãs já tinham casado, e ela ainda não.

Por outro lado os seus encantos e admiração por outros homens, atraiu o ciúme da deusa Afrodite, que quis dela se vingar.




Os pais da jovem Psiquê consultaram o Oráculo, para saber o destino reservado para sua filha, e ficaram aterrorizados com o destino que a aguardava.
Segundo o Oráculo, a jovem deveria ser destinada a um casamento com uma figura horrenda, para isso deveria ser amarrada a uma rocha e aguardar o terrível destino.
Na verdade, tudo foi planejado pela invejosa Afrodite, que não se conformava com a beleza da mortal.

O plano de Afrodite era que seu filho, Eros, arremessasse uma de suas flechas em Psiquê e  fizesse ela se apaixonar pelo monstro que tinha sido destinado como seu marido.

Eros ao ver Psiquê, imediatamente se apaixonou por ela, e fez com que o vento Zéfiro, a conduzisse à terras distantes.






Lá chegando, Psiquê despertou, e viu que estava num castelo maravilhoso, no Vale do Paraíso.
Nesse lugar tudo era lindo e encantador. Mas uma condição foi exigida para que Psiquê continuasse desfrutando as belezas desse paraíso, a de não poder olhar no rosto de seu marido.
Seu marido era Eros, que só aparecia para ela entre a escuridão e as sombras.
Psiquê estava encantada com o lugar e com seu marido, que era dedicado, e carinhoso. Com isso ela aceita as condições impostas.


O mito de Eros e Psiquê



Um dia, Psiquê com saudades de seus pais e irmãs, pede para revê-los.
Lá chegando, suas irmãs a recebem com muitas perguntas sobre o lugar onde mora, e seu marido.
Fazem tantos questionamentos, que Psiquê conta que nunca viu o rosto do marido.
Suas irmãs então lhe confundem com insinuações , de que seu marido poderia ser um monstro de feiura extrema.
À noite, desobedecendo a promessa que fez a Eros, enquanto ele dorme, Psiquê vai com um candelabro acesso com uma vela, e vê o belo marido que tem.
A cera da vela, no entanto, cai sobre o peito de Eros que acorda, e fica furioso com a mulher.

O mito de Eros e Psiquê


Eros, irritado com a desobediência de Psiquê, a expulsa, fazendo com que ela vague pelo mundo desolada.
Nessa época Psiquê descobre estar grávida.
Longe de tudo que ama, Psiquê pensa em suicídio.

O mito de Eros e Psiquê


Psiquê, foi impedida de cometer suicido pelo deus Pan, e pela ninfa Ecos.
Esse a aconselha a pedir a ajuda dos deuses, que no entanto negam-se a ajudá-la com medo da ira de Afrodite.
Ela então procura a própria deusa,implorando por sua ajuda.
Afrodite, então, propõe à Psiquê quatro difíceis tarefas, que se completadas darão lhe o perdão.

Na primeira tarefa, Afrodite mostra à Psiquê uma montanha de grãos das mais variadas espécies, e ela no prazo de uma noite tem de separá-los por categoria.
Afrodite começa a árdua tarefa, mas cai no sono, e quando acorda, um grupo de formigas tinham feito o seu trabalho.


 O mito de Eros e Psiquê


A segunda tarefa imposta à ela, era tosar um carneiro com tosões de ouro, que viviam pastando próximos ao rio. Esses carneiros eram muito furiosos e poderiam matá-la.
Uma voz misteriosa, sai dos juncos próximo ao rio e dizem à ela para que  espere a noite cair, e recolha a lã dos carneiros enroscadas nos espinhos dos arbustos próximos.
Assim ela faz e cumpre a segunda tarefa.

A terceira tarefa é mais difícil ainda, Psiquê tem de ir até o rio Estige (rio que leva aos infernos), e lá encher uma taça de cristal de água.
Esse rio nasce numa montanha, e é cercado de monstros e perigos, além da escalada ser muito íngreme.
Zeus, então manda uma águia ajudar Psiquê. A ave pega a taça de cristal a enche de água e devolve para Psiquê, que então cumpre a terceira tarefa.


O mito de Eros e Psiquê


Irritada Afrodite, propõe então a quarta e última tarefa.
Psiquê deveria descer aos infernos e procurar Perséfone, a mulher de Hades, e conseguir dela um cofre onde ela guarda um unguento de beleza.
Psiquê se desespera e sobe numa alta torre, para de lá se jogar e atingir o mundo dos mortos.
Mais uma vez Psiquê recebe ajuda, dessa vez da própria torre, que lhe orienta como proceder.
A torre lhe diz que deverá levar nas mãos dois pedaços de pão de cevada e na boca duas moedas.
Disse-lhe também que deveria recusar-se a ajudar um homem coxo e um homem que estaria se afogando, além de evitar conversar com as três tecelãs do destino, e não comer nada que lhe seja oferecido.
As moedas seriam para o barqueiro Caronte, que leva as almas para o Inferno.




O mito de Eros e Psiquê

Depois de passar por todos os perigos, e aproveitar-se da briga entre as três cabeças do cão Cérbero, que guarda as portas do Inferno, Psiquê encontra-se com Perséfone.





Ela consegue o cofre, agora era só levá-lo para Afrodite. Curiosa para saber o que continha o cofre, a jovem o abre, e ao invés da beleza, encontra o sono da morte.
Eros, encantando pelo amor que tem por Psiquê, e pela determinação dela em retomar seu amor perdido, vai até ela, fecha o cofre novamente e trás Psiquê de volta à vida.
Ele pede, então para seu pai Zeus que a transforme numa deusa, e vivem felizes no Monte Olimpo para sempre.

Tanto Freud, como Carl Jung, usaram o ser mitológico em suas teses.
Freud divide a psique humana em três níveis: Id (parte inconsciente) Ego (parte consciente) e superego (parte da mente que cumpre os principais morais)

Jung diz que a psique humana consiste na parte consciente e inconsciente.
Jung comparou Eros a "anima", a face feminina do homem, e Psiquê a "animus" a parte masculina da mulher. Essa interação amorosa levou a um amor maduro e consistente.



Mais uma vez fazendo uma comparação com os escritos hebraicos temos:
Gênesis 3:3 "Mas do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal que está no centro do jardim, não comereis"
Ao desobedecerem essas ordens, Adão e Eva,  foram expulsos do Paraíso.
Gen.3:23 " O Senhor Deus, então, os lançou para fora do Jardim do Éden, para lavrar a terra que fora tomado"

Psiquê também foi orientada a cumprir certos requisitos para continuar a desfrutar do Paraíso, e descumpriu suas ordens, tal como Adão e Eva.


Fontes:
Wikipedia.org.
recantodasletras.com.br
www.infopedia.pt/erosepsique
lanamensageiro.blogspot.com.br/
sandplay.jogodeareia.com.br/psicologia
www.bibliaonline.com.br
paulorogeriodamotta.com.br/o-mito-de-eros-e-psique/




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