Diferença entre adjunto adnominal e complemento nominal
O adjunto adnominal é usado para caracterizar um substantivo.
Ex:
Os aplausos da plateia alegraram os artistas.
"Da plateia" é adjunto adnominal, porque está caracterizando o substantivo (aplausos). Mesmo sem essa parte, a oração teria sentido (Os aplausos alegraram os artistas.), por isso, não pode ser complemento nominal.
Estava ansioso pela vitória.
"Pela vitória" é complemento nominal, porque está completando o sentido do adjetivo (ansioso). Sem essa parte, a oração estaria incompleta ("Estou ansioso.", Ansioso por quê? Ansioso pelo quê? Pela vitória), por isso, não pode ser adjunto adnominal.
A polícia impediu a fuga do ladrão.
Nesse caso, identificamos a presença de um substantivo abstrato – “fuga”.
Temos também um termo que lhe completa o sentido – “do ladrão”.
A fuga do ladrão foi inevitável.
Aqui, constatamos que se trata de um substantivo abstrato – “fuga”.
Da mesma forma, há um termo que agora não o complementa, mas sim delimita, especifica, representado pelo termo “do ladrão”. Poderia ser de qualquer outra pessoa.
Tais indícios já denotam bem a distinção entre os termos, no entanto, atentemo-nos a uma análise mais detalhada:
- O complemento nominal refere-se somente a substantivos abstratos (no caso em questão, à fuga), advérbios e adjetivos.
- O adjunto adnominal refere-se somente a substantivos, tanto concretos quanto abstratos.
- O adjunto adnominal pratica a ação expressa pelo nome a que se refere. (O ladrão praticou a ação de fugir)
- O complemento nominal recebe a ação expressa pelo nome a que se refere. (O ladrão recebeu a ação de ser impedido)
- O complemento nominal jamais indica posse. Já o adjunto adnominal pode indicar posse, isto é, a fuga pertence a alguém - ao ladrão.
Para percebermos a diferença, é importante passarmos por três critérios:
1º critério:
-O adjunto adnominal quando preposicionado caracteriza apenas o substantivo.
-O complemento nominal complementa um substantivo, adjetivo ou advérbio.
Assim, em orações como “Estava cheio de problemas.”, “Moro perto de você.”, logo no primeiro critério, já sabemos que “de problemas” e “de você” são complementos nominais, pois completam o sentido do adjetivo “cheio” e do advérbio “perto”, respectivamente.
2º critério:
-O substantivo caracterizado por um adjunto adnominal pode ser concreto ou abstrato.
-O substantivo completado por um complemento nominal deve ser abstrato.
Sabendo-se que um substantivo abstrato normalmente é o nome de uma ação (corrida, pesca) ou de uma característica (tristeza, igualdade) e que o substantivo concreto é o nome de um ser independente, que conseguimos visualizar, pegar (casa, copo). Nas orações “Trouxe copos de vidro.” e “Vi a casa de pedra.”, os termos “de vidro” e “de pedra” são adjuntos adnominais, pois caracterizam os substantivos concretos “copos” e “casa”, respectivamente.
E se o substantivo seguido do termo preposicionado for abstrato?
Neste caso, passamos para o 3º critério:
3º critério:
-O adjunto adnominal preposicionado é agente.
-O complemento nominal é paciente.
Este último normalmente é o cobrado em prova. Se os termos abaixo sublinhados são agentes, automaticamente serão os adjuntos adnominais. Se pacientes, serão complementos nominais. Veja:
Adjuntos adnominais:
O amor de mãe é especial. (agente: a mãe ama)
A invenção do cientista mudou o mundo. (agente: o cientista inventou)
A leitura do aluno foi boa. (agente: o aluno leu)
Complementos nominais:
O amor à mãe também é especial. (paciente: a mãe é amada)
A invenção do rádio mudou o mundo. (paciente: o rádio foi inventado)
A leitura do livro é instigante. (paciente: o livro é lido)
mundoeducacao.uol.com.br
todamateria.com.br
estrategiaconcurso.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário