domingo, 8 de outubro de 2023

 





O amante de Lady Charteley, um livro de David Herbert Lawrence ou D. H. Lawrence foi um escritor inglês, conhecido pelos seus romances, poemas e livros de viagens, foi publicado em 1928, e banido do Reino Unido e outros países onde moralistas, por vezes hipócritas e conservadores raivosos o viam como uma afronta à família e aos bons costumes.

À época de seu lançamento, foi censurado, processado por obscenidade e, finalmente, tornou-se palco para uma das mais polêmicas personagens adúlteras da literatura mundial: a lady Chatterley. Quem poderia imaginar o que acontece no interior de uma propriedade rural, antiga e ― até então ― absolutamente puritana? Connie é uma jovem vinda de berço artístico e boêmio; seu marido Clifford, no entanto, é um aristocrata conservador, abruptamente enviado para servir na guerra após o casamento. Ao voltar para casa com o corpo paralisado, a união entre os dois perde força e, eventualmente, desanda: é então que, indo na contramão das expectativas da época, Connie encontra refúgio em Oliver Mellors, o guarda-caças da propriedade do casal. Publicada em 1928, mas vinda ao público apenas em 1960, a história rendeu críticas e alvoroços, mas, sobretudo, afastou a poeira sobre temas importantes não só então, mas também nos dias de hoje: luta de classes, desigualdades sociais e econômicas, os impactos da industrialização e a importância de uma plena – e livre – experiência da sexualidade.


Poucos meses depois de seu casamento, Constance Chatterley, uma garota criada numa família burguesa e liberal, vê seu marido partir rumo à guerra. O homem que ela recebe de volta está paralisado da cintura para baixo, e eles se recolhem na vasta propriedade rural dos Chatterley. Inteiramente devotado à sua carreira literária e depois aos negócios da família, Clifford vai aos poucos se distanciando da mulher. Isolada, Constance encontra companhia no guarda-caças Oliver Mellors, um ex soldado que resolveu viver no isolamento após sucessivos fracassos amorosos.


"Esta era, mais ou menos, a posição de Constance Chatterley. A guerra tinha sido como um teto que lhe caísse em cima, e ela compreendera que seria necessário viver e aprender. Casara-se com Clifford Chatterley em 1917, numa altura em que ele estivera na Inglaterra a gozar um mês de licença. Tiveram uma lua-de-mel de um mês. Regressara depois à Flandres, para voltar outra vez à Inglaterra, seis meses mais tarde, mais ou menos em bocados. Constance, a mulher, tinha então vinte e três anos e ele vinte e nove. O apego dele à vida foi maravilhoso. Não morreu e os bocados parecerem voltar a juntar-se outra vez. Durante dois anos andou pelas mãos dos médicos. A seguir foi dado como curado e pôde voltar de novo à vida corri a parte inferior do corpo, da cintura para baixo, paralisada para sempre. Estava-se em 1920. Clifford e Constance voltaram ao lar deles, ao lar da família, Wraghy. O pai de Clifford falecera, ele era agora um baronete, Sir Clifford, e Constance era Lady Chatterley. O casal iniciou a sua vida no lar bastante delapidado dos Chatterley com um rendimento razoavelmente limitado. Clifford tinha uma irmã, mas falecera e não havia mais parentes próximos. O ir mão mais velho morrera na guerra. Aleijado para sempre, sabendo que nunca poderia ter descendentes, Clifford regressou à fumacenta região dos Midlands para manter vivo, enquanto pudesse, o nome dos Chatterley." (p.4)



Último romance do autor, O amante de lady Chatterley foi banido em seu lançamento, em 1928, e só ganhou sua primeira edição oficial na Inglaterra em 1960, quando a editora Penguin enfrentou um processo de obscenidade para defender o livro. Àquela altura, já não espantava mais os leitores o uso de "palavras inapropriadas" e as descrições vivas e detalhadas dos encontros sexuais de Constance Chatterley e Oliver Mellors. O que sobressaía era a força literária de Lawrence e a capacidade de capturar uma sociedade em transição.


Esta edição inclui o texto "A propósito de O amante de lady Chatterley", em que Lawrence comenta a controvérsia em torno do livro e justifica suas intenções literárias, e ainda uma introdução de Doris Lessing, vencedora do prêmio Nobel de literatura em 2007. Um apêndice e notas explicativas situam o leitor na geografia das Midlands e no vasto contexto social e político no qual a trama está inserida.

O livro transformou-se em filme de 2022 com direção de 
Laure de Clermont-Tonnerre

ELENCO: Jack O`Connell, Emma Corrin.








Fontes: 

estantevirtual.com.br
fernandobatista89.files.wordpress.com
google.com
wikipedia.org
companhiadasletras.com.br
omelete.com.br

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