sábado, 6 de julho de 2019


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No dia 6 de julho de 1936 nascia, no Rio de Janeiro, a cantora, compositora e atriz Maysa. Conhecida pelo forte temperamento, ela também enfrentava problemas com a bebida. Quando tinha apenas 12 anos, Maysa compôs o samba-canção Adeus.


Adeus


Aos 18, casou-se com o milionário paulista André Matarazzo, quase 20 anos mais velho. Em 1956, nasceu o seu único filho, Jayme Monjardim Matarazzo, que é diretor de cinema e de telenovelas.


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Jayme Monjardim



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                              André Matarazzo e Maysa




Durante os dois anos de seu casamento, Maysa cantava apenas em festas de família, já que seu marido era contra sua carreira. Contudo, ela conheceu o produtor Roberto Corte Real, que a levou para gravar um disco. Nesse LP foi lançada a música "Meu mundo caiu", um dos seus maiores sucessos como compositora.


                                    Meu mundo caiu

Separada, Maysa teve vários relacionamentos amorosos depois, entre eles, o compositor Ronaldo Bôscoli, o empresário espanhol Miguel Azanza e o maestro Julio Medaglia. Quando esteve com Azanza, em 1963, morou na Espanha com o filho e só voltou de vez ao Brasil em 1969. A cantora também teve uma intensa carreira internacional, com apresentações em diversos países da América do Sul, Estados Unidos, Europa e Japão.

Franqueza


Ela também participou do movimento Bossa Nova. Na década de 70, deu início à carreira de atriz, com participações em O Cafona, Bel-Ami e no espetáculo Woyzeck, de George Büchner. 

Ne me quitte pas - Jacques Brel


Maysa morreu aos 40 anos, no dia 22 de janeiro de 1977, quando dirigia o seu carro na ponte Rio-Niterói. Familiares dizem que ela não dormia fazia dias por conta de uso de remédios para emagrecer e que isso teria causado o choque fatal contra a mureta central da ponte.

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Acidente na Ponte Rio-Niterói


Fontes:
seuhistory.com
google.com
youtube.com
ebiografia.com/maysa

sexta-feira, 5 de julho de 2019


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No dia 5 de julho de 1922 eclodiu no Rio de Janeiro a Revolta dos 18 do Forte, também conhecida como Revolta do Forte de Copacabana. O episódio foi o primeiro levante do Tenentismo. O movimento teve como objetivo buscar a queda da República Velha, cujas características oligárquicas se opunham ao ideal democrático almejado por setores das forças armadas, em especial oficiais de baixa patente como tenentes, sargentos, cabos e soldados.

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A revolta representava também a insatisfação de outros estados como Rio Grande do Sul, Pernambuco e Bahia com a divisão política existente, conhecida como política do café-com-leite. O descontentamento entre os militares era crescente. Diversas unidades do Rio de Janeiro se organizaram para realizar um levante contra o presidente em exercício Epitácio Pessoa (representante da oligarquia que dominava o país) e Arthur Bernardes que assumiria o cargo em novembro.

No entanto, naquele dia, apenas o Forte de Copacabana, localizado na ponta direita da praia de Copacabana, sob comando do Capitão Euclides Hermes da Fonseca, e a Escola Militar se revoltaram e foram facilmente combatidos. Apesar da posição contrária à política café-com-leite, os militares de alta patente acabaram por não aderir ao movimento. A informação chegou até o governo, que tratou de trocar os principais comandos militares da então capital.



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Durante toda a manhã do dia 5, o forte sofreu bombardeio da Fortaleza de Santa Cruz da Barra, que fica do lado oriental da barra da Baía de Guanabara, mas os 301 revolucionários (oficiais e civis) mantiveram-se firmes. Até que, às 4h da manhã do dia 6, Euclides Hermes e o tenente Siqueira Campos sugeriram que desistissem da luta aqueles que quisessem: apenas 29 decidiram continuar.


Para tentar uma negociação, o Capitão Euclides Hermes saiu da fortaleza, mas acabou preso. Os 28 restantes continuaram resistindo e marcharam pela Avenida Atlântica em direção ao Leme. Alguns, porém, se dispersaram.

Apenas 17 militares continuaram marchando e a eles se juntou um civil, Otávio Correa. Eles foram finalmente derrotados na altura do Posto 3 de Copacabana. Há controvérsias quanto ao número total de participantes, sobreviventes e mortos. Não há um balanço oficial de vítimas, mas, segundo algumas fontes, teriam morrido, entre oficiais e praças, 14 pessoas.




Há controvérsias quanto ao número total de participantes, de civis (Otávio Correa morreu, mas outro, Lourival Moreira da Silva, teria sido preso), de sobreviventes e de mortos.

