sexta-feira, 8 de novembro de 2024



Alfabeto cirílico.




Inicialmente, o povo eslavo tentou utilizar letras gregas e latinas para sua escrita. Entre os séculos 7 e 9 d.C., na península Balcânica, os eslavos viviam sob o domínio dos protobúlgaros, até a ocorrência de uma posterior assimilação entre os povos.

Os búlgaros, povo advindo da Ásia, eram falantes de uma língua da família turcomana e escreviam seus documentos com letras gregas e runas. No final do século 9 d.C., os eslavos da Morávia, Panônia e Bulgária passaram a escrever com o recém criado alfabeto glagolítico, comumente atribuído a São Cirilo e a seu irmão, São Metódio. No decorrer do tempo, porém, o alfabeto glagolítico passou a ser lentamente substituído por outros alfabetos, tendo os croatas como o povo mais perseverante, deixando de usá-lo apenas no final do século XVI.

São Cirilo e São Metódio




O que parece certo é que o alfabeto cirílico, nomeado em homenagem a Cirilo, o Filósofo, foi desenvolvido e difundido durante o Primeiro Império Búlgaro,  razão pela qual alguns defendem que o cirílico seja chamado de alfabeto búlgaro. A maior parte de suas letras teria derivado do alfabeto grego na escrita uncial (tipo de escrita), complementado para os sons não encontrados no grego com letras do alfabeto glagolitico, que teriam derivado, por sua vez, da escrita hebraica.

Difusão

Pouco após a sua criação, o alfabeto cirílico popularizou-se rapidamente como escrita eclesiástica. As escolas literárias de época produziram extensa literatura em "búlgaro antigo", que veio a ser conhecida como antigo eslavo eclesiástico. O antigo eslavo, escrito em cirílico, tornou-se língua franca em todo o Leste Europeu.

Em torno de 1700, durante as reformas de Pedro, o Grande na Rússia, o alfabeto cirílico ganhou uma versão russa simplificada e normalizada. No século XIX, foram normalizadas também as versões búlgara e sérvia, enquanto o romeno deixou o cirílico para adotar o alfabeto latino. No fim do século XIX, surgiram mais duas normalizações do cirílico: a bielorrussa e a ucraniana. Graças à expansão territorial da Rússia e, no século XX, à formação da União Soviética, o alfabeto cirílico difundiu-se pela Ásia, sendo adotado por diversas línguas não eslavas.

Com a entrada da Bulgária na União Europeia (UE), em 1.º de janeiro de 2007, o cirílico tornou-se, ao lado do latino e do grego, o terceiro alfabeto oficial da UE.

O alfabeto cirílico é o sistema de escrita oficial de seis línguas nacionais eslavas: bielorrusso, búlgaro, macedônio, russo, sérvio e ucraniano. Cinco dessas línguas pertencem a países relativamente homogêneos linguisticamente, mas o russo é falado como segunda língua por boa parte da população russa, e já o foi por uma parcela ainda maior da população da antiga União Soviética. A atual Rússia possui 21 repúblicas autônomas, cada uma delas com o direito constitucional de escolher sua própria língua oficial.  Com isso, há diversas línguas não eslavas, dentro e fora do território russo, cuja escrita padrão é a cirílica.




Fontes:

wikipedia.org
google.com
bemvindoaservia.com
blogs.unicamp.br

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