sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Olá, pessoal!

Hoje vamos falar de uma figura folclórica da política e do jornalismo brasileiro, Apparicio Fernando de Brinkerhoff Torelly, o Barão de Itararé.



Sua vida foi controversa, a partir da origem de seu nascimento, 29 de Janeiro de 1895, foi a data, mas o local gera dúvidas.
Dizem alguns que ele nasceu a bordo de uma diligência no Uruguai indo para o Rio Grande. 
Na matrícula do ensino escolar consta como nascido no Uruguai, mas no seu título de eleitor consta como nascido no Rio Grande do Sul.
Após a morte trágica da mãe (suicídio) ele é mandado pelo pais para um internato dos jesuítas em São Leopoldo.
Em 1908, começa com suas sátiras no jornalzinho da escola, falando das aulas dos padres jesuítas.
Em 1918, durante uma estada de férias na fazenda de um tio sofre um AVC.
Deixa a escola de Medicina e começa a escrever poesias e alguns artigos para jornais e revistas.
No Rio Grande do Sul, já começou a interagir com a política e com o jornalismo político. Jamais deixou de usar o seu lenço vermelho, símbolo dos maragatos*.


Nas décadas de 30 e 40 viveu no Rio de Janeiro, então capital federal.
Começou trabalhando no jornal O Globo, porém com a morte de Irineu Marinho, deixa o jornal o Globo e vai para o jornal A Manhã, a convite de Mário Rodrigues, pai de Nelson Rodrigues.
Em 1926 cria o semanário "A Manha", sem o til, para fazer troça com o jornal que trabalhava anteriormente.



Foi membro do Partido Comunista do Brasil (PCB), sendo eleito vereador no Rio de Janeiro em 1947 pelo PCB, com o lema "mais leite e mais água" mas "menos água no leite".
Com a cassação do registro do partido comunista em 1948, perde o mandato.
Escreve então no semanário "A Manha" : - Um dia é da caça e o outro da cassação.


 



Crítico feroz de Getúlio Vargas, foi preso várias vezes. Uma vez por fazer uma reportagem sobre o motim denominado " A revolta da Chibata" do começo do século XX, entrevistado, o marinho João Cândido ( o almirante negro) foi preso pela marinha e espancado.
Quando foi solto, de volta à redação de seu jornal colocou a famosa frase em sua porta: "Entre sem bater".
Anos mais tarde, completou a frase com : "Entre sem bater, mas anuncie!"





O título de Barão ele mesmo se deu! Conta-se que durante a Revolução de 1930, Getúlio Vargas partiu de trem com sua tropa rumo a capital federal no Rio de Janeiro, para destituir Washington Luís, atual presidente do Brasil.
Foi alardeado que haveria uma batalha sangrenta entre as tropas de Getúlio e as tropas leais ao presidente, em Itararé, cidade divisa entre São Paulo e o Paraná.
A batalha nunca aconteceu, porque as partes entraram em acordos, distribuindo cargos entre os litigantes.
Apparício, então disse, que todos saíram bem menos ele; e que portanto ele, a partir daquela data, seria o Duque de Itararé.
Dizia que o Brasil, um país tão grande teve apenas dois duques: O duque Amorim (Antonio Lopes de Amorim, famoso dançarino brasileiro conhecido como o Duque), que sabia dançar, mas não guerreava, e o Duque de Caxias, que guerreava e não dançava. Agora tinha ele, que brigava e dançava conforme a música.
Mais tarde, por ato de extrema modéstia se rebaixou a Barão.


                                                                   "Um burro coça o outro burro




O professor de medicina se dirige ao alunos:
“Quantos rins nós temos?”
“Quatro!” Responde o aluno.
“Quatro?” Replica o professor, arrogante, daqueles que sentem prazer em
tripudiar sobre os erros dos alunos.
“Traga um feixe de capim, pois temos um asno na sala”, ordena o professor.

“E para mim um cafezinho!” replicou o aluno.

O professor ficou irado e expulsou o aluno da sala.


O aluno era o humorista Aparício Torelly Aporelly (1895-1971), “Barão de Itararé”.
Ao sair da sala, ainda tem a audácia de corrigir o furioso mestre:
“O senhor me perguntou quantos rins ‘nós temos’.
‘Nós’ temos quatro: dois meus e dois seus.
‘Nós’ é uma expressão usada para o plural.
Tenha um bom apetite e delicie-se com o capim.”


Frases de Aparício Torelly“O emblema do médico tem duas cobras, isto significa que ele cobra duas vezes; se ele cura, cobra e se ele mata, cobra.” 

Apparicio morreu no Rio de Janeiro em 27 de novembro de 1971.

* Maragatos: Sulistas que deram início à Revolução Federalista do Rio Grande do Sul
Fontes:
wikkipedia.org.
blogdopedroeloi.com.br
www.frasesfamosas.com.br
zecarlosfrases.blogspot.com.br/


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