terça-feira, 22 de julho de 2025

Calendário Interativo Escolar – Loja ABC da Educação Mais – Por Sabrina  Bonassa

Nosso calendário sofreu durante os séculos muitas mudanças. Em Astronomia consideram-se várias espécies de ano. Iremos referir-nos apenas ao ano sideral e ao ano trópico.

O ano sideral, duração da revolução da Terra em torno do Sol, é igual a 365 d 06 h 09 m 09,8 s. É este ano que intervém na terceira lei de Kepler da mecânica celeste, ao ligar as durações das revoluções dos planetas com os eixos maiores das órbitas.

O ano trópico, tempo decorrido entre duas passagens consecutivas do Sol médio pelo ponto vernal, é actualmente de 365 d 05 h 48 m 45,3 s. É mais curto do que o ano sideral, devido à precessão dos equinócios, que faz retrogradar o ponto vernal de 50,24 segundos de arco por ano. É o ano trópico que regula o retorno das estações e que intervém nos calendários solares.

Há ainda os calendários luni-solares, que procuram harmonizar as lunações com a revolução trópica do Sol.

O protótipo actual de calendário lunar é o calendário islâmico; do calendário solar é o calendário gregoriano; do calendário luni-solar é o calendário israelita. Mas também o calendário gregoriano conserva, de certo modo, uma base luni-solar no que diz respeito às regras para a determinação da data da Páscoa, a que procuraremos mais adiante fazer referência.

Um outro período de tempo utilizado nos calendários é a semana de sete dias, cuja origem se desconhece. É provável que estivesse relacionada com o mês lunar, visto que sete dias são aproximadamente um quarto de lunação, o intervalo aproximado entre a Lua cheia e o quarto minguante, ou talvez com o número dos sete astros principais do firmamento (os cinco planetas conhecidos na Antiguidade mais o Sol e a Lua). Mas é provável que a escolha de um intervalo de sete dias se deva ao carácter sagrado do número sete entre os judeus. Seja como for, o ciclo semanal de sete dias propagou-se inicialmente para oriente e só bastante mais tarde chegou ao ocidente, encontrando-se hoje praticamente incorporado em todos os calendários, como ciclo regulador das atividades laborais.




A história e origem do calendário tem início com a necessidade do ser humano de organizar o tempo, de registrar a evolução, bem como de comemorar em datas fixas.

Historiadores divergem sobre sua origem, apresentando hebreus, egípcios e sumérios como seus possíveis inventores.

No caso do sumério, seu calendário era composto por 12 meses lunares com 29 ou 30 dias, num total de 354 no ano.

Desta forma, não coincidia com o calendário solar, composto por 365 dias.



No primitivo calendário romano, o ano tinha 304 dias distribuídos por 10 meses. Os 4 primeiros tinham nomes próprios dedicados aos deuses da mitologia romana e provinham de tempos mais remotos, em que, provavelmente, se aplicaram às 4 estações; os 6 restantes eram designados por números ordinais, indicativos da ordem que ocupavam no calendário, segundo o esquema:

1.º Martius 31 dias, dedicado a Marte
2.º Aprilis 30 dias, dedicado a Apolo
3.º Maius (maior) 31 dias, dedicado a Júpiter
4.º Junius 30 dias, dedicado a Juno
5.º Quintilis 31 dias (n.º ordinal)
6.º Sextilis 30 dias
7.º September 30 dias
8.º October 31 dias
9.º November 30 dias
10.º December 30 dias



Durante o consulado de Marco António, reconhecendo-se a importância da reforma introduzida no calendário romano por Júlio César, foi decidido prestar-lhe justa homenagem, perpetuando o seu nome no calendário, de maneira que o sétimo mês, Quintilis, passou a chamar-se Julius.

Também no ano 730 de Roma, o Senado romano decretou que o oitavo mês, Sextilis, passasse a chamar-se Augustus, porque durante este mês começou o imperador César Augusto o seu primeiro consulado e pôs fim à guerra civil que desolava o povo romano. E para que o mês dedicado a César Augusto não tivesse menos dias do que o dedicado a Júlio César, o mês de Augustus passou a ter 31 dias. Este dia saiu do mês de Februarius, que ficou com 28 dias nos anos comuns e 29 nos bissextos. Também para que não houvesse tantos meses seguidos com 31 dias, reduziram-se para 30 dias os meses de September e November, passando a ter 31 dias os de October e December. Assim se chegou à distribuição sem lógica alguma dos dias pelos meses, que ainda hoje perdura e que transcrevemos a seguir com os nomes actuais em língua portuguesa:

1.º Janeiro 31 dias - dedicado ao deus Janus, que tinha duas faces; uma voltada para frente e outra pra trás (Passado e Futuro)

2.º Fevereiro 28 ou 29 dias - dedicado ao deus Februus ( deus associado à morte e a purificação)
3.º Março 31 dias -  Dedicado ao deus Marte
4.º Abril 30 dias - Dedicado ao deus Apolo
5.º Maio 31 dias - Dedicado ao deus Jupiter
6.º Junho 30 dias - Dedicado à deusa Juno
7.º Julho 31 dias - Dedicado ao imperador Júlio César
8.º Agosto 31 dias - Dedicado ao imperador Augusto.

Como Julho tem 31 dias, atribuiu-se a Agosto 31 dias também, porque ambos homenageavam um imperador romano.

9.º Setembro 30 dias  - Sétimo mês no calendário romano
10.º Outubro 31 dias - Oitavo mês no calendário romano
11.º Novembro 30 dias - Nono mês no calendário romano
12.º Dezembro 31 dias - décimo mês no calendário romano.

O termo calendário, vem do termo latino Calendas, que no calendário antigo romano representava o primeiro dia de cada mês, assim como idos representava o último dia.



Fontes:

wikipedia.org
mat.uc.pt
todamateria.com.br
google.com



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