A origem dos judeus é tradicionalmente datada para aproximadamente 2 000 a.C. na Mesopotâmia, quando a destruição de Ur e da Caldeia forçou a população a imigrar para outros lugares. A família de Abraão estava entre aqueles que estavam imigrando para a Assíria. Abraão é considerado o fundador do judaísmo.
A palavre judeu foi usada inicialmente para designar os filhos de Judá, posteriormente para os nascidos na Judéia.
Após um longo período em Canaã, a narrativa conta que os hebreus decidiram migrar-se para o Egito. Isso pode ter acontecido por volta de 1700 a.C. e foi motivado pela escassez de alimentos em toda Canaã. O Egito, por sua vez, era uma terra fértil, por conta do rio Nilo, e por isso não enfrentava escassez de alimentos.
Existe divergência sobre se a migração dos hebreus ao Egito teria sido aderida por todas as tribos ou se apenas uma parte das tribos mudou-se para lá. De toda forma, a chegada dos hebreus ao Egito coincidiu com o período em que os hicsos, povo de origem semita (assim como os hebreus), dominavam a região.
Os hebreus teriam se aproveitado do domínio hicso, estabelecendo-se lá pacificamente e ocupando posições importantes na região. A colaboração hebraica com os hicsos acabou custando caro, e os hebreus passaram a ser escravizados depois que os egípcios expulsaram os hicsos. A libertação dos hebreus teria ocorrido, por volta de 1300 a.C., por Moisés.
Quando a família de Israel, migrara para o Egito na época eram 70 pessoas, e ao longo dos 430 anos seguintes se multiplicaram-se como as estrelas do céu, tornando-se um povo numeroso e fortalecido, primeiramente eram bem-vindos e bem tratados. Depois, com a morte de José, filho de Jacó; vendido por seus irmãos para comerciantes egípcios, não tiveram mais nenhum privilégio.
Foram, invés disso escravizados, pelos egípcios. Quando houve a escravidão o povo hebreu perdeu a liberdade de adoração a Deus, o povo hebreu não tinha mais condições de fazer adoração ao Deus de Abraão, viviam em regime de escravidão e perseguição, sendo obrigados a servir ao faraó Egípcio e seus deuses, Foi aí que surgiu Moisés, chamado por Deus para libertar o povo e reconduzi-lo para a Terra Prometida, Moisés era um homem inconformado com a injustiça e a opressão apregoada pelos egípcios.
O evento conhecido como êxodo, fuga dos hebreus do Egito, foi feito sob o comando de Moisés, a quem atribui-se a abertura do Mar Vermelho, para que os hebreus pudessem escapar. Após a fuga, os hebreus empreenderam sua caminhada rumo à Canaã, em busca da terra prometida.
Em Canaã enfrentaram os cananeus. Nesse momento, o poder político se concentrou nas mãos dos juízes, espécie de generais com poderes políticos e bélicos. Após a conquista da região, os hebreus se organizaram em uma monarquia, dando início a era dos reis.
Em Deuterômio 7 Deus ordena a Josué:
"Quando o Senhor, teu Deus, te tiver introduzido na terra, a qual passas a possuir, e tiver lançado fora muitas nações de diante de ti, os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os ferezeus, e os heveus, e os jebuseus, sete nações mais numerosas e mais poderosas do que tu; e o Senhor, teu Deus, as tiver dado diante de ti, para as ferir, totalmente as destruirás; não farás com elas concerto, nem terás piedade delas; nem te aparentarás com elas; não darás tuas filhas a seus filhos e não tomarás suas filhas para teus filhos; pois elas fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do Senhor se acenderia contra vós e depressa vos consumiria. Porém assim lhes fareis: derrubareis os seus altares, quebrareis as suas estátuas, cortareis os seus bosques e queimareis a fogo as suas imagens de escultura."
Os reinados de Davi e Salomão marcaram o auge do período monárquico. Após o reinado de Salomão, os reinos se dividiram em reinos do norte, chamado de Israel, e reino do sul, chamado de Judá. O reino de Israel passa pela dominação assíria, enquanto o de Judá é dominado e escravizado pela Babilônia.
Após o fim do cativeiro da Babilônia, que dura cerca de dois séculos. Os hebreus escravizados são libertados por Ciro I e passam a ser chamados de judeus.
A região da Palestina, considerada, na tradição hebraica (e judaica), como a “Terra Prometida”, na qual foi erguido o Reino de Israel e suas províncias, como Samaria e Judeia, passou a ser alvo da expansão de impérios que se formaram na Mesopotâmia. Dois impérios principais, o dos assírios e o dos babilônios, fustigaram os hebreus, assim como outros povos na época em que estiveram no poder. Quando estiveram sob o domínio babilônico, os hebreus sofreram uma deportação forçada de sua terra natal para os domínios da cidade da Babilônia e lá se tornaram escravos. Um desses escravos foi o profeta Daniel, cujo livro contém detalhes imprescindíveis para a compreensão desse evento.
A primeira grande deportação ocorreu no ano de 598 a.C. Nessa fase houve o saque do templo de Jerusalém, mas não sua destruição. A destruição do templo ocorreu com a segunda leva de deportações, efetuada em 587 a.C. Ambas foram executadas a mando do então imperador Nabucodonosor II, responsável também por destruir e subjugar o Império Assírio, que o precedeu. Os hebreus permaneceram no cativeiro até o ano de 538 a.C., quando Ciro, o Grande, o habilidoso imperador persa, conseguiu controlar toda a região médio-oriental. Ciro partilhava do ideal de uma política de respeito às culturas dos povos que conquistava e permitiu aos hebreus que retornassem à sua terra de origem e aos seus costumes religiosos.
