segunda-feira, 7 de agosto de 2023

A invenção do primeiro submarino, ainda de forma rudimentar, é atribuída ao britânico, Cornelius Drebbel, ainda no século XVII.





Em 1870 é publicado Vinte mil léguas submarinas, do escritor francês, Jules Verne.


 Capítulo I

"O ano de 1866 foi assinalado por um acontecimento estranho. Havia já algum tempo que vários navios vinham encontrando nos mares “uma coisa enorme”, um objeto comprido, em forma de fuso, às vezes rodeado por uma espécie de fosforescência, muito mais corpulento e rápido do que uma baleia. Os relatos sobre esses encontros, registrados nos diários de bordo, coincidiam perfeitamente nos pormenores da estrutura do objeto ou do ser em questão. Relatavam a espantosa mobilidade de sua movimentação, a sua surpreendente força de deslocação e falavam da vida especial de que ele parecia dotado."

A aventura começa quando o Dr. Pierre Arronax é convidado pelo Secretário da Marinha dos EUA a participar de uma expedição naval a bordo do navio Abrahão Lincoln. O objetivo é encontrar um monstro marinho do Oceano Pacífico.

O Dr. Arronax, seu criado Conseil e o arpoador canadense Ned Land, são arremessado no mar. São resgatados, então pelo Nautilus do capitão Nemo, iniciando assim suas aventuras.

Embora Jules Verne tenha de fato antecipado em seus livros muitas das invenções humanas posteriores, seria falso dizer que foi esse o caso dos submarinos. Ao conceber o Náutilus, Verne estava “apenas” sintonizando sua literatura às mais avançadas pesquisas da engenharia na época. O processo que levaria a essa descoberta já vinha de longe. Em 1802, o inventor americano Robert Fulton (1765-1815) propusera a Napoleão a construção de um submarino, ou melhor, de um “navio submersível”

Na primeira parte do livro, Nemo é o anϐitrião perfeito, gentil e sábio. Pouco a pouco, no entanto, e pronunciadamente a partir da segunda parte, vai se tornando um personagem mais sombrio, ausente e fechado. Nesse processo, seu sopro libertário vai dando lugar a um temperamento despótico, capaz de gestos extremados. Ao ϐinal, porém, diante dos trágicos acontecimentos que encerram o romance, a sanha vingativa do personagem é relativizada. Aϐlora, então, uma inquietude profunda, advinda do autoquestionamento e da dúvida sobre a legitimidade de sua missão. Não apenas a lacuna biográϐica faz de Nemo uma ϐigura misteriosa. A maneira como ele enxerga o mundo é misteriosa. Em vários momentos achamos que compreendemos sua lógica, e de repente ela nos escapa. Visceralmente indisposto contra a humanidade, ele entretanto salva a vida de um indiano e o deixa fugir, livre, ao contrário do que fez com os náufragos Aronnax, Ned e Conselho. Ele parece compreender as complexas interações entre o mar e o clima no planeta, ou entre o consumo das riquezas naturais promovido pela espécie humana e a degradação do meio ambiente, mas não dedica seus recursos tecnológicos avançados à contenção do estrago. É pessoalmente contra a matança descontrolada de animais, mas pode ser extremamente cruel, causando a perda de muitas vidas, entre homens e animais. É gênio e carcereiro, salvador e carrasco.

Fontes:

wikipedia.org
google.com
livrosefuxico.com
itapema.sc.gov.br

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