quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

 Rota das especiarias das Índias.


A procura por um caminho para chegar às Índias foi uma obsessão dos grandes navegadores do século XVI.



No século XVI, um quilo de cravo-da-índia valia o mesmo que 7 g de ouro. Mas depois ele foi sendo cultivado em várias regiões do mundo, como na Ilha Madagascar e em Granada. No Brasil pode ser encontrado na Bahia.





Na época das Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos (séculos XV e XVI) as especiarias eram muito valorizadas na Europa, pois não podiam ser cultivadas neste continente em função do clima. O surgimento e crescimento da burguesia também aumentou a demanda por produtos considerados de luxo na época, como, por exemplo, as especiarias.

No século XV, os comerciantes de Gênova e Veneza, cidades italianas, tinham o monopólio destas especiarias. Compravam no Oriente, principalmente na Índia e China, e vendiam com alta porcentagem de lucro no mercado europeu. Estas especiarias eram levadas para Europa através da rota do Mar Mediterrâneo, dominada pelos comerciantes italianos.

O que havia de sofisticado e exótico no mercado europeu vinha do Oriente. Eram pedras preciosas, como esmeraldas da Índia, safiras e pérolas do Ceilão e rubis de Burma; sedas, damasco e musselinas; ervas medicinais e as famosas especiarias. Este termo genérico referia-se a uma quantidade enorme de produtos, desde os condimentos usados no preparo, aromatização e conservação dos alimentos, até as drogas, tintas, perfumes, cosméticos e unguentos. A variedade era tão grande que um catálogo comercial do século XIV chegou a listar nada menos que 288 especiarias diferentes, entre as quais, onze tipos de açúcares, variadas ceras, borrachas e cola – a goma arábica.

De todas as especiarias, os condimentos eram os mais importantes, mais caros e também os mais difundidos.

A pimenta encabeçava a lista dos artigos mais procurados. Vinha do oeste da Índia, e Sumatra produzia a de melhor qualidade. Em segundo lugar aparecia a canela, procedente do Ceilão, seguida da noz-moscada das ilhas de Banda e, por fim, o cravo, produzido exclusivamente nas ilhas Molucas. O mais curioso é que o preço elevadíssimo das especiarias, especialmente dos temperos, não impedia seu consumo generalizado, pois, ao contrário das mercadorias de luxo, podiam ser adquiridas em pequeninas quantidades, Por isso se tornavam acessíveis até aos grupos sociais menos favorecidos.

Açafrão

Na Europa antes da descoberta dessas especiarias, os alimentos eram comidos quase sem nenhum tempero, a não ser o sal. Como dissemos acima essas especiarias não se desenvolviam em solo europeu devido ao clima frio.

Curry, erva-doce, pimenta, coentro,  açafrão, cominho, canela


Um dos fatores que mais contribuiu para que Portugal e Espanha descobrissem o caminho para as Índias foi a expansão marítima desenfreada e os interesses mercantilistas dos dois países. Em Portugal, a Escola de Sagres fez com que este objetivo fosse atingido com pioneirismo. Além de Sagres, havia o estímulo do governo português para que toda a atenção dos navegadores se voltasse ao périplo africano, ou seja, a viagem contornando a costa da África que acabaria resultando no caminho para as Índias.





Tentando encontrar um caminho que levasse rapidamente às especiarias indianas, as expedições lusas avançaram milhas e milhas na direção sul da costa africana. Pontos cada vez mais distantes foram atingidos como os Açores, Madeira e Cabo Verde.

Entretanto, outros navegadores também tentavam descobrir atalhos que os levassem às Índias. Bartolomeu Dias, em 1488, chegou ao Cabo das Tormentas, hoje Cabo da Boa Esperança, que ficava no extremo do meridiano africano. Isso demonstrava que existia uma passagem para o Oceano Índico.

Dez anos mais tarde, o navegador português Vasco da Gama, descobriu o caminho marítimo para as Índias.

Com isso o monopólio de Veneza e Gênova foi quebrado e os produtos ficaram mais baratos.



Fontes:

comidarjce.wordpress.com
5.pucsp.br/maturidades/sabor_saber
suapesquisa.com
infoescola.com
rotasdeviagem.com.br

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