Hoje 15 de novembro de 2023, comemora-se 134 anos da Proclamação da República.
O movimento de 15 de novembro de 1889 não foi o primeiro a tentar instituir uma república no Brasil, embora tenha sido o único efetivamente bem-sucedido, e, segundo algumas versões, teria contado com apoio tanto das elites nacionais e regionais quanto da população de um modo geral: Em 1789, a conspiração denominada Inconfidência Mineira não buscava apenas a independência, mas também a proclamação de uma república na Capitania de Minas Gerais, seguida de uma série de reformas políticas, econômicas e sociais;
Em 1817, durante a Revolução Pernambucana — único movimento libertário do período de dominação portuguesa que ultrapassou a fase conspiratória e atingiu o processo revolucionário de tomada do poder —, a República foi proclamada pela primeira vez no Brasil, e Pernambuco teve governo provisório por 75 dias;
Em 1824, Pernambuco e outras províncias do Nordeste brasileiro (territórios que pertenceram outrora à província pernambucana) criaram o movimento independentista conhecido como Confederação do Equador, igualmente republicano, considerado a principal reação contra a tendência absolutista e a política centralizadora do governo de D. Pedro I;
Em 1839, na esteira da Revolução Farroupilha, proclamaram-se a República Rio-Grandense e a República Juliana (tomada de Laguna por Garibaldi no mês de julho, daí república Juliana), respectivamente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
A corte vinha perdendo prestígio há algum tempo e D.Pedro II já não era uma unanimidade. Após a Lei Aurea os cafeicultores paulistas iniciaram uma pressão muito para a queda do Império. Eles simplesmente achavam que escravizar uma outra pessoa era algo cristão e humano.
A Questão Militar foi o atrito entre Dom Pedro II e os militares. Aproveitando a força da vitória na Guerra do Paraguai, os militares quiseram participar efetivamente da política brasileira, mas Dom Pedro II, utilizando o Poder Moderador, impediu essa participação. O Exército, em especial, mostrava-se como “salvador da pátria”, como se fosse o único detentor da solução para a crise enfrentada pelo Império.
A união entre Império e Igreja também foi motivo de atritos entre Dom Pedro II e religiosos católicos. Procurando seguir as normas vindas do Vaticano no final do século XIX de combate à maçonaria, vários bispos proibiram a participação de maçons em qualquer ordem religiosa. Ao mandar prender os bispos que decidiram cumprir à risca tal medida, a questão religiosa provocou o rompimento entre o imperador e o catolicismo.
Outra questão determinante para o fim do Império e a consequente Proclamação da República foi o fim da escravidão em 13 de maio de 1888. A abolição aconteceu sem nenhum pagamento de indenização.
Deodoro da Fonseca, aliado e amigo de confiança de D.Pedro II foi tirado da cama em 14 de novembro à noite, acometido de dispneia e sem a presença do povo, muitos só vieram a saber da mudança do regime muitos meses depois, somente com a presença de militares derrubou o regime de D.Pedro II.
A família real foi banida do Brasil como uma das primeiras medidas
tomadas pelo Governo Provisório. No dia 16 de
novembro, uma mensagem confirmando a queda da Monarquia e intimando a família
imperial a sair do país. O embarque, previsto para o dia 17, foi antecipado e, em vez de
realizar-se à tarde, ocorreu logo nas primeiras horas do dia, com o objetivo de evitar
manifestações populares contra ou a favor da Monarquia. No intuito de garantir as
necessidades do estabelecimento da família imperial no exterior, o Governo Provisório
concedeu-lhe, através de decreto também do dia 16 de novembro, a quantia de cinco mil
contos de réis. Contudo, cerca de 30 dias depois, em 21 de dezembro, o mesmo governo
expediu novo decreto banindo do território brasileiro dom Pedro de Alcântara e sua família,
proibindo-lhes a posse de imóveis no Brasil, obrigando-os a liquidar no prazo de dois anos
os bens dessa espécie que aqui possuíssem, e extinguindo as dotações anuais que recebiam.
As principais justificativas utilizadas para explicar o banimento da família imperial
foram problemas de segurança nacional e a necessidade de assegurar a ordem pública,
evitando perturbações. Outra justificativa ressaltada em algumas ocasiões foi a recusa de
dom Pedro II em receber o subsídio de cinco mil contos que lhe fora oferecido, o que teria
provocado uma reação negativa entre os membros do Governo Provisório.
Fontes:
wikipedia.org
google.com
mundoeducacao.uol.com.br
clinicmd.com.br
cpdoc.fgv.br