segunda-feira, 30 de outubro de 2023



Dia 22 de abril marca a data oficial do Descobrimento do Brasil. Porém, uma versão alternativa da história diz que quem chegou primeiro às terras tupiniquins foi o navegador espanhol Vicente Yañez Pinzón. Segundo relatos, Pinzón desembarcou no litoral nordestino 3 meses antes de Pedro Álvares Cabral —que tem os créditos da descoberta. E para alguns historiadores trata-se de um fato com evidências incontestáveis, registros e data certa. Em novembro de 1499, Pinzón saiu de Palos, no sul da Espanha, chefiando 4 caravelas em direção ao oeste do arquipélago de Cabo Verde, no Oceano Atlântico. Mas,quando foi embora em 13 de janeiro, enfrentou fortes tempestades e, rapidamente, avistou terra firme.


No dia 26 de janeiro de 1500, Pinzón desembarcou em um local que batizou de “Santa Maria de la Consolación”, lugar que descreveu como dono de uma beleza indizível, que seria o litoral do Nordeste do Brasil. A localização exata é motivo de debate entre estudiosos, já que alguns acreditam que trata-se do Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, e outros pensam ser a praia de Ponta Grossa, no Ceará.




O navegador espanhol Vicente Yañez Pinzón nasceu em 1460 em Palos, no sul da Espanha.Em 1492, integrava a frota que, sob comando de Cristovão Colombo, descobriu a América. Estava acompanhado de dois irmãos, Martin Alonso e Francisco.

Na expedição de Colombo, Pinzón comandou a menor das três caravelas, a Niña, enquanto Martin Alonso foi o capitão da Pinta.

A família Pinzón era proprietária de barcos, e os três irmãos seguiram na busca das Índias Ocidentais, objetivo da viagem para a Coroa espanhola.

Na viagem em que chegou ao Brasil, Pinzón enfrentou uma terrível tempestade que quase encerrou a expedição. Por esse motivo, quando chegou em terra firme, batizou o lugar de cabo de Santa Maria de la Consolación.

Logo depois de deixar o local de seu primeiro desembarque, Pinzón seguiu para uma ponta e deixou uma cruz para marcar o território, encontrada algumas semanas depois por seu compatriota Diego de Lepe.





O local avistado por Vicente Yáñez Pinzón é contestado por algumas teorias. O primeiro historiador brasileiro a questionar o desembarque do navegador espanhol no Cabo de Santo Agostinho foi o Visconde de Porto Seguro, Francisco Adolfo de Varnhagen, em meados do século XIX. Embora Varnhagen reconhecesse que Pinzón esteve no Brasil antes de Cabral, no seu pensamento o Cabo de Santa María de la Consolación seria a Ponta do Mucuripe, na cidade de Fortaleza. A tese foi aceita por nomes como Caspistrano de Abreu mas contestada por muitos historiadores.

Para os portugueses, como Duarte Leite, os espanhóis teriam desembarcado ao norte do Cabo Orange, na atual Guiana Francesa. Mas para seus rivais castelhanos — que sustentaram a versão tradicional se baseando no depoimento do próprio Pinzón —, o desembarque se deu no Cabo de Santo Agostinho, 86 dias antes da chegada de Pedro Alvares Cabral a Porto Seguro. Uma polêmica judicial se seguiu à viagem de Pinzón, chamada Probanzas del Fiscal — um pleito movido por Diogo Colombo, filho de Cristovão Colombo contra a Coroa de Castela para assegurar os direitos do pai. Todos os navegadores que participaram da primeira viagem de Colombo foram ouvidos em audiências que se realizaram entre 1512 e 1515 na Ilhas de São Domingos e em Sevilha. No seu depoimento, Pinzón afirmou ter aportado no Cabo de Santo Agostinho.





Seguindo viagem, Pinzón passou por uma ponta que parecia um "rosto formoso", apontada como sendo Jericoaquara (CE). Por causa da hostilidade dos índios, seguiu para noroeste, passando pela ilha de Marajó, que chamou de Santa Maria de la Mar Dulce, por causa das águas do rio Amazonas.

