segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

 Se escreve com X ou CH ?





O grafema x pode representar diversos fonemas, ou seja, diversos sons. O x pode assumir valor de ch, s, z, cs e ss, bem como não representar um som, não assumindo valor fonético.

A letra "x" pode ter vários sons, entre eles o "ks", quando ocorre entre vogais. Por exemplo, na palavra "táxi", o "x" tem o som "ks".



Quando a consoante x assume o som cs, ocorre um encontro consonantal fonético, também chamado de dífono. Isso acontece porque um só grafema (letra x) corresponde a dois fonemas consonantais (cs = som c e som s).

Táxi: 4 grafemas (letras) e 5 fonemas (sons)
Axila: 5 grafemas (letras) e 6 fonemas (sons)
Oxidação: 8 grafemas (letras) e 9 fonemas (sons).

Em certos ditongos decrescentes o x assume o som de cs.
Ex: taxi, oxítona, axila, oxigênio.

No entanto isso não pode ser levado como uma regra. Em português é comum que se adquira um modo de escrita onde uma regra única não seja a determinante.


Exemplos de palavras com x com som de ch:

ameixa;
baixo;
caixão;
enxaqueca;
enxergar;
enxerido;
enxugar;
faixa;
mexer;
puxar;
queixar;
relaxar;
roxo;
trouxa;
xenofobia;
xingar;


Estas palavras geram, por vezes, dúvida entre os falantes da língua que não sabem se as devem escrever com x ou com ch. No caso do x ou do ch, existem algumas regras que definem o uso do x.

O x é, normalmente, usado:

- Depois da sílaba inicial me-.
Exemplos: mexer, mexido, mexeriqueira, mexicano, mexedor, mexilhão,…
Exceção: mecha

- Depois da sílaba inicial en-.
Exemplos: enxergar, enxoval, enxame, enxada, enxuto,…
Exceções: encher, enchumaçar, encharcar, enchiqueirar, enchouriçar, preencher,…

- Depois de ditongos.
Exemplos: caixa, baixo, peixe, feixe, frouxo, ameixa,…
Exceções: recauchutar, recauchutagem, guache, caucho,…

- Em palavras de origem indígena e africana.
Exemplos: abacaxi, xavante, orixá, xará, …

- Em palavras aportuguesadas do inglês.
Exemplos: xampu, xerife,…

Exemplo de palavras homônimas escritas com x e com ch:

Taxar x tachar
Governo quer taxar novos impostos sobre bens imobiliários. (estabelecer um imposto)
Eles vão me tachar de incompetente. (atribuir qualidades negativas)

Xeque x cheque
Você está pondo nosso plano em xeque. (risco)
Ele passou um cheque sem fundo! (ordem de pagamento escrita)

Broxa x brocha
Você vai utilizar essa broxa para caiar a parede? (pincel grande e grosseiro)
O carpinteiro usou pequenas brochas para fixar o fundo da gaveta. (prego)

Coxo x cocho
Meu irmão machucou o pé e agora está coxo. (mancando)
O tratador está limpando o cocho das vacas. (recipiente para alimentar o gado)

Coxa x cocha
O atleta não poderá competir devido a uma lesão na coxa. (parte do corpo)
Preciso de uma cocha para deixar o cacau fermentando. (recipiente)

Buxo x bucho
Minha avó tem uma receita muito boa de bucho de boi recheado. (estômago)
O jardineiro podou o buxo com a forma de anjo. (arbusto ornamental)

Xá x chá
Estão homenageando o último Xá da Pérsia. (soberano)
Esta xícara de chá era de minha bisavó. (infusão para beber)

Xácara x chácara
Na escola, meu filho leu diversas xácaras. (narrativa popular em verso)
Vamos passar o fim de semana na chácara de meu avô. (sítio)



Fontes:
normaculta.com.br
clubedoportugues.com.br
portugues.com.br
mundoeducacao.uol.com.br
todamateria.com.br

sexta-feira, 29 de novembro de 2024


Luar do Sertão - Tonico e Tinoco


Uma das mais belas canções da música brasileira, Luar do Sertão, sempre foi envolta em polêmicas sobre a sua autoria.


