sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Era Vitoriana




A Era Vitoriana foi o período em que reinou a rainha Vitória, de junho de 1837 até janeiro de 1901. Foi uma época marcada pelo poder da Inglaterra, que se tornou o país mais rico do mundo por meio do colonialismo e da industrialização. Reconhece-se também que a cultura de maneira geral, especialmente a moda, a literatura, a música e a arquitetura, recebeu grande destaque. Por outro lado, foi também um período de grande desigualdade social, já que a população mais pobre não tinha acesso a todo esse apogeu inglês.




"Era Vitoriana foi o período em que reinou a rainha Vitória, de junho de 1837 até janeiro de 1901, data de sua morte. O final da era coincide com a Belle-Époque na Europa. A Inglaterra de Vitória dominava ¼ do mundo, e a industrialização trouxe avanços tecnológicos e de renda para parte do país. Assim, as taxas de natalidade subiram no período."





O inicio da era Vitoriana foi um período bastante puritano, onde as mulheres eram bastante recatadas e aparência vulnerável. As cores eram claras e o espartilho uma recomendação médica em crianças a partir de 3 anos. Já adulta as mulheres usavam uma série de corpetes, anáguas, armação de saia e um longo vestido. Ao saírem de casa levavam ainda um pesado xale e um bonnet na cabeça.







O estilo vitoriano ditava que os homens deveria buscar o conforto com elegância e o ponto de referência era se vestir como o príncipe Albert, marido da rainha Vitória. Calças retas que facilitavam o movimento e peças discretas, de cores escuras, colete e casaca.


O chapéu era peça obrigatória e descobrir a cabeça nas ocasiões corretas, como diante de uma dama ou de uma autoridade, fazia parte da etiqueta. Como símbolo de riqueza, o relógio de bolso era fundamental.

Para contrapor o estilo do século XVIII, as barbas, bigodes e costeletas eram bem vistas e faziam parte da toilette masculina. Igualmente, as bengalas eram populares, inclusive entre os mais jovens, que as usavam para adquirir mais respeitabilidade.






Quem estava à frente do reino era a Rainha Vitória (1819-1901) e seu esposo, o príncipe Albert (1819-1861). Ambos consagraram o modelo de pais exemplares, cristãos devotos e soberanos imparciais em assuntos políticos.





No entanto, os críticos observam que a Era Vitoriana representou a consagração do pensamento conservador e hipócrita. Enquanto a burguesia desfilava a última moda pelas ruas de Londres, milhares de operários morriam de tuberculose em casas insalubres.




Os principais nomes da literatura vitoriana são Oscar Wilde, George Eliot, Charles Dickens e as irmãs Charlotte, Emily e Anne Brontë.

A literatura do período pode ser divida entre os romances onde se narravam os gostos e hábitos da burguesia que se enriquecia e autores que se dedicaram à ficção científica.

Um dos escritores que captaram as contradições da Era Vitoriana foi o romancista Charles Dickens (1812-1870), cuja introdução do seu livro “Um conto entre duas cidades” resume estes anos:


Foi o melhor dos tempos, foi o pior dos tempos. Foi a idade da sabedoria, foi a idade da tolice. Foi a época da fé, foi a época da incredulidade. Foi a estação da luz, foi a estação das trevas. Foi a primavera da esperança, foi o inverno do desespero. Tínhamos tudo diante de nós, não havia nada antes de nós. Todos íamos direto para o céu, todos íamos direto para o outro lado.


Dickens mostraria o duro cotidiano das crianças da classe operária em sua obra "Oliver Twist".

Destacam-se os autores que se dedicaram a escrever histórias de terror e suspense como Mary Shelley (1797-1850) explorando os limites da ciência em sua obra "Frankenstein".

Igualmente, é desta época o célebre detetive Sherlock Holmes e seu assistente Watson, de Arthur Conan Doyle (1859-1930), que percorriam as escuras ruas londrinas para desvendar crimes.





Fontes:

brasilescola.uol.com.br
modahistorica.blogspot.com
todamateria.com.br

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