Pinzón não só descobriu o rio como começou a seguir seu curso, em plena floresta amazônica, acreditando estar no caminho da China de Marco Polo. Após duas semanas, decidiu voltar, levando índios aprisionados. 



Fontes:

folha.uol.com.br
poder360.com.br
google.com
wikipedia.org


terça-feira, 24 de outubro de 2023

 Rio da Prata


O rio da Prata é um importante rio da América do Sul. Está localizado numa região de divisa entre o Uruguai e a Argentina. Ele, na verdade, é um estuário formado pelo desague, no Oceano Atlântico, das águas dos rios Paraná e Uruguai.






Características, informações e dados hidrográficos:

Comprimento: 320 km

Caudal médio: 21.700 m³/s

Largura máxima: 230 km

Área da superfície: 30.350 km²

Profundidade média: 10 metros



Área drenada pelo rio da Prata e seus afluentes (Bacia Platina): 3,2 milhões de km²

Foz: Oceano Atlântico

Principais cidades às margens do rio da Prata: Buenos Aires (Argentina), Montevidéu (Uruguai), Entre Rios (Argentina), Colônia (Uruguai), San José (Uruguai), Canelones (Uruguai) e Maldonado (Uruguai).

Principais afluentes: rios Uruguai, Paraná, Matanza-Riachuelo, Samborombón, Lujan, Salado, Rosário e Santa Lucia.

Poluição: a área mais poluída do rio é na região de Buenos Aires.

Principais espécies de peixes que vivem nas águas do rio: Dourado (Salminus brasiliensis), Surubi (Pseudoplatystoma spp.), Pejerrey (Odontesthes bonariensis), Pacu (
Piaractus mesopotamicus), Traíra (Hoplias malabaricus) e Sabalo (Prochilodus lineatus).

Rio da Prata é formado pela junção dos caudais dos rios Uruguai e Paraná. É um dos maiores estuários do mundo. Na verdade, o rio da Prata corresponde a um vale submerso e não a um verdadeiro estuário.

A  região foi palco de diversas batalhas, a mais conhecida foi a guerra contra Oribe e Rosas, uma disputa entre Argentina e Uruguai nos anos de 1851 e 1852.






O Rio da Prata foi descoberto por Américo Vespúcio em 1501, que no início achou se tratar ainda do Oceano Atlântico, visto a sua largura na foz.


Vários passeios são realizados pelo Rio da Prata um dos mais conhecidos é o de Buenos Aires até Colônia de  Sacramento

Uruguai


Colônia de Sacramento



Fontes:


wikipedia.org

google.com

suapesquisa.com



domingo, 22 de outubro de 2023

Vamos falar da obra do escritor Jerome David Salinger, mais conhecido como J.D. Salinger, foi um escritor norte-americano tido como um dos mais influentes do período pós-guerra. Ficou conhecido em 1948 por conta de suas novelas, publicadas na revista The New Yorker, sobretudo pelo aclamado conto A Perfect Day for Bananafish, Mas foi com o romance The Cather in the Rye (Br: O Apanhador no Campo de Centeio) que se tornou conhecido mundialmente.


J.D.Salinger


“O Apanhador” narra um fim-de-semana na vida de Holden Caulfield, jovem de 17 anos vindo de uma família abastada de Nova York. Holden, estudante de um pomposo internato para rapazes, volta para casa mais cedo no inverno depois de ter levado bomba coletiva em quase todas as matérias. Na volta para casa, ao se preparar para enfrentar o inevitável esporro da família, Holden vai refletindo sobre tudo o que (pouco) viveu, repassa sua peculiar visão de mundo e tenta enxergar alguma diretriz para seu futuro. Antes de se defrontar com os pais, procura algumas pessoas importantes para si (um professor, uma antiga namorada, sua irmãzinha) e tenta lhes explicar a confusão que passa por sua cabeça.


