segunda-feira, 30 de outubro de 2023



Dia 22 de abril marca a data oficial do Descobrimento do Brasil. Porém, uma versão alternativa da história diz que quem chegou primeiro às terras tupiniquins foi o navegador espanhol Vicente Yañez Pinzón. Segundo relatos, Pinzón desembarcou no litoral nordestino 3 meses antes de Pedro Álvares Cabral —que tem os créditos da descoberta. E para alguns historiadores trata-se de um fato com evidências incontestáveis, registros e data certa. Em novembro de 1499, Pinzón saiu de Palos, no sul da Espanha, chefiando 4 caravelas em direção ao oeste do arquipélago de Cabo Verde, no Oceano Atlântico. Mas,quando foi embora em 13 de janeiro, enfrentou fortes tempestades e, rapidamente, avistou terra firme.


No dia 26 de janeiro de 1500, Pinzón desembarcou em um local que batizou de “Santa Maria de la Consolación”, lugar que descreveu como dono de uma beleza indizível, que seria o litoral do Nordeste do Brasil. A localização exata é motivo de debate entre estudiosos, já que alguns acreditam que trata-se do Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, e outros pensam ser a praia de Ponta Grossa, no Ceará.




O navegador espanhol Vicente Yañez Pinzón nasceu em 1460 em Palos, no sul da Espanha.Em 1492, integrava a frota que, sob comando de Cristovão Colombo, descobriu a América. Estava acompanhado de dois irmãos, Martin Alonso e Francisco.

Na expedição de Colombo, Pinzón comandou a menor das três caravelas, a Niña, enquanto Martin Alonso foi o capitão da Pinta.

A família Pinzón era proprietária de barcos, e os três irmãos seguiram na busca das Índias Ocidentais, objetivo da viagem para a Coroa espanhola.

Na viagem em que chegou ao Brasil, Pinzón enfrentou uma terrível tempestade que quase encerrou a expedição. Por esse motivo, quando chegou em terra firme, batizou o lugar de cabo de Santa Maria de la Consolación.

Logo depois de deixar o local de seu primeiro desembarque, Pinzón seguiu para uma ponta e deixou uma cruz para marcar o território, encontrada algumas semanas depois por seu compatriota Diego de Lepe.





O local avistado por Vicente Yáñez Pinzón é contestado por algumas teorias. O primeiro historiador brasileiro a questionar o desembarque do navegador espanhol no Cabo de Santo Agostinho foi o Visconde de Porto Seguro, Francisco Adolfo de Varnhagen, em meados do século XIX. Embora Varnhagen reconhecesse que Pinzón esteve no Brasil antes de Cabral, no seu pensamento o Cabo de Santa María de la Consolación seria a Ponta do Mucuripe, na cidade de Fortaleza. A tese foi aceita por nomes como Caspistrano de Abreu mas contestada por muitos historiadores.

Para os portugueses, como Duarte Leite, os espanhóis teriam desembarcado ao norte do Cabo Orange, na atual Guiana Francesa. Mas para seus rivais castelhanos — que sustentaram a versão tradicional se baseando no depoimento do próprio Pinzón —, o desembarque se deu no Cabo de Santo Agostinho, 86 dias antes da chegada de Pedro Alvares Cabral a Porto Seguro. Uma polêmica judicial se seguiu à viagem de Pinzón, chamada Probanzas del Fiscal — um pleito movido por Diogo Colombo, filho de Cristovão Colombo contra a Coroa de Castela para assegurar os direitos do pai. Todos os navegadores que participaram da primeira viagem de Colombo foram ouvidos em audiências que se realizaram entre 1512 e 1515 na Ilhas de São Domingos e em Sevilha. No seu depoimento, Pinzón afirmou ter aportado no Cabo de Santo Agostinho.





Seguindo viagem, Pinzón passou por uma ponta que parecia um "rosto formoso", apontada como sendo Jericoaquara (CE). Por causa da hostilidade dos índios, seguiu para noroeste, passando pela ilha de Marajó, que chamou de Santa Maria de la Mar Dulce, por causa das águas do rio Amazonas.

Pinzón não só descobriu o rio como começou a seguir seu curso, em plena floresta amazônica, acreditando estar no caminho da China de Marco Polo. Após duas semanas, decidiu voltar, levando índios aprisionados. 



Fontes:

folha.uol.com.br
poder360.com.br
google.com
wikipedia.org


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