Jean-Jacques Rousseau
Jean-Jacques Rousseau (Genebra, 28 de junho de 1712 – Ermenonville, 2 de julho de 1778), foi um importante filósofo, teórico politico, escritor e compositor de Genebra, Suíça. As ideias de Rousseau influenciaram profundamente todo o Direito e outras áreas das ciências humanas na medida em que desenvolveram e aprofundaram conceitos como Estado, poder e soberania, tais quais conhecemos atualmente.
Autor de algumas frases famosas como :
"Enquanto existirem pessoas se esbaldando no supérfluo, haverá muita gente carente do necessário".
"O homem nasce bom, e a sociedade o corrompe".
Sua obra principal, "O Contrato Social", serviu de verdadeiro catecismo para a Revolução Francesa e exerceu grande influência no chamado liberalismo político.
Defensor ardoroso dos princípios de “liberdade, igualdade e fraternidade”, o lema da revolução, é visto como o “profeta” do movimento.
Em 1732, Rousseau muda-se para Paris, onde conhece Madame Warens e ao lado dela, como autodidata, conquista grande parte de sua instrução.
Ao deixá-la, em 1740, vive como andarilho, até que em 1742 conhece outra senhora ilustre que ajuda o filósofo.
Graças a sua protetora torna-se secretário do embaixador da França, em Veneza. Dedica-se ao estudo e compreensão da política.
Em 1744, volta à Paris e no ano seguinte escreve um tema para balé, “As Musas Galantes”. Conhece Thérèse Lavasseur, criada de um hotel, vivem juntos e têm cinco filhos, todos enviados a orfanatos públicos.
Embora não totalmente esclarecido, uma das hipóteses é que Rousseau acreditava que os seus filhos teriam um futuro melhor numa vida de trabalho ao ar livre e harmonia com a natureza, longe da sociedade corruptora da época. No entanto, a decisão é vista por muitos como um ato de abandono e uma grande hipocrisia, dado o seu trabalho sobre a educação e o valor da infância.
Morando em Paris, descobre o Iluminismo ( Surgido na Europa, especialmente na França, a principal característica desta corrente de pensamento foi defender o uso da razão sobre o da fé para entender e solucionar os problemas da sociedade.) e passa a colaborar com o movimento. Torna-se conhecido por seus trabalhos sobre política, filosofia e música.
Rousseau em Genebra
O período de efervescência intelectual de Rousseau era também o do iluminismo. Os iluministas criticavam o antigo regime (a monarquia absolutista), o que rendeu duras perseguições da Coroa francesa e da Igreja em cima desses pensadores, como Rousseau, Voltaire e Diderot. Com Denis Diderot foi um dos criadores da Enciclopédia.
Contendo mais de 70 000 artigos e verbetes, a obra é um inventário de todo o conhecimento humano da época, nas mais diversas áreas: filosofia, ciências, matemática, história, religião, artes, entre outros. Outros volumes foram escritos por autores famosos da época como : Montesquieu, Voltaire, Rousseau, Buffon, Quesnay, Grimm, d·Holbach e muitos outros. Durante a confecção da Enciclopédia, Diderot recebeu com frequência contribuições espontâneas, às vezes de autores anônimos, com memórias, informações, observações, conselhos e esclarecimentos, muitos dos quais incluídos na obra final.
Segundo Rousseau, quanto mais distante o ser humano se encontra da natureza, mais corrompido ele fica. Ele atribui a corrupção moral e intelectual do indivíduo ao distanciamento que o ser humano toma da natureza com a imersão na sociedade, nos costumes e nas convenções sociais. Acontece que as convenções sociais e as criações humanas levam cada vez mais a um distanciamento da natureza. Como convenções sociais e criações humanas, podemos citar: as ciências, as artes, a filosofia, os costumes.
Como afirma Rousseau o Contrato Social é um acordo firmado entre as pessoas de colaboração, e não submissão, que vem substituir, o Estado da Natureza, onde o homem viva por conta própria, livre, mas sem nenhuma proteção. A partir do momento em que o homem passou a viver em sociedade ele firmou um contrato de convivência com outras pessoas.
Jean-Jacques Rousseau foi um filósofo contratualista. Ele estava inserido em um contexto de pensadores que separam a humanidade em dois estágios: um estágio hipotético chamado de estado de natureza; e o outro que é demarcado pela criação da sociedade civil, com leis e códigos, que dão origem à nossa formação social. Essa criação é estabelecida por um contrato ou pacto social que nos forma, nos molda, colocando, inclusive, as normas sociais, políticas e morais que determinam a nossa sociedade.
Para o filósofo inglês Thomas Hobbes, o estado de natureza humano é marcado pelo caos. Rousseau percorre a linha contrária. Para ele, o estado de natureza humano é o estado de proximidade com a completa liberdade e a não corrupção do ser humano.
Muitas pessoas acabam reduzindo a teoria contratualista de Rousseau à afirmação de que o ser humano é “bom por natureza”. Essa afirmação não está incorreta, no entanto, é necessário cautela para compreendê-la, pois não há moralidade no estado de natureza. Dizer que o ser humano é bom por natureza, levando-se em consideração o termo bom como algo moralmente aprovável, é incorreto. A corrupção começa com a criação do estado civil por meio do pacto social.
Fontes:
wikipedia.org
pensador.com
google.com
super.abril.com.br
brasilescola.uol.com.br
todamateria.com.br
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