segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

 Diferença entre adjunto adnominal e complemento  nominal

O adjunto adnominal é usado para caracterizar um substantivo.

Ex:


Os aplausos da plateia alegraram os artistas.

"Da plateia" é adjunto adnominal, porque está caracterizando o substantivo (aplausos). Mesmo sem essa parte, a oração teria sentido (Os aplausos alegraram os artistas.), por isso, não pode ser complemento nominal.


Estava ansioso pela vitória.

"Pela vitória" é complemento nominal, porque está completando o sentido do adjetivo (ansioso). Sem essa parte, a oração estaria incompleta ("Estou ansioso.", Ansioso por quê? Ansioso pelo quê? Pela vitória), por isso, não pode ser adjunto adnominal.

A polícia impediu a fuga do ladrão.

Nesse caso, identificamos a presença de um substantivo abstrato – “fuga”.

Temos também um termo que lhe completa o sentido – “do ladrão”.

A fuga do ladrão foi inevitável.

Aqui, constatamos que se trata de um substantivo abstrato – “fuga”.

Da mesma forma, há um termo que agora não o complementa, mas sim delimita, especifica, representado pelo termo “do ladrão”. Poderia ser de qualquer outra pessoa.

Tais indícios já denotam bem a distinção entre os termos, no entanto, atentemo-nos a uma análise mais detalhada: 

-  O complemento nominal refere-se somente a substantivos abstratos (no caso em questão, à fuga), advérbios e adjetivos. 

-  O adjunto adnominal refere-se somente a substantivos, tanto concretos quanto abstratos. 

-  O adjunto adnominal pratica a ação expressa pelo nome a que se refere. (O ladrão praticou a ação de fugir)

- O complemento nominal recebe a ação expressa pelo nome a que se refere. (O ladrão recebeu a ação de ser impedido) 

-  O complemento nominal jamais indica posse. Já o adjunto adnominal pode indicar posse, isto é, a fuga pertence a alguém - ao ladrão.




Para percebermos a diferença, é importante passarmos por três critérios:

1º critério:

-O adjunto adnominal quando preposicionado caracteriza apenas o substantivo.

-O complemento nominal complementa um substantivo, adjetivo ou advérbio.

Assim, em orações como “Estava cheio de problemas.”, “Moro perto de você.”, logo no primeiro critério, já sabemos que “de problemas” e “de você” são complementos nominais, pois completam o sentido do adjetivo “cheio” e do advérbio “perto”, respectivamente.



2º critério:

-O substantivo caracterizado por um adjunto adnominal pode ser concreto ou abstrato.

-O substantivo completado por um complemento nominal deve ser abstrato.

Sabendo-se que um substantivo abstrato normalmente é o nome de uma ação (corrida, pesca) ou de uma característica (tristeza, igualdade) e que o substantivo concreto é o nome de um ser independente, que conseguimos visualizar, pegar (casa, copo). Nas orações “Trouxe copos de vidro.” e “Vi a casa de pedra.”, os termos “de vidro” e “de pedra” são adjuntos adnominais, pois caracterizam os substantivos concretos “copos” e “casa”, respectivamente.



E se o substantivo seguido do termo preposicionado for abstrato?

Neste caso, passamos para o 3º critério:

3º critério:

-O adjunto adnominal preposicionado é agente.

-O complemento nominal é paciente.

Este último normalmente é o cobrado em prova. Se os termos abaixo sublinhados são agentes, automaticamente serão os adjuntos adnominais. Se pacientes, serão complementos nominais. Veja:

Adjuntos adnominais:

O amor de mãe é especial. (agente: a mãe ama)

A invenção do cientista mudou o mundo. (agente: o cientista inventou)

A leitura do aluno foi boa. (agente: o aluno leu)

Complementos nominais:

O amor à mãe também é especial. (paciente: a mãe é amada)

A invenção do rádio mudou o mundo. (paciente: o rádio foi inventado)

A leitura do livro é instigante. (paciente: o livro é lido)



Fontes:
mundoeducacao.uol.com.br
todamateria.com.br
estrategiaconcurso.com.br

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