sexta-feira, 29 de agosto de 2025

 Hoje vamos colocar o pingo nos i.



Já se perguntaram porque a vogal i tem um pingo em cima ?






Existem muitas controvérsias à respeito desse sinal acima das letras.


Na língua latina, por exemplo, as letras i e j tinham a mesma origem.
Assim palavras como Jesus (Iesus) major (maior) , pejor (peior, pior), todas levam o acento original na letra "j" quando escritas com letras minúsculas; assim quando passaram para outras línguas latinas, preservaram o ponto na letra i. A partir daí, convencionou-se a pontuar todos as outras letras i, mesmo que não tivessem origem na letra j.


No livro "Guia dos Curiosos" do professor Marcelo Duarte, encontramos uma outra explicação.


"Segundo Duarte (2003, pág. 49), o pingo no "i" foi instituído para diferenciar a sequência de dois "i" (o "ii", muito frequente em latim) do "u" minúsculo, com o qual ela se confundia muito no alfabeto gótico adaptado muito em voga no final da Idade Média. Na verdade, o til, o apóstrofo e vários outros sinais foram propostos para evitar a confusão entre "ii" e "u" até que se definisse, no século XVI, pelo acréscimo de um ponto à vogal "i". A partir de então, passamos a pôr os pingos nos "i" "


Pedro de la Ramée (c. 1515 – 26 de Agosto de 1572) foi o primeiro a distinguir explicitamente as letras I e J representando sons diferentes. Originalmente, estas letras representavam /i/, /iː/, e /j/; mas as línguas românicas desenvolveram novos sons que vieram a ser representados utilizando o I e o J, daí a atual distinção na pronunciação destas duas letras.


Em português o som utilizado para a letra J é o /ʒ/ (jarro, janela, jota), assim como no francês e no romeno.





Eu particularmente aceito mais a primeira explicação, que falam das palavras escritas com a letra j em latim, que passaram para o português escritas com a letra i, mantendo assim o ponto acima da letra, que já vinha originalmente da letra j.


A expressão "vamos colocar os pingos nos is", vem dessa discussão. Colocamos os pingos na letra i, para diferencia-la de outras letras (j e u), e assim acabar com a confusão.



Originalmente o “i” não tinha pingo. Na época romana, só havia as letras maiúsculas. E, como se sabe, o “I” maiúsculo não tem pingo (aliás, parece que muita gente não sabe disso). Quando, séculos depois, inventaram as minúsculas para facilitar a tarefa dos copistas de reproduzir centenas de páginas manuscritas, surgiu um problema: como as letras cursivas, típicas da escrita manual, são todas ligadas entre si (e é exatamente por isso que esse sistema de escrita facilitava a vida dos copistas, já que eles não precisavam levantar a pena do papel para passar de uma letra a outra), dois “ii” se assemelhavam a um “u”, o que gerava ambiguidade, pois o latim tem muitas palavras com dois “ii”.

A solução foi criar um sinal distintivo, no caso, o pingo do “i”. É bem verdade que, posteriormente, com a invenção do trema, os dois “ii” passaram a se confundir com “ü”, mas agora o risco era menor: as línguas que tinham “ii” não tinham “ü” e vice-versa.

Conclusão: colocar um pingo no “i” foi a maneira encontrada pelos monges medievais que passavam a vida copiando livros para distinguir letras diferentes. Desde então, pôr os pingos nos is é sinônimo de distinguir, definir, determinar, e por extensão organizar, enquadrar, esclarecer…



Fontes:


wikipedia.org
salazero.blogspot.com.br
diariodeumlinquista.wordpress.com
google.com

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