A toada “Luar do Sertão” é um sucesso de música popular. Como outras canções que falam da vida campestre, ela encanta principalmente pela ingenuidade dos versos e pela simplicidade da melodia. Catulo da Paixão Cearense (1863-1946) defendeu em toda a sua vida que era seu autor único, mas hoje em dia se dá crédito da melodia a João Pernambuco(1883-1947). É uma das músicas brasileiras mais gravadas de todos os tempos, desde Vicente Celestino a Maria Bethânia.

O tema seria de João Pernambuco ou, mais provavelmente, de um anônimo, tratando-se assim de um tema folclórico - o côco "É do Maitá" ou "Meu Engenho é do Humaitá" - recolhido e modificado pelo violonista. Este côco integrava seu repertório e teria sido por ele transmitido a Catulo, como tantos outros temas. Ao menos, isso é o que se deduz dos depoimentos de personalidades como Heitor Villa-Lobos, Mozart de Araújo, Sílvio Salema e Benjamin de Oliveira, publicados por Almirante no livro No tempo de Noel Rosa.



João Pernambuco



Homem simples, sequer alfabetizado, João Pernambuco - cuja musicalidade era alvo da admiração do próprio Villa-Lobos – a certa altura de sua vida queixava-se de ter sido vítima de plágio, por parte de Catulo da Paixão Cearense, quanto à autoria da célebre modinha “Luar do Sertão”. Merece registro o depoimento de Mozart Bicalho sobre esse assunto: – Existe, até hoje, uma certa polêmica quanto à autoria do Luar do sertão. Há pessoas que afirmam que esta música pertence a João Pernambuco e não a Catulo. Catulo, no entanto, me disse uma vez que o “Luar do Sertão” era uma melodia nortista, mais ou menos pertencente ao domínio folclórico. Daí, penso eu, é possível deduzir que ambos a possuíam guardada em suas memórias, sendo, portanto, bastante discutível atribuir sua autoria a qualquer um deles.


Catulo da Paixão Cearense



Há ainda a favor da versão do aproveitamento de tema popular, uma declaração do próprio Catulo (em entrevista a Joel Silveira) que diz: "Compus o “Luar do Sertão” ouvindo uma melodia antiga (...) cujo estribilho era assim: 'É do Maitá! É do Maitá"'. A propósito, conta o historiador Ary Vasconcelos (em Panorama da música popular brasileira na belle époque) que teve a oportunidade de ouvir Luperce Miranda tocar ao bandolim duas versões do 'É do Maitá': a original e 'outra modificada por João Pernambuco', esta realmente muito parecida com Luar do Sertão".

João Pernambuco teve dois defensores ilustres: Heitor Villa-Lobos e Henrique Foréis Domingues, o Almirante. Se não conseguiram o reconhecimento judicial de sua condição de autor de “Luar do Sertão”, pelo menos deram credibilidade à reivindicação. Ainda do mesmo Almirante foi a iniciativa de tornar o “Luar do Sertão” prefixo musical da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, a partir de 1939.

O violonista Leandro Carvalho (estudioso da obra de João Pernambuco e organizador do CD "João Pernambuco - O Poeta do Violão", 1997) diz: "Pôr onde João andava, Catulo estava atrás, anotando tudo; foi o que aconteceu com Luar do Sertão: Catulo ouviu, mudou a letra e disse que era sua".
João Pernambuco foi enterrado no Rio de Janeiro a 16 de outubro de 47, ao som de 'Luar do Sertão', entoado por Pixinguinha, Donga e alguns amigos, sem maiores homenagens.


LUAR DO SERTÃO
(Catulo da Paixão Cearense – João Pernambuco)

Não há, ó gente, oh não
Luar como este do sertão...
Oh que saudade do luar da minha terra
Lá na serra branquejando folhas secas pelo chão
Esse luar cá da cidade tão escuro
Não tem aquela saudade do luar lá do sertão
Se a lua nasce por detrás da verde mata
Mais parece um sol de prata prateando a solidão
A gente pega na viola que ponteia
E a canção é a lua cheia a nos nascer no coração
Não há, ó gente, oh não
Luar como este do sertão...



Fontes:

wikipedia.org
google.com
enciclopedia.itaucultural.org.br
museudacancao.blogspot.com
youtube.com

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Como será para uma família que num certo dia vê agentes da ditadura militar entrarem em sua casa e levarem o patriarca da família ?