O número 18 teria sido anunciado pela Gazeta de Notícias e pode ser uma lenda. Ela cita 3 oficiais, 2 sargentos e 13 soldados. Em entrevista a Gazeta de Notícias, o Tenente Newton Prado, que viria a falecer mais tarde em decorrência dos ferimentos, diz "Ficamos eu, o Tenente Siqueira Campos e quatorze soldados. Às duas horas da tarde saímos do forte para morrer" A eles se uniram, na hora do levante, o Tenente Eduardo Gomes (ferido em combate) e Mario Carpenter (morto em combate). Este último pertencia ao 3º Regimento de Infantaria e se recusou a atacar colegas de farda. Na rua, se uniu ao grupo também Otávio Correa, o que leva a soma a 19.


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Ainda na Gazeta de Notícias são dados como mortos 14 revoltosos, além de 5 feridos. Entre os legalistas, ainda com incerteza, seriam 10 mortos e 4 feridos. Já O Cruzeiro afirmaria anos mais tarde, em 18 de setembro de 1964, 33 soldados governistas como mortos. O Correio da Manhã noticiou 30 feridos, entre ambas as forças, 13 praças e 1 "inferior" (provavelmente sargento) e o 2º Tenente Mario Carpenter entre os revoltosos, mas a essa altura o tenente Newton Prado ainda não havia falecido.

Entre os tenentes, apenas Siqueira Campos e Eduardo Gomes sobreviveram. Alguns praças, porém, sobreviveram e fugiram ou foram presos.

Segundo outras fontes, teriam morrido, entre oficiais e praças, 12 pessoas no dia 6 e mais duas no dia seguinte, num total de 14 mortos




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Coluna Prestes


O episódio, mesmo que não bem sucedido, tornou-se um exemplo para militares e civis no país, sendo a primeira revolta do movimento tenentista, dando origem a outras revoltas tenentistas como a Coluna Prestes, a Revolta Paulista e a Comuna de Manaus. Esse movimento preparou o caminho para a revolução de 1930.


Fontes:
seuhistory.com
google.com.br
wikipedia.org

quinta-feira, 4 de julho de 2019

Hoje vamos falar sobre o sociólogo, historiador e pesquisador brasileiro Luís da Câmara Cascudo.





Luís da Câmara Cascudo viveu quase toda a sua vida no Rio Grande do Norte. Lia, recebia visitas e escrevia muito. Em suas viagens, fazia amigos e ouvia histórias. Trocava correspondências com bastante frequência.

Por ser um homem muito querido, Cascudo era constantemente abordado por pessoas, seja por escrito ou ao pé do ouvido, e acabava sendo um constante receptor de informações de toda a sorte, incluindo relatos de causos que embalaram o sono ou provocaram sustos em gerações e gerações. Como historiador, enriqueceu a sua obra com pesquisas sobre o homem no Brasil, deixando um precioso legado repleto de referências da sabedoria popular e da cultura brasileira.


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Em 1954, foi lançado o seu trabalho mais importante como folclorista, o Dicionário do Folclore Brasileiro, reconhecido no mundo inteiro. No campo da etnografia, publicou vários títulos importantes, como Rede de Dormir, em 1959, e Historia da Alimentação no Brasil, em 1967. Mais tarde, veio Geografia dos Mitos Brasileiros, com o qual recebeu o Prêmio João Ribeiro da Academia Brasileira de Letras (ABL).


História da alimentação no BrasilGeografia dos mitos brasileiros





Foi um dos maiores divulgadores da ideologia da Ação Integralista Brasileira, movimento político conservador e nacionalista, liderado pelo escritor paulista Plínio Salgado, entre os anos 1932/1937, época em que as posições políticas eram de direita ou de esquerda, comunista ou anti-comunista, fascista ou anti-fascista.

Anti-comunista aderiu ao golpe militar de 64.

Intelectual consagrado na sua terra, Natal/RN, Câmara Cascudo, ao se tornar o primeiro chefe da Ação Integralista Brasleira-AIB, na “Província do Rio Grande do Norte”, em 1933, já era um nome conhecido nos meios culturais e políticos do Rio de Janeiro e São Paulo, principalmente entre os grupos conservadores. Dentre os grupos conservadores de direita, a AIB tornou-se o primeiro e maior movimento político de massas no Brasil. A Plínio Salgado, Miguel Reale, Menotti Del Picchia, Tasso da Silveira e Gustavo Barroso, juntou-se Câmara Cascudo, já então consagrado como o intelectual maior do Rio Grande do Norte. Por isso, é comum dizer-se que a AIB reuniu a nata da intelectualidade brasileira dos anos trinta.







