Hoje iremos falar de expressões que usamos, e ouvimos outros usarem, mas que às vezes, temos dúvidas sore sua origem e significado.
Segredo de Polichinelo:
Polichinelo provém do latim 'pullicenum', «franguinho, pintinho», no sentido «pessoa a quem falta traquejo». Daqui derivou para o italiano "pucinello", personagem napolitana da "commedia dell'arte", corcunda e com um peito disforme, nariz adunco, popularizado entre nós pelo teatro de fantoches, que representa um homem do povo, preguiçoso mas muito astucioso.
A palavra, que entrou na nossa língua por via da variante francesa "polichinelle", passou a equivaler a saltimbanco, palhaço, títere, bobo; pessoa que muda muitas vezes de opinião.
«Segredo de polichinelo», a expressão mais comumente utilizada, diz-se daquilo que toda a gente sabe. Por ser assíduo nas cortes da Europa, ele conhecia os segredos dos nobres e não deixava de contá-los. Menos usada, «voz de polichinelo», significa voz tremida e esganiçada.
Polichinelo era uma espécie de "bobo da corte" sua função era fazer rir, entrava em cena aos pulos, levantando as mãos, daí vem o exercício de polichinelo, onde os praticantes parem de uma posição ereta e depois saltam abrindo as pernas e erguendo os braços.
Caixa de Pandora:
Prometeu tinha roubado o fogo dos deuses que dava à vida, com isso tinha conseguido um grande poder, ou seja criar a vida, mas num gesto de bondade, deu o fogo aos homens, com isso tirou o poder dos deuses sobre a vida, e deu aos homens.
Uma das várias versões deste mito indica que Pandora, uma mulher de extrema beleza, foi enviada por Zeus para se casar com Epimeteu, que era irmão de Prometeu. O presente de casamento era uma caixa que continha todos os males, que ficou conhecida como caixa de Pandora, uma vez que esta não conseguiu conter a sua curiosidade e abriu a caixa, libertando todos os males e desgraças sobre a humanidade, porém fechando-a antes que a esperança também se esvaísse. Desta forma, os deuses se vingaram de Prometeu por ter roubado o fogo dos deuses.
Parecer a uma Poliana:
Aquele ou aquela que enxerga o lado bom em todas as coisas, por mais terríveis que possam ser.
A frase vem de uma peça infanto-juvenil Eleanor H.Porter, publicada em 1913, que conta a história de Pollyanna, uma garota de 11 anos, filha de um missionário pobre.
Com a morte do pai, vai morar com uma tia rica e muito severa.
Na casa Pollyanna, passa a jogar o "jogo do contente" que aprendeu com seu pai. O jogo consistia em achar algo de bom e positivo em tudo, mesmo nas coisas mais desagradáveis.
O pomo da discórdia:
A lendária Guerra de Troia começou numa festa dos deuses do Olimpo: Éris, a deusa da Discórdia, que naturalmente não tinha sido convidada, resolveu acabar com a alegria reinante e lançou por sobre o muro uma linda maçã, toda de ouro, com a inscrição “à mais bela”.
Como as três deusas mais poderosas: Hera, Afrodite e Atena disputavam o troféu, Zeus passou a espinhosa função de julgar para Páris, filho do rei de Troia O príncipe concedeu o título a Afrodite em troca do amor de Helena, casada com o rei de Esparta.
A rainha fugiu com Páris para Troia, os gregos marcharam contra os troianos e a famosa maçã passou a ser conhecida como “o pomo da discórdia” – que hoje indica qualquer coisa que leve as pessoas a brigar entre si.
O pior cego é aquele que não quer ver:
Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D’Argenrt fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel.
Foi um sucesso da medicina da época, menos para Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imagina era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos.
O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou para a história como o cego que não quis ver. Atualmente, o ditado se refere a a alguém que se nega a admitir um fato verdadeiro.
Entrar com o pé direito:
A expressão "entrar com o pé direito" surgiu com a superstição de entrar em algum lugar com o pé direito para dar sorte. Essa tradição é de origem romana. Nos eventos e festas em Roma, os anfitriões acreditavam que ao entrar com o pé certo, poderiam evitar agouros na sua festa e por isso mesmo pediam para os seus convidados cumprirem essa norma. No latim, a palavra “esquerda” significa “sinistro”, o que explica a crença dos romanos de que os lados direito e esquerdo simbolizavam o bem e o mal. Foi a partir dessa altura que a expressão e a crença se espalharam pelo mundo.
Antigamente uma criança que era canhota, era repreendida pelos pais e familiares, era tido como coisa do diabo, e forçada a escrever com a mão direita.
Na política os termos esquerda e direita vêm da França, do século XVIII, onde os nobres da elite e o clero se sentavam à direita do rei, e a burguesia e as classes mais populares se sentavam à esquerda.
A direita era mais conservadora e sempre trabalhava para manter seus privilégios, enquanto que a esquerda lutava por ampliação dos direitos dos cidadãos e diminuir a influência da nobreza e do clero.
Até mesmo na Igreja na oração do Credo, vemos a frase "sentado à direita de Deus Pai".
Fontes:
ciberduvidas.iscte-iul.pt
significados.com.br
geledes.org.br
wikipedia.org
tokdehistoria.com.br
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