Esse é o enredo de, Ainda estou aqui,  de Marcelo Rubens Paiva, que foi levado ao cinema que estreou no último dia 7 de novembro, com direção de Walter Salles com Fernanda Montenegro, Fernanda Torres e Selton Mello.






Trinta e cinco anos depois de Feliz ano velho, a luta de uma família pela verdade Eunice Paiva é uma mulher de muitas vidas. Casada com o deputado Rubens Paiva, esteve ao seu lado quando foi cassado e exilado, em 1964. Mãe de cinco filhos, passou a criá-los sozinha quando, em 1971, o marido foi preso por agentes da ditadura, a seguir torturado e morto. Em meio à dor, ela se reinventou. Voltou a estudar, tornou-se advogada, defensora dos direitos indígenas. Nunca chorou na frente das câmeras. Ao falar de Eunice, e de sua última luta, desta vez contra o Alzheimer, Marcelo Rubens Paiva fala também da memória, da infância e do filho. E mergulha num momento negro da história recente brasileira para contar — e tentar entender — o que de fato ocorreu com Rubens Paiva, seu pai, naquele janeiro de 1971.


Eunice ao lado do marido, Rubem Paiva, da sogra e dos cinco filhos



Rubens Paiva lia os jornais do dia 20 de janeiro de 1971 em um dos cômodos da sua casa na Rua Delfim Moreira, de frente para o mar, no Leblon, Rio de Janeiro. Estava acompanhado da sua mulher, Maria Lucrécia Eunice Facciolla Paiva, mais conhecida por Eunice Paiva. Os dois tinham 41 anos e cinco filhos — quatro meninas e um menino. Já tinham passeado pela praia com alguns amigos, aproveitando o calor e o sol daquela manhã, feriado de São Sebastião. As crianças brincavam ou dormiam. Era cedo.

De repente, seis agentes batem na porta, pedem identificação. Depois de algumas palavras levam Rubens para prestar esclarecimentos sobre esquerdistas, comunistas, endereços de esconderijos, aparelhos, estas coisas que assustam militares fascistas. Ele era deputado pelo PTB, cassado pelos militares. A revolução chegava na família pela segunda vez depois do golpe de quase sete anos antes, em  31 de março de 1964. Os tempos eram de escuridão absoluta. Perseguição, tortura, horror.

O crime de Rubens Paiva, engenheiro na época, era receber cartas de exilados no Chile e repassá-las para familiares e amigos.


No livro, acompanhamos a visão de uma criança sem entender direito o que está acontecendo —a ditadura, perseguição, pessoas desaparecidas, tanques de exército na rua. Já no filme, temos uma visão a partir de Eunice Paiva: o silêncio, o luto, o vazio deixado pela morte do marido.

Sentimos uma mistura de emoções: uma tensão e ansiedade principalmente no começo do livro e, mais para o final, uma tristeza e sensação de impotência.
Vários momentos emocionam, sobretudo quando o autor aborda o processo de descoberta e tratamento do Alzheimer de Eunice. Marcelo abre o coração ao falar da mãe cada vez mais doente. 


Fontes:

divros.com
wikipedia.org
youtube.com
google.com
uol.com.br
brasildefato.com.br

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Advérbio


Vamos falar do Advérbio.




Advérbio é um substantivo masculino com origem no Latim adverbium, de ad, que é “junto à” e verbum, que é “palavra, parte do discurso que expressa ação”.

Advérbio é o vocábulo invariável que segue o adjetivo, o verbo ou até mesmo outro advérbio, mudando o seu sentido.


Como dissemos o advérbio é uma palavra invariável, portanto não existe "menas gente"; o correto é menos gente.

Hoje tem menos pessoas na quadra do que ontem.






Quando se tratar de Advérbio a palavra "Meio" também é invariável.

Ela está meio nervosa.
Gabriela anda meio triste.








Exemplos:

Modificador de um verbo ( O menino dormiu pouco).


Modificador de um adjetivo (O aluno é  muito bom ).


Modificador de um outro advérbio ( O jogador jogou muito bem).


Os advérbios podem ser:






Tempo: Ela chegou tarde.

Lugar: Ele mora aqui.

Modo: Eles agiram mal.

Negação: Ela não saiu de casa.

Dúvida: Talvez ele volte.


Uma dúvida muito comum é quanto a utilização dos advérbios "onde" e "aonde".

