Ex-atriz da Globo e lenda da comédia, Berta Loran morreu aos 99 anos na noite de domingo (28). Mais conhecida por seus papéis em A Escolinha do Professor Raimundo (1990-1995) e Zorra Total (1999-2015), ela ficou marcada como um dos nomes mais importantes do humor no Brasil. A atriz estava internada havia dez dias em um hospital particular na zona sul do Rio de Janeiro. A causa da morte não foi divulgada. Ela deixa uma sobrinha, Ela deixa uma sobrinha, Sarita Paskin. O óbito foi confirmado pela unidade de saúde em nota. "O Hospital Copa D'Or informa, com pesar, o falecimento da senhora Berta Loran na noite de domingo (28/9) e se solidariza com a família, amigos e fãs por essa irreparável perda. O hospital também informa que não tem autorização da família para divulgar mais detalhes", disse em nota.
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segunda-feira, 29 de setembro de 2025
Nascida em Varsóvia, na Polônia, em 1926, Berta imigrou ainda criança para o Brasil, fugindo das perseguições contra judeus na Europa. Instalou-se com a família no Rio de Janeiro, onde começou a se interessar pelas artes. Foi nos palcos de teatro de revista que conquistou o público com sua irreverência, naturalidade e espontaneidade.
Berta Loran se tornou um rosto conhecido da televisão brasileira a partir da década de 1960. Esteve presente em programas humorísticos marcantes, como Balança, Mas Não Cai, Escolinha do Professor Raimundo e Zorra Total, além de participações em novelas e minisséries.
Com seu sotaque característico e jeito debochado, fez história como uma das primeiras mulheres a se consolidar no humor em um período dominado por homens. Com quase oito décadas de carreira, Berta Loran atravessou diferentes fases da televisão brasileira, sempre carregando o riso como ferramenta de resistência e identidade artística.
Berta veio ao Brasil ainda criança, fugindo do regime nazista. Em 1939, com apenas 13 anos, integrou sua família numa migração forçada que muitos judeus poloneses fizeram para escapar dos horrores da Segunda Guerra Mundial. Em terras brasileiras, adotou o nome artístico Berta Loran e construiu uma carreira que atravessou sete décadas.
No Brasil, destacou-se no rádio, teatro, cinema e especialmente na televisão. Segundo o perfil da Memória Globo, ela estimou ter vivido mais de 2.000 personagens entre televisão e teatro, sempre com domínio do timing cômico e uma capacidade de reinventar-se.
Personagens inesquecíveis
Entre os papéis mais lembrados estão:Manuela D’Além-Mar, a portuguesa afetada, na Escolinha do Professor Raimundo;
Frosina, empregada carismática na novela Amor com Amor se Paga.
Berta também trabalhou em inúmeros programas de humor — Balança Mas Não Cai, Planeta dos Homens, Faça Humor, Não Faça Guerra, Zorra Total, entre outros — sempre transitando entre esquetes, paródias e humor televisivo de massa.
No cinema, atuou em filmes como Sinfonia Carioca (1955), Papai Fanfarrão, Garotas e Samba, e também em produções mais recentes como Polaroides Urbanas (2008), de Miguel Falabella.
Vida pessoal e identidade
Berta casou-se pela primeira vez em 1946 com o ator Suchar Handfuss, 30 anos mais velho. O relacionamento durou até 1957, período em que ela viveu entre Brasil, Argentina e Portugal se consolidando artisticamente. Posteriormente, casou-se com Júlio Marcos Jacoba (anos 1960 a 1988) e, mais tarde, com o cantor Paulo de Carvalho (1990 a 2016). Desde 2017, estava casada com o ator Claudionor Vergueiro até sua morte.
Ela revelou que carregou as marcas de escolhas pessoais difíceis: optou por interromper duas gravidezes no primeiro casamento por não se sentir capaz de sustentar o filho sob aquelas circunstâncias.
Reconhecimento, legado e últimos anos
Apesar de estar afastada da mídia nos últimos anos, sua carreira lhe rendeu inúmeras homenagens no teatro e televisão, e sua história figura em acervos culturais. Em suas entrevistas ao longo da vida, ela falava sobre as origens do seu humor — contando que subiu ao palco ainda adolescente, improvisando uma performance que arrancou risadas e a motivou a persistir no caminho artístico.
Berta Loran representa uma ponte entre gerações: ao mesmo tempo que foi parte de uma diáspora judaica marcada por tragédias globais, tornou-se símbolo nacional de leveza, resiliência e reinvenção artística. Sua longevidade no humor e na televisão reforça que talento e autenticidade têm potência duradoura.
Fontes:
wikipedia.org
google.com
noticiaisdatv.uol.com.br
red.org.br
metropoles.com
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