"...Esqueci de falar sobre isso - eu tinha sido chutado do colégio. Não ia mesmo voltar depois das férias de Natal porque tinha sido reprovado em quatro matérias e não estava estudando nada. Eles tinham me avisado mais de uma vez que eu devia me dedicar aos estudos - principalmente na época das parciais, quando meus pais foram chamados para uma conversa com o velho Thurmer - mas nem liguei. E aí fui reprovado. Eles reprovam um bocado de gente no Pencey, porque o colégio tem um alto nível de ensino. Tem mesmo, no duro. Enfim era dezembro, estava fazendo um frio de rachar, principalmente no alto daquele morro idiota. Eu estava só com um paletó, sem luvas nem nada. Uma semana antes alguém tinha entrado no meu quarto e roubado meu casaco de pelo de camelo, com as luvas forradas de pele no bolso e tudo. O Pencey estava cheio de vigaristas. A maioria dos alunos vinha de famílias riquíssimas, mas assim mesmo o colégio estava cheio de ladrões. Quanto mais caro um colégio, mais gente safada tem, no duro. De qualquer maneira, eu continuava ao lado daquele canhão maluco, olhando o jogo lá embaixo, e gelado até o rabo. Só que não estava prestando muita atenção à partida. Só estava zanzando por ali para ver se conseguia sentir uma espécie qualquer de despedida, porque já deixei uma porção de colégios e lugares sem ao menos saber que estava indo embora. Odeio isso. Não importa que seja uma despedida ruim ou triste, mas, quando saio de um lugar, gosto de saber que estou dando o fora. Se a gente não sabe, se sente pior ainda."  (p. 3)




O livro foi publicado em 1951, e a história se passa num único fim de semana agitado,  no qual Holden acaba se colocando em algumas situações adversas e de excessos, além de reencontrar antigos conhecidos e também conhecer pessoas novas, enquanto adia seu constrangedor retorno para a casa dos pais.

Assim como Joyce no seu Odisseia fez do dia 16 de julho sua narrativa da vida de Leopold Bloom (Bloom day);

Caulfield é um jovem de 16 anos de idade que pode ser descrito como rebelde, inconformado, sarcástico e teimoso, sendo descrente com a vida e cético com as pessoas que o cercam. Por trás da personalidade indomável existe um adolescente fragilizado por uma série de traumas: a precoce morte de seu irmão mais novo, e o suicídio de um colega seu do internato, além de outras questões que o narrador só se permite revelar ao final da trama.

Composto por vinte e seis capítulos, o livro é narrado em primeira pessoa pelo protagonista, em linguagem bastante irreverente e informal. Os capítulos curtos somados ao linguajar despojado do protagonista tornam a leitura bastante fluida, mesmo que a trivialidade do enredo resulte num desenrolar arrastado e anticlimático. Atualmente o enredo pode não soar revolucionário, visto que obras com narrativas coming-of-age foram se tornando cada vez mais comuns nas últimas décadas, mas o Apanhador tem seu mérito em ter sido precursor desse estilo. Escrito num contexto de imediato pós Segunda Guerra e publicado no alvorecer da conservadora década de 1950, o livro foi extremamente inovador para a época com o seu ineditismo em colocar o jovem num papel de tanto protagonismo, e utilizando uma linguagem jovem direcionada para os próprios jovens. A postura questionadora do protagonista ao longo da trama representa uma crítica ao american way of life, em expansão neste período, e ele é muitas vezes tido como uma das mais emblemáticas encarnações dos anseios de várias gerações de adolescentes. Por estes motivos, o Apanhador é considerado um dos pilares da formação de uma cultura juvenil durante a segunda metade do século XX, sendo cultuado por uma legião cativa de leitores – e criticado por outra, além de ter sido objeto de controvérsias acerca de seu conteúdo – ao ter aberto as portas para mais obras de mesmo pano de fundo, sendo influência inconteste para produções subsequentes sobre os dramas da adolescência.


