Lord Byron
Lord Byron, poeta inglês que é símbolo do movimento artístico e literário Romantismo, marcou o século XIX com sua escrita extremamente pessimista, em que a morte e a efemeridade da vida são temas centrais. Além desse estilo mórbido, outra marca crucial da poesia de Byron é a ironia, que expressa sua visão crítica sobre os costumes da sociedade inglesa, permeados pela constante hipocrisia.
George Gordon Byron, 6.º Barão Byron FRS (Londres, 22 de janeiro de 1788 - Missolonghi, 19 de abril de 1824), conhecido como Lord Byron, foi um poeta britânico e uma das figuras mais influentes do romantismo. Entre os seus trabalhos mais conhecidos estão os extensos poemas narrativos Don Juan, A Peregrinação de Childe Harold e o curto poema lírico She Walks in Beauty.
Canto I, VI.Canto I, VI.
Most epic poets plunge "in medias res"
(Horace makes this the heroic turnpike road),
And then your hero tells, whene'er you please,
What went before—by way of episode,
While seated after dinner at his ease,
Beside his mistress in some soft abode,
Palace, or garden, paradise, or cavern,
(Horace makes this the heroic turnpike road),
And then your hero tells, whene'er you please,
What went before—by way of episode,
While seated after dinner at his ease,
Beside his mistress in some soft abode,
Palace, or garden, paradise, or cavern,
Tradução:
Iniciam (Horácio assim prescreve).
O herói, aqui e ali, de quando em vez,
Os casos, ao revés, depois descreve,
Tendo a seu lado a amante e um bom xerez,
Depois da janta, sob a brisa leve,
Numa palácio ou até numa caverna,
Contanto que lhes sirva de taverna.
Byron é considerado um dos maiores poetas britânicos, e permanece vastamente lido e influente. Ele percorreu toda a Europa, especialmente Itália, onde viveu durante sete anos. No fim da vida, Byron juntou-se à Guerra da independência da Grécia contra o Império Otomano, motivo pelo qual muitos gregos reverenciam-no como um herói nacional. Morreu aos trinta e seis anos de idade de uma febre contraída em Missolonghi. Muitas vezes descrito como o mais extravagante e notório dos maiores poetas românticos, Byron foi tanto festejado quanto criticado em sua vida pelos excessos aristocráticos, incluindo altas dívidas, numerosos casos amorosos com homens e mulheres (como, por exemplo, com a meia-irmã da escritora Mary Shelley, Claire Clairmont), além de boatos de uma relação escandalosa com sua meia-irmã, autoexílio e bissexualidade.
Há um prazer nas florestas desconhecidas;
Um entusiasmo na costa solitária;
Uma sociedade onde ninguém penetra;
Pelo mar profundo e música em seu rugir;
Amo não menos o homem, mas mais a natureza...
Lord Byron
BYRON, L., "Childe Harold's pilgrimage: A Romaunt", Charles Griffin, 1826
Embora tivesse um problema na perna que o fazia mancar, o jovem belo e atraente atraia a atenção de todos a sua volta. Estima-se que o rapaz tenha se relacionado com mais de 250 mulheres, entre elas Lady Caroline Lamb e sua própria prima, Anne Isabella Milbanke, com quem se casou. Além disso, Byron era adepto ao amor livre, motivo pelo o qual chegou a se relacionar com inúmeros homens.
Não amei o mundo, nem ele a mim;
Não bajulei seu ar vicioso, nem dobrei
Aos seus idólatras o joelho do sim.
Meu rosto não abriu risos ao rei
Nem repetiu ecos; a turba, eu sei,
Não me inclui entre os seus. Vivi ao lado
Deles, porém sem ser da sua grei;
E à mortalha da sua mente atado
Estaria se não me houvesse precatado.
Em 1815, Byron se casou com Anne Isabella Milbanke, com quem ficou apenas um ano junto. Após inúmeras traições, sua esposa lhe pediu o divórcio, que foi aceito pelo o poeta. Entre as especulações, acredita-se que Lady Byron teria flagrado o marido praticando incesto com sua meia irmã, chamada Augusta Leigh. Tal fato nunca foi comprovado.
Festeiro e cobiçado, todos chegaram a especular, na época, que Byron utilizava como taça de vinho um crânio humano, fato que virou moda entre os romancistas. Entre orgias e bebidas, o rapaz se envolveu, ainda, com a Condessa Teresa Guicciolli, que na época era casada.
Uma taça feita de um crânio humano
(Tradução de Castro Alves)
Não recues! De mim não foi-se o espírito…
Em mim verás – pobre caveira fria –
Único crânio que, ao invés dos vivos,
Só derrama alegria.
Vivi! amei! bebi qual tu: Na morte
Arrancaram da terra os ossos meus.
Não me insultes! empina-me!… que a larva
Tem beijos mais sombrios do que os teus.
Em 1824, deixou os livros de lado para participar da Guerra de independência da Grécia, onde acabou falecendo. Pouco antes de sua morte, companheiros de Byron encontraram seus escritos, repletos de teor sexual. Com medo que os fatos descobertos pudessem estragar a reputação de Byron, atearam fogo, e seus pensamentos mais profundos foram perdidos.
Fontes:
wikipedia.org
google.com
pensador.com
brasilescola.uol.com.br
aventurasdahistoria.com.br
revistaprosaeversoearte.com
elfikurten.com.br
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