Maniqueísmo
O maniqueísmo é uma filosofia religiosa sincrética e dualística fundada e propagada por Manes ou Maniqueu, filósofo heresiarca do século III, que divide o mundo simplesmente entre Bom, ou Deus, e Mau, ou Diabo. A matéria é intrinsecamente má, e o espírito, intrinsecamente bom. Com a popularização do termo, maniqueísta passou a ser um adjetivo usado para descrever todas as doutrinas fundamentadas nos dois princípios opostos do Bem e do Mal.
Essa filosofia tinha como argumento que é preciso existir o Mau para existir o Bem.
"O maniqueísmo teve origem na Pérsia, no século III d.C., quando Mani, o seu fundador, começou a pregar suas ideias. Mani acreditava ser o último de uma série de profetas que incluía figuras como Buda, Zoroastro e Jesus Cristo. Segundo ele, cada um desses profetas trouxe uma parte da verdade, e sua missão era sintetizar e completar essas revelações em uma única doutrina universal."

Manes
No que concerne à origem do mal, a princípio, Santo Agostinho aceitou a solução dualista dos maniqueístas. Esta solução livra Deus da responsabilidade pelo mal, mas compromete sua onipotência, ou seja, seu poder sobre tudo, inclusive de fazer o mal deixar de existir. Devido a isto, o autor de Confissões passou a se identificar com o ponto de vista neoplatonista de que o mal consiste em privação ou corrupção do bem ao invés de algo substancial como faz parecer o Maniqueísmo. Sendo assim, em sua maturidade filosófica que também marca sua oposição ao maniqueísmo, Agostinho afirmará que todo ser é bom, tal como foi criado por Deus. Cabe ressaltar que existem vários graus de “ser” e “bem”, mas, em suma, tudo o que é real é bom em algum nível conforme determinada hierarquia.
Santo Agostinho ainda escreve que uma criatura só pode ser considerada má se ela fica aquém de sua bondade natural ao ser corrompida ou viciada. Isto é, só a corrupção em si é má, enquanto a essência da coisa em si permanece boa. Portanto, o filósofo se distingue dos maniqueístas, pois não se conforma com a existência de um ‘mal’ que contraponha o bem. Para ele, então, o mal não existe, senão pela própria ausência do bem e a essa ausência consideramos a corrupção e os vícios.
Santo Agostinho
A doutrina, de um certo ponto, simplista, afirma que existe a dualidade entre o Bem e o Mal, mas de forma mais objetiva sabemos que pode existir somente o Mal em ambos os lados, ou apenas o Bem, em ambos os lados.
Essa dualidade, então, não se sustenta.
Fontes:
wikipedia.org
google.com
tudoestudo.com.br
brasilescola.uol.com.br
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