segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

Vamos falar hoje da peça de Moliere, O Burguês Fidalgo (Le Bourgeois Gentilhomme).






Molière, nome artístico de Jean-Baptiste Poquelin, nasceu em Paris, França, no dia 15 de janeiro de 1622 - 17 de fevereiro de 1673).


O burguês fidalgo foi composta em Chambord , um castelo no Vale de Loire, França, em outubro de 1670. Foi encenado em Paris pela primeira vez em 23 de novembro de 1670.



ATO I cena 2

O Sr. Jourdain:

E então, senhores ? Como é ? Não me mostrarão a patuscadazinha ?

 O mestre da dança : 
 Como ? Que patuscadazinha ?

Sr, Jourdain :

O...a....como lhe chamam ? O tal prólogo, ou diálogo, de canção e de dança

Mestre de Dança:

Ah! ah!

Mestre da Música: 

Como vê Vossa Excelência, estamos preparados.




Monsieur Jourdain é um burguês de meia-idade cujo pai enriquecera como mercador de tecidos. O tolo Monsieur Jourdain tem agora um objetivo na vida – sair da classe média e ser aceito como um fidalgo na aristocracia. Para isso, ele ordena novas roupas suntuosas, se deliciando quando o ajudante do alfaiate ironicamente o trata como “Vossa Excelência”. Além disso, apesar da sua idade, ele também se aplica em aprender as artes que deveriam ser dominadas por um aristocrata: dança, música, esgrima e Filosofia. Durante suas aulas, Monsieur Jourdain se comporta tolamente, para desgosto dos professores que contratara. Por exemplo, sua lição de Filosofia se transforma numa aula básica sobre linguagem, e ele se mostra agradavelmente surpreso ao descobrir que falara prosa toda sua vida sem saber.



Ato III - Cena 12

Sra. Jourdain:

Que significa essa história de fidalgo ? Acaso descendemos nós da costela de S.Luís ?

Sr. Jourdain :

Cale-se mulher: já vejo onde quer chegar.

Sra. Jourdain:

Não descendemos da boa burguesia ?

Sr. Jourdain :

Que mania de caluniar os outros.

Sra. Jourdain:

Seu pai não era mercador, como o meu ?


Madame Jourdain, sua sensível esposa, percebe que seu marido está se tornando ridículo e insiste para que ele volte à sua velha e despretensiosa vida burguesa, mas ele não lhe dá ouvidos. Um nobre falido e parasita chamado Dorante tinha se aproximado de Monsieur Jourdain. Ele secretamente despreza aquele burguês bobo, mas alimenta seus delírios aristocráticos, fazendo assim com que Monsieur Jourdain pague suas dívidas. Os sonhos de ascensão social de Monsieur Jourdain aumentam cada vez mais. Ele se imagina casando com a Marquesa Dorimene e casando sua filha Lucille com algum nobre. No entanto, Lucille está apaixonada pelo burguês Cléonte e, é claro, Monsieur Jourdain se recusa a dar sua permissão para que os dois se casem.

Ato IV - Cena 3

Covielle :

Sim, senhor. Fui grande amigo do finado pai de Vossa Excelência.

Sr. Jourdain:

Do finado meu pai !

Covielle:

Sim , senhor. Um honradíssimo fidalgo.

Sr Jourdain :

E conheceu como fidalgo ?

Covielle: 

Sem dúvida.

Sr. Jourdain:

Há uns pataratas que querem convencer-me de que era um mercador.

Covielle: 

Ele, mercador ? Pura calúnia, nunca o foi.

Com a ajuda do seu criado Covielle, Cléonte se disfarça e se apresenta a Monsieur Jourdain como o filho do Sultão da Turquia. Monsieur Jourdain fica radiante de alegria e rapidamente consente que sua filha se case com um príncipe estrangeiro. Ele fica ainda mais feliz quando o falso príncipe turco o informa que, na qualidade de pai da noiva, ele também será agraciado com um título de nobreza numa cerimônia especial. A peça termina com esta ridícula cerimônia, cheia de salamaleques sem significado.

Ato IV - última cena:

Covielle à parte:

Há uma hora, que estamos lhe fazendo sinais. Não vê que tudo isso se preparou apenas para podermos ajustar-nos às fantasias e seu marido, que o estamos enganando sob esse disfarce, e que o próprio Cléonte é o filho do Grão-Turco ?

Sra. Jourdain:

Ah, ah.

Covielle:

E que eu, Covielle, sou o trugimão ? 

Sra. Jourdain:

Ah! Sendo assim, capitulo.



Fontes:

wikipedia.org
google.com
paginadoricardo.wordpress.com
ebiografia.com
O burguês fidalgo - Abril cultural - 1980 - trad. Millôr Fernandes

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