''- Você não sente nenhum remorso por deixar o Pencey? - Ah, sinto sim, de verdade... Mas não muito. Pelo menos até agora não. Acho que a coisa ainda não me tocou de fato. É preciso algum tempo para que um troço me atinja realmente. Só estou pensando agora em voltar para casa quarta-feira. Sei que não tenho jeito mesmo. - Você não se preocupa nem um pouco com o seu futuro, rapaz? - Me preocupo, sim, evidentemente. Pensei um bocado no assunto. Mas não muito, eu acho. Não muito. - Pois você ainda vai se preocupar. Vai mesmo, rapaz. Você vai se preocupar quando já for tarde demais. Não gostei de ouvi-lo dizer isso. Era como se eu estivesse morto ou coisa que o valha. Deprimente pra burro. - É, acho que sim - respondi. - Eu gostaria de pôr um pouco de juízo nesta sua cabeça, rapaz. Estou tentando ajudá-lo. Estou tentando ajudá-lo, tanto quanto posso. E estava mesmo, isso a gente podia ver. Mas o caso é que vivíamos em mundos diferentes. - Sei que o senhor está tentando me ajudar, Professor. Muito obrigado. No duro, estou muito agradecido ao senhor -. Aí tratei de me levantar da cama. Puxa, não aguentava ficar sentado ali mais dez minutos, nem que fosse para salvar minha vida. - Acontece que eu preciso ir andando, agora. Tenho uma porção de troços no ginásio e preciso apanhar tudo para levar pra casa.'' (p.7)


Apesar de ser uma história comum na vida de um adolescente, o livro foi um fenômeno de vendas, principalmente nos EUA.
Até então não havia sido escritos livros para esse público.

Histórias e lendas que menos tem a ver com literatura envolvem o romance. Numa delas diz que o assassino de John Lennon, Mark David Chapman, tinha um exemplar no bolso quando matou Lennon. O assassino da atriz Rebecca Shaeffer,  Robert Bardor, também era um admirador do livro, 
John Hinckley, Jr, que tentou matar o presidente Ronald Regan, também tinha um livro no quarto de seu hotel. Mas é claro, tudo isso não passa de curiosidades.

O fato é que o livro conta a história de um jovem de classe média alta, que procura sua identidade e um objetivo na vida; como tantos outros jovens de 17 anos.

"Isso é tudo que eu vou contar. Podia contar também o que fiz quando voltei para casa, e como fiquei doente e tudo, e o colégio para onde vou no próximo outono, depois que sair daqui - mas não tenho a mínima vontade. No duro mesmo. Esse negócio todo não me interessa muito agora. Uma porção de gente, principalmente esse cara psicanalista que tem aqui, vive me perguntando se eu vou me esforçar quando voltar para o colégio em setembro. Na minha opinião, isso é o tipo da pergunta imbecil. Quer dizer, como é que a gente pode saber o que é que vai fazer, até a hora em que faz o troço? A resposta é: não sei. Acho que vou, mas como é que eu posso saber? Juro que é uma pergunta cretina." (p.88)




Fontes:

revistabula.com
wikipedia.org
google.com
dopropriobolso.com.br
tribunapr.com.br
letras.biblioteca.ufrj.com.br


sexta-feira, 20 de outubro de 2023

 16 de setembro de 1976 - Instituto Humanitas Unisinos - IHU


"A Noite dos Lápis" foi como ficou conhecida uma série de sequestros e desaparecimentos promovidos pela ditadura militar da Argentina a partir de 16 de setembro de 1976. As vítimas eram estudantes secundaristas que, em sua maioria, atuavam como militantes ou ex-militantes da União de Estudantes Secundaristas (UES) da cidade de La Plata. Foi um dos mais conhecidos atos de repressão cometidos durante o regime do então presidente Jorge Rafael Videla.

Após o golpe militar de março de 1976, o governo implementou o que foi chamado de Processo Nacional de Reorganização, um conjunto de ações que tinham o objetivo de destruir as forças de guerrilhas de esquerda e oprimir os focos de resistência. O processo incluía sequestros, tortura e assassinatos. Enquanto isso, o grupo de guerrilha esquerdista Montoneros reagia veementemente contra a ditadura, convocando outras entidades para participar de sua campanha contra o regime. Entre elas estava a UES.

