Hoje falaremos de uma figura lendária da História do Brasil, Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como Lampião.
Sobre a data de seu nascimento existe uma certa controvérsia.
A mais aceita é 04 de Junho de 1898, que consta em sua certidão de batismo, sendo a mais considerada na literatura de cordel, outros biógrafos dizem ter ele nascido em 07 de julho de 1898, conforme entrevista do próprio Lampião para um jornalista em 1926, ele teria dito que nasceu em 12 de Fevereiro de 1900.
Nasceu em Serra Talhada interior de Pernambuco.
Sobre sua morte não existem dúvidas que aconteceu em 28 de Julho de 1938, na fazenda de Angico em Sergipe.
Filho de José Ferreira dos Santos e Maria Sucena da Purificação.
Até os 20 anos ele trabalhou como artesão, era alfabetizado e já usava os óculos redondos, peculiares nas suas fotos e retratos, devido a sua deficiência em enxergar de perto.
Seu pai foi morto devido a desavenças por causa de terras em confronto com a policia em 1919.
Com o intuito de vingar a morte do pai, formou um bando de cangaceiros e viveu pelo sertão por 20 anos.
Acusado de assassinatos, estupros, sequestros e roubos, ele foi procurado em vários estados.
O apelido de Lampião, segundo algumas fontes ganhou de seus companheiros, devido a sua velocidade em disparar tiros, cujas rajadas faziam clarões que iluminavam o céu, como um lampião.
Para muitos ele era tido como bandido, para outros, entrementes ele era um herói.
Diziam alguns que ele repartia os valores roubados com a população mais carente, isso porém, faz mais parte do folclore em torno de seu nome, do que de fatos comprovados.
Era devoto de Padre Cícero, mas só encontrou o padre uma vez, em Juazeiro de Norte em 1926.
Em 1927, tentou tomar a cidade de Mossoró no Rio Grande do Norte, mas foi rechaçado.
Em 1930, conheceu Maria Gomes de Oliveira, conhecida como Maria Bonita, com quem passou a viver. Desse relacionamento nasceu Expedita Ferreira em 13 de setembro de 1932.
Expedita Ferreira Nunes
O bando de Lampião chegou a ter 50 elementos.
Bando de Lampião
Na madrugada de 27 de julho de 1938, o bando foi pego de surpresa pela volante (força policial) comandada pelo tenente João Bezerra e pelo sargento Aniceto Rodrigues da Silva. Dos 38 cangaceiros , onze morreram no local, inclusive Lampião e Maria Bonita.
Existem relatos que Maria Bonita e os cangaceiros Quinta-feira e Mergulhão, foram degolados ainda vivos.
A fúria e o ódio da força policial era tão grande, que um dos policiais desferiu um golpe com a coronha de sua espingarda, desfigurando o rosto de Lampião.
Suas cabeças foram expostas e praça pública como exemplo para a população.
Primeira cabeça na parte de baixo da foto é a de Lampião
Alguns de seus biógrafos , fala da verte artística de Lampião atribuindo a ele a música "Mulher rendeira", que segundo eles teria sido composta entre setembro de 1921 a fevereiro de 1922 em homenagem à sua avó D.Maria Jocosa Vieira Lopes.
A história de Lampião foi contada inúmeras vezes pela literatura de cordel, e no mais famoso filme sobre Lampião e seu bando "O Cangaceiro" de Lima Barreto em 1953, pela Companhia Vera Cruz.
Foi o primeiro filme brasileiro a obter reconhecimento internacional, como melhor filme de aventura no Festival de Cannes.
Uma série sobre o tema também foi exibido pela Globo em 1982. Série escrita por Aguinaldo Silva e Doc Comparato, dirigida por Luís Antonio Piá e Paulo Afonso Grisolli.
Teve nos papéis principais; Nelson Xavier (Lampião) e Tânia Alves (Maria Bonita)
Nelson Xavier e Tânia Alves
Fontes:
Wikipedia.org
Suapesquisa.com/lampião
uol.com.br/historiaviva/lampiao
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