sexta-feira, 4 de julho de 2025

Vamos falar hoje da peça de Ariano Suassuna, escrita em 1955, - O Auto da Compadecida.


Como já abordamos nesse blog; Auto é uma peça que aborda temas religiosos ou profanos.





Auto da Compadecida é uma peça teatral em forma de auto, em três atos, escrita pelo autor brasileiro Ariano Suassuna em 1955. Sua primeira encenação aconteceu em 1956, no Recife, em Pernambuco. A peça também foi encenada em 1974, com direção de João Cândido.

Trata-se de um drama ocorrido na região Nordeste do Brasil, com elementos da tradição da literatura de cordel, do gênero comédia e traços do barroco católico brasileiro. A obra mistura cultura popular e tradição religiosa.

Na escrita, apresenta traços de linguagem oral, demonstrando na fala do personagem sua classe social. Há também regionalismos, pelo fato de a história se passar no nordeste, região em que o autor nasceu.

Da literatura de cordel, Suassuna pegou emprestado o personagem João Grilo, personagem folclórico presente tanto no Brasil, quanto em Portugal.

João Grilo figura como o protagonista nos contos portugueses, a exemplo de João Ratão (ou Grilo), dos Contos tradicionais do povo português, de [Teófilo Braga], e da História de João Grilo, dos Contos populares portugueses, de Consiglieri Pedroso.





Também buscou inspiração em dois folhetos de Leandro Gomes de Barros (1865-1918), "O Dinheiro", também chamado de "O testamento do cachorro" e "O cavalo que defecava dinheiro".

Auto da Compadecida projetou Suassuna em todo o país e foi considerada por Sábato Magaldi, em 1962,"o texto mais popular do moderno teatro brasileiro". Anuário  - Academia Brasileira de Letras no Google Livros.  A peça foi adaptada para o cinema pela primeira vez em 1969, com o filme A Compadecida.  A segunda adaptação foi em 1987, com o filme Os Trapalhões no Auto da Compadecida.











Em 1999, foi apresentada como uma minissérie pela Rede Globo de Televisão (em que houve o acréscimo do artigo “o” antes do nome original). Essa foi a adaptação mais conhecida, e foi editada em 2000 para exibição nos cinemas. Nela aparecem alguns personagens, como o Cabo Setenta, Rosinha e Vicentão, que não fazem parte da peça original, mas da obra Torturas de um Coração, além de elementos de O Santo e a Porca, ambas de autoria de Ariano Suassuna.



Ariano Suassuna


A história se passa em Taperoá, na Paraíba, e gira em torno das peripécias de João Grilo, um rapaz esperto e mentiroso, e seu amigo Chicó, um sujeito covarde e também mentiroso. Eles vivem de pequenos golpes e trapaças, enganando padres, bispos, padeiros e cangaceiros, sempre com o objetivo de tirar proveito da situação. A peça aborda temas como a fé, a justiça, a moralidade e a luta pela sobrevivência no sertão.


Fernanda Montenegro - A Compadecida


Por fim eles são julgados pela Compadecida. A Compadecida, figura da religiosidade popular, intervém no julgamento final dos personagens, mostrando a importância da misericórdia e do perdão.


Fontes:

wikipedia.org
google.com
vestibular.brasilescola.uol.com.br
guiadoestudante.uol.com.br

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