Onde é um advérbio estático.

Onde você colocou as chaves ?
Onde você está ?
Onde você mora ?

Aonde é um advérbio de movimento.

Aonde você foi ?
O lugar aonde eu tenho de ir é longe.
O lugar aonde cheguei faz calor.

Notem que por ser um advérbio de movimento, aonde sempre é acompanhado de verbos de movimento (ir, chegar, andar, correr..)





Fontes:

significadosbr.com.br/adverbio
soportugues.com.br
wikipedia.org
google.com

terça-feira, 12 de novembro de 2024

Pouco sabem, mas o Paraná e São Paulo formaram um único estado até 1853.





A região onde hoje fica o Paraná pertencia a então Província de São Paulo quando começaram as movimentações políticas pela emancipação por volta de 1811. A Comarca de Curitiba e Paranaguá foi fundada em 19 de fevereiro de 1811, pertencente à Capitania de São Paulo. Mesmo após a emancipação nacional brasileira, a região permaneceu subordinada à Província de São Paulo. Em 6 de fevereiro de 1842, Curitiba foi promovida à condição de cidade por uma lei provincial paulista. A autonomia só veio décadas depois, em 29 de agosto de 1853, com a aprovação do projeto que cria a província.



As disputas políticas entre Paraná e São Paulo foram um dos principais motivos que levaram à separação. Os paranaenses sentiam-se sub-representadados e explorados pela província de São Paulo, que concentrava o poder político e econômico. Além disso, havia divergências em relação à distribuição de recursos e investimentos entre as duas regiões.





A emancipação política do Paraná foi um acontecimento pelo qual a província do Paraná desmembrou-se da Província de São Paulo, transformando-se na mais nova província do Império do Brasil, em 19 de dezembro de 1853. Esse desmembramento teve variados motivos como o apoio de paulistas à Revolução Farroupilha, uma punição pela participação paulista nas revoltas liberais de 1842 e, sendo o argumento econômico, a grande e lucrativa produção de erva-mate na região do estado.

Outro ponto de conflito era a questão da escravidão. Enquanto São Paulo era uma região escravista, o Paraná tinha uma economia baseada no trabalho livre. Essa diferença de interesses também contribuiu para o distanciamento político entre os dois estados.




Fontes:

g1.globo.com.br
wikipedia.org
google.com
cidades.pr.axa.gov.br
artesifprpgua.wordpress.com

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

 Hoje iremos falar de preposição.


Preposição são palavras que estabelecem relações entre dois termos dando-lhes sentido.

Ex: Se dissermos : "filho Abrão." A frase não faz muito sentido, estamos falando que Abrão é filho de alguém, ou de um filho dele.
Logo para dirimirmos a dúvida da preposição "de"

Filho de Abrão.

Dessa forma a frase ganha sentido.
As preposições relacionam dois termos; um antecedente e outra precedente.

Ex: Sinto dor de dente.

A preposição de liga o termo antecedente "Sinto dor" com o termo precedente "barriga".


A preposição é invariável. ou seja não declina em número (plural e singular) e nem em gênero (feminino e masculino)








Tipos de preposição:

Preposições essenciais são palavras que funcionam puramente como preposição: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, por, perante, sem, sob, sobre, trás.

Preposições acidentais são palavras que possuem outras classes gramaticais, mas que também funcionam como preposições: afora, como, conforme, consoante, durante, exceto, feito, fora, mediante, menos, salvo, segundo, senão, tirante, visto,...

As palavras acima, possuem outra classe gramatical, mas às vezes dependendo da colocação na frase, também funcionam como preposições.

Ex: menos - função gramatical de advérbio.
Hoje tem menos gente que ontem. (advérbio de intensidade)
Todos compareceram, menos ele. (funciona como preposição, liga o termo antecedente "todos compareceram" com o termo precedente "ele")  



Locuções prepositivas são duas ou mais palavras em que a última é uma preposição: abaixo de, acerca de, acima de, a fim de, além de, antes de, ao invés de, ao lado de, a par de, apesar de, a respeito de, atrás de, através de, de acordo com, debaixo de, de cima de, dentro de, depois de, diante de, em frente de, em lugar de, em vez de, graças a, perto de, por causa de, por entre...


