sábado, 10 de dezembro de 2016

Olá, pessoal!

Dando continuidade a grandes revoltas da História do Brasil, hoje iremos falar da "Revolta da Chibata."




O episódio chamado de a revolta da chibata, foi um motim, realizado por marinheiros brasileiro, a bordo do encouraçado Minas Gerais.


Antecedentes:  Os castigos físicos eram muito comuns na Marinha do Brasil no período da monarquia. Seu uso foi abolido no dia seguinte à proclamação da República em 15 de novembro de 1889, mas foi restabelecido em 1890, por um decreto nunca publicado no Diário Oficial.

O estopim da revolta se deu quando o marinheiro Marcelino Rodrigues, acusado de levar bebida para o navio e ter agredido um outro marinheiro, foi condenado a 250 chibatadas, o normal eram 25 chibatadas, na presença de toda a tripulação.
A maioria dos marinheiros brasileiros eram negros, comandados por um oficial branco, e esse tipo de castigo físico tinha sido comum na Marinha Inglesa, e na Maria Russa, mas terminaram quando os marinheiros dessas armadas se rebelaram dando motivação para que o mesmo acontecesse na Marinha do Brasil.
A rebelião aconteceu entre os dias 22 e 27 de novembro de 1910, mas vinha sendo planejada há pelo menos dois anos.
Dentre as reivindicações estavam também melhorias na alimentação, alojamento e aumento dos soldos.
O líder da rebelião foi o marinheiro João Cândido Felisberto, conhecido como "Almirante Negro".




Na noite de 22 de novembro eles iniciaram a rebelião, depois de atacar o oficial de plantão, Álvaro Alberto.
O capitão, Batista das Neves, veio em seu auxílio e foi cercado pelos amotinados, que mandaram ele sair do navio.
Com a recusa do cumprimento da ordem pelo comandante e o ferimento de um dos revoltosos, o capitão foi atingido na cabeça por um tiro e morreu, outros dois oficiais também foram assassinados.
Ao sinal do encouraçado Minas Gerais de ter controlado o navio outros 6 navios da Marinha brasileira aderiram ao motim, dentre eles, o maior navio da frota, o encouraçado São Paulo.
João Cândido redigiu uma carta endereçada ao alto almirantado exigindo reformas, e ameaçando bombardear a cidade do Rio de Janeiro, na época, capital do Brasil, caso as exigências não fossem cumpridas.






Em princípio o governo de Hermes da Fonseca se negou a negociar com motinados, mas depois de disparos de canhão sore o Palácio do Catete, sede do governo federal, e da Câmara dos deputados, o governo finalmente cedeu aos revoltosos.



A segunda Revolução da Chibata; No dia 27 de novembro, o Ministro da Marinha, Joaquim Marques Batista de Leão, exigiu que os amotinados desarmassem os navios.
Dias depois alguns dos revoltosos foram expulsos, e outros quatro foram presos.
Em 09 de dezembro de 1910, o navio cruzador Rio Grande do Sul, que não aderiu o protesto, puniu um marinheiro o amarrando no convés.




A revolta recomeçou, desta vez na ilha das Cobras. Desmobilizados os navios amotinados foram bombardeados.
O governo determinou o "estado de sítio".
Vários marinheiros foram mortos e o restante presos em condições degradantes nos porões da Fortaleza de São José , na ilha das Cobras.
O líder da revolta , João Cândido, foi expulso do exército e internado num manicômio.
Dois anos mais tarde em 1912, ele e outros marinheiros que participaram da revolta foram absolvidos.






A revolta foi contra as condições degradantes a que eram submetidos os marinheiros no início do século XX, e mostrou a total insensibilidade do governo republicano em resolver através do diálogo, as justas reivindicações dos revoltosos.


Fontes:
Wikipedia.org
www.suapesquisa.com

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