Saci Pererê, curupira, mula-sem-cabeça, mboi-tatá são algumas lendas conhecidas de nosso tempo de escola infantil. O Sítio do Picapau Amarelo de Monteiro Lobato contém muitos dos mitos pesquisados por Cascudo. Todavia, seu trabalho não ficou apenas no registro das lendas típicas do folclore. Ele foi mais a fundo, vasculhou as entranhas de nossa história e descobriu mitos e lendas dos povos indígenas mais antigos que sobreviveram à ação dos primeiros jesuítas. Ainda não satisfeito, catalogou boa parte da tradição oral brasileira, ou seja, aquelas histórias contadas de pais para filhos das regiões mais remotas do nosso país hoje estão asseguradas para a eternidade.


Cascudo trabalhou até os seus últimos anos de vida, tendo sido agraciado com dezenas de honrarias e prêmios. Morreu aos 87 anos. Até hoje, a sua obra é preservada e divulgada através do Instituto Câmara Cascudo (Ludovicus), que mantém o acervo do autor na mesma casa em que ele residiu por cerca de 40 anos na cidade de Natal.


"Cultura popular é a que vivemos. É a cultura tradicional e milenar que nós aprendemos na convivência doméstica. A outra é a que estudamos nas escolas, na universidade e nas culturas convencionais pragmáticas da vida. Cultura popular é aquela que até certo ponto nós nascemos sabendo. Qualquer um de nós é mestre, que sabe contos, mitos, lendas, versos, superstições, que sabe fazer caretas, apertar mão, bater palmas e tudo quando caracteriza a cultura anônima e coletiva."




"O melhor produto do Brasil ainda é o brasileiro"(Câmara Cascudo)


A obra de Câmara Cascudo é baseada na oralidade, assim como a língua portuguesa. Ou seja, conhecimento transmitido ao longo das gerações e que se refletiu nas características culturais do país.






Fontes:


globoeditora.com.br
escolaeducacao.com.br
homoliteratus.com/luis-da-camara-cascudo-o-homem-mito
museudalinguaportuguesa.org.br
dhnet.org.br/direitos/militantes/luizgonzagacortez
wikipedia.org

quarta-feira, 3 de julho de 2019


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No dia 3 de julho de 1883 nascia, em Praga, na República Tcheca, o escritor Franz Kafka. Sua narrativa simbólica, escrita em alemão, antecipou a opressão que viria no século XX.

Kafka nasceu em uma família judaica de classe média e falante de alemão em Praga, então pertencente ao Império Austro-Húngaro. Durante sua vida, a maior parte da população de Praga falava tcheco e a divisão entre os falantes de tcheco e alemão era visível, já que ambos os grupos estavam tentando fortalecer sua identidade nacional. 

Hermann e Julie Kafka (pais de Kafka)


A comunidade judaica muitas vezes achou-se dividida entre esses dois grupos, levantando, naturalmente, questões sobre a origem de uma pessoa. O próprio Kafka era fluente nas duas línguas, considerando o alemão sua língua materna.





Kafka é considerado uma das mais significativas figuras da literatura moderna. Em seus livros, aborda temas como a solidão, a frustração, a sensação de culpa e a angústia dos seres humanos quando se deparam com forças desconhecidas, que estão fora do alcance e da compreensão das pessoas. 



Toda a obra publicada de Kafka, com exceção de algumas cartas que escreveu em tcheco para Milena Jesenská, foi escrita em alemão. O pouco que foi publicado em sua vida atraiu pouca atenção pública.


Dentre as suas obras se destacam "Metamorfose" (1915), "O Processo" (1925), "O Castelo" (1926), "O desaparecido" ou "Amerika" (1927). A força de seus textos é tamanha que o termo "kafkiano" é usado para explicar situações sociais angustiantes ou grotescas.



Durante 1914, Kafka começou o romance O Processo, a história de um homem processado por uma autoridade remota e inacessível, sendo a natureza de seu crime mantida oculta tanto para ele quanto para o leitor. Kafka não concluiu o romance, apesar de ter terminado o capítulo final.

Em Metamorfose, o personagem Gregor um caixeiro-viajante, um dia acorda metamorfoseado num inseto.

O romance todo fala em mudanças, inclusive àquelas da própria família de Gregor, que dependiam totalmente do trabalho dele, e agora precisam arrumar emprego.


Max Brod (editor de Kafka)



Kafka não terminou nenhum de seus romances maiores e queimou cerca de 90% da sua própria obra, grande parte durante o período em que viveu em Berlim com  Dora Diamant,  sua última namorada, que ajudou-lhe a queimar os rascunhos. Nos seus primeiros anos como escritor, ele foi influenciado por von Kleist, cuja obra ele descreveu em uma carta a Bauer, seu editor,  como assustadora e a quem ele considerava mais próximo que sua própria família.

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Dora Diamant


Ele morreu no dia 3 de junho de 1924, vítima de tuberculose, em Klosterneuburg, na Áustria.

Vamos falar hoje de objeto direto e objeto indireto. O objeto direto e o indireto são termos integrantes da oração que completam o se...