O Reino Hasmoneu durou mais de cem anos, mas quando o Império Romano se fortaleceu ele instalou Herodes como um "rei freguês" judeu, ou seja, aquele que governa um estado satélite (estado independente que tem muita influência de um outro país). O Reino de Herodes também durou cem anos. O fato de os judeus serem derrotados na Grande Revolta Judaica em 70 d.C., a primeira das Guerras judaico-romanas, e na Revolta de Barcoquebas em 135 contribuiu para os números e a geografia da diáspora, pois uma grande parte da população judaica da Terra de Israel foi exilada e muitas pessoas foram vendidas como escravos por todo o Império Romano. Desde então, judeus começaram a morar em quase todo os países do mundo, principalmente na Europa e Oriente Médio, sofrendo discriminação, preconceito, opressão, pobreza e até genocídio ( antissemitismo e Holocausto). Houve períodos, todavia, de prosperidade cultural, econômica e individual em vários locais, como em Alandalus e Haskalá.
Após o final da Segunda Guerra Mundial e após o sofrimento do povo judeu com o Holocausto, em Assembleia da ONU, presidida pelo brasileiro Oswaldo Aranha Aranha, foi criado o Estado de Israel em 14 de maio de 1948. O Estado da palestina que era dominado pelos britânicos foi dividido em dois estados, Israel e Palestina.
No entanto o Estado Palestino, até hoje não foi estabelecido em sua plenitude.
Guerras de Israel após a criação de seu Estado:
"A Primeira Guerra Árabe-Israelense ocorreu entre maio de 1948 e janeiro de 1949, opondo, de um lado, o recém-criado Estado de Israel e, de outro, alguns países da Liga Árabe, dentre eles Egito, Iraque, Jordânia, Líbano, Síria e Arábia Saudita. A declaração de guerra por parte dos árabes aconteceu como resposta à decisão da ONU em criar o Estado de Israel, em 1948.
Porém, as disputas entre israelenses e árabes, principalmente os palestinos, já estavam ocorrendo há tempos. Eles eram resultado do sionismo, um movimento político surgido no século XIX e capitaneado principalmente por Theodor Herzl, um jornalista austríaco que defendia a criação de uma nação judaica em um território unificado. Eles conseguiram o apoio britânico, que ofereceu cerca de 15.000 km² de terras para assentamentos judaicos em Uganda, na África, oferta recusada pelos sionistas."
Essa guerra foi vencida por Israel que obrigou o deslocamento de mais de 700 mil palestinos das terras conquistadas por Israel nessa guerra.
Seguiram-se Guerra Suez - 1956 - "Em tempos de Guerra Fria, o apoio soviético ao Egito representava uma séria ameaça aos interesses de países como França, Inglaterra e Israel. Tal desconfiança se agravou ainda mais com a determinação egípcia de fechar o porto de Eliat e promover a nacionalização do Canal de Suez. Por meio dessa última ação, o bloco capitalista acreditava que a União Soviética poderia consolidar um forte aliado político no Oriente Médio através dos egípcios.
Reagindo imediatamente ao bloqueio e à nacionalização do canal, os israelenses – com apoio franco-britânico – declararam guerra ao Egito. No dia 29 de outubro, os judeus organizaram uma violenta ação militar com a invasão imediata da península do Sinai. Paralelamente, grupos de paraquedistas franceses e britânicos realizaram a tomada de Port-Said, região de entrada do Canal de Suez."
Guerra dos seis dias: "A Guerra dos Seis Dias ocorreu em junho de 1967 e resultou na rápida vitória israelense sobre as tropas do Egito, Síria e Jordânia. Com a vitória, Israel anexou a seu território a Península do Sinai, a Faixa de Gaza, a Cisjordânia, Jerusalém e as Colinas de Golã. Em seis dias, o território israelense saltou de 20.720 km² para 73.635 km²."
"A Guerra do Yom Kippur foi um conflito armado ocorrido em 1973, envolvendo israelenses e árabes na região próxima ao canal de Suez, na fronteira do Estado de Israel com Egito. Os israelenses construíram uma linha de fortificações em Suez para garantirem a proteção dos territórios conquistados na Guerra dos Seis Dias, em 1967.
Egito e Síria se opuseram a tal ação e entraram em conflito com Israel, em 6 de outubro de 1973, data do início do feriado judeu do Yom Kippur, ou seja, o “dia do perdão”. Essa guerra teve como principal consequência a Crise do Petróleo, que causou sérios problemas econômicos para os países ocidentais aliados de Israel nos anos 1970 e 1980."
No momento Israel está em guerra contra o grupo Hamas que controla a Faixa de Gaza, em resposta a um ataque do grupo em território israelense que resultou na morte de milhares de judeus.
O ataque israelense à Gaza remete mais a uma retaliação e uma vontade de vingança que vem matando milhares de civis, entre eles crianças palestinas.
Como vimos a historia dos judeus é repleta de conflitos e tragédias, em contraste com a afirmação de que eles são o povo de Deus!
Fontes:
escolakids.uol.com.br
andrecarvalho2706.wixsite.com/
super.abril.com.br/
querobolsa.com.br
biblegateway.com
historia do mundo.com.br
wikipedia.org
google.com
gazetadopovo.com.br
brasilescola.uol.com.br
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