As preposições podem ser de contração ou combinação;

ContraçãoCombinação
Do (de + o)Ao (a +o)
Dum (de + um)Aos (a + os)
Desta (de + esta)Aonde (a + onde)
No (em + o) 
Neste (em + este)

Uso de preposições essenciais

  • Quero uma coxinha de frango com catupiri. 
  • Eu espero por você em casa!
  • O meu muito obrigado a todos!

Uso de preposições acidentais

  • Durante o dia estou no escritório.
  • Segundo as instruções, não devemos molhar este equipamento. 
  • A encomenda apenas será entregue mediante pagamento.

Uso de locuções prepositivas

  • Em vez de irmos ao cinema, que tal irmos à praia?
  • Graças a Deus está tudo bem!
  • De acordo com o relatório, a empresa está com uma enorme dívida financeira.

Fontes:
normaculta.com.br
brasilescola.uol.com.br
radames.manosso.nom.br
soportugues.com.br

sexta-feira, 8 de novembro de 2024



Alfabeto cirílico.




Inicialmente, o povo eslavo tentou utilizar letras gregas e latinas para sua escrita. Entre os séculos 7 e 9 d.C., na península Balcânica, os eslavos viviam sob o domínio dos protobúlgaros, até a ocorrência de uma posterior assimilação entre os povos.

Os búlgaros, povo advindo da Ásia, eram falantes de uma língua da família turcomana e escreviam seus documentos com letras gregas e runas. No final do século 9 d.C., os eslavos da Morávia, Panônia e Bulgária passaram a escrever com o recém criado alfabeto glagolítico, comumente atribuído a São Cirilo e a seu irmão, São Metódio. No decorrer do tempo, porém, o alfabeto glagolítico passou a ser lentamente substituído por outros alfabetos, tendo os croatas como o povo mais perseverante, deixando de usá-lo apenas no final do século XVI.

São Cirilo e São Metódio




O que parece certo é que o alfabeto cirílico, nomeado em homenagem a Cirilo, o Filósofo, foi desenvolvido e difundido durante o Primeiro Império Búlgaro,  razão pela qual alguns defendem que o cirílico seja chamado de alfabeto búlgaro. A maior parte de suas letras teria derivado do alfabeto grego na escrita uncial (tipo de escrita), complementado para os sons não encontrados no grego com letras do alfabeto glagolitico, que teriam derivado, por sua vez, da escrita hebraica.

Difusão

Pouco após a sua criação, o alfabeto cirílico popularizou-se rapidamente como escrita eclesiástica. As escolas literárias de época produziram extensa literatura em "búlgaro antigo", que veio a ser conhecida como antigo eslavo eclesiástico. O antigo eslavo, escrito em cirílico, tornou-se língua franca em todo o Leste Europeu.

Em torno de 1700, durante as reformas de Pedro, o Grande na Rússia, o alfabeto cirílico ganhou uma versão russa simplificada e normalizada. No século XIX, foram normalizadas também as versões búlgara e sérvia, enquanto o romeno deixou o cirílico para adotar o alfabeto latino. No fim do século XIX, surgiram mais duas normalizações do cirílico: a bielorrussa e a ucraniana. Graças à expansão territorial da Rússia e, no século XX, à formação da União Soviética, o alfabeto cirílico difundiu-se pela Ásia, sendo adotado por diversas línguas não eslavas.

Com a entrada da Bulgária na União Europeia (UE), em 1.º de janeiro de 2007, o cirílico tornou-se, ao lado do latino e do grego, o terceiro alfabeto oficial da UE.

O alfabeto cirílico é o sistema de escrita oficial de seis línguas nacionais eslavas: bielorrusso, búlgaro, macedônio, russo, sérvio e ucraniano. Cinco dessas línguas pertencem a países relativamente homogêneos linguisticamente, mas o russo é falado como segunda língua por boa parte da população russa, e já o foi por uma parcela ainda maior da população da antiga União Soviética. A atual Rússia possui 21 repúblicas autônomas, cada uma delas com o direito constitucional de escolher sua própria língua oficial.  Com isso, há diversas línguas não eslavas, dentro e fora do território russo, cuja escrita padrão é a cirílica.




Fontes:

wikipedia.org
google.com
bemvindoaservia.com
blogs.unicamp.br

Vamos falar hoje de objeto direto e objeto indireto. O objeto direto e o indireto são termos integrantes da oração que completam o se...