Acredita-se que a violência iniciada naquele 16 de setembro tenha sido motivada em represália à UES. Por meio de manifestações e protestos, a entidade reivindicava reformas políticas e escolares, como o direito ao desconto nas passagens de ônibus para estudantes. Essas ações teriam irritado o governo. Pouco antes dos sequestros, o governo estaria espionando o movimento estudantil para identificar seus líderes, vistos como subversivos e aliados dos Montoneros.

Em 16 e 17 de setembro, homens mascarados invadiram diversas casas de estudantes, levando-os para centros de detenção clandestinos. Ao todo, dez jovens de idades entre 16 e 18 anos foram sequestrados. Eles foram vítimas de tortura durante dias. Apenas quatro deles sobreviveram, enquanto os outros são considerados desaparecidos.

Detalhes da Noite dos Lápis foram fornecidos por dois dos sobreviventes. "Eles nos torturaram com profundo sadismo. Lembro-me de estar nua. Eu era apenas uma menina pequena e frágil e fui espancada por um homem enorme", disse Emilce Moler. "Depois de cerca de uma semana em nosso primeiro centro de detenção, todos fomos levados para outro lugar em um caminhão. Em algum momento, paramos e alguns de meus amigos foram levados. Esses foram os que desapareceram", afirmou. Moler disse que não sabe por que alguns membros da UES foram poupados enquanto outros foram mortos. Outra vítima, Pablo Diaz, também testemunhou a respeito da violência que sofreu. "Eles me deram choques elétricos na boca, nas gengivas e nos órgãos genitais. Eles arrancaram uma das minhas unhas dos pés. Era muito comum passar vários dias sem comida", disse.


La noche de los lapises - trailer




Em 1987, a história da Noite dos Lápis foi contada em um filme que teve a colaboração de Pablo Diaz no roteiro. Em setembro de 2011, quase duas dezenas de oficiais foram acusados de crimes contra a humanidade por terem participado da Noite dos Lápis. Entre eles estava Miguel Etchecolatz, que já cumpria pena de prisão perpétua por outros crimes cometidos como oficial do regime.

As ditaduras na América Latina nas décadas de 60 e 70 tinham como mote o "perigo do comunismo". Hoje sabemos que o motivo principal era perpetuar um sistema injustiço que gerava e gera grandes desigualdades sociais. É claro que entre àqueles que lutaram contra as ditaduras havia comunistas, mas a grande maioria era a população esclarecida que não queria um regime de exceção e que praticava crimes para esconder a toda a corrupção. Tudo isso comandado pelos EUA que enviava agentes da CIA para ensinar a reprimir de forma violenta e ilegal os opositores.

Na Argentina, pelo menos, os criminosos foram processados e presos.


Fontes:
seuhistory.com
youtube.com
google.com

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Verbos impessoais são verbos que, não apresentando sujeito, são conjugados apenas na 3.ª pessoa do singular. Os principais verbos impessoais são o verbo haver (apenas com sentido de existir), o verbo fazer (quando indica tempo decorrido) e verbos que indicam fenômenos da natureza e atmosféricos.


Verbos indicativos de fenômenos da natureza e atmosféricos

Verbos que indicam fenômenos da natureza e atmosféricos, como o verbo chover, anoitecer, nevar, escurecer,... são verbos impessoais, devendo ser conjugado apenas na 3.ª pessoa do singular: choveu, anoitece, nevava, escurecerá,...

Lista de verbos indicativos de fenômenos da natureza e atmosféricos:

Verbo amanhecer;
Verbo anoitecer;
Verbo escurecer;
Verbo alvorecer;


O verbo fazer torna-se impessoal quando indica o sentido de tempo transcorrido e, por isso, não deve ser flexionado no plural em sua concordância.




A concordância do verbo fazer indicando tempo transcorrido pode gerar muitas dúvidas
A concordância do verbo fazer indicando tempo transcorrido pode gerar muitas dúvidas



Observe a frase e escolha a melhor opção de uso do verbo fazer.

Faz/Fazem duas horas que liguei e você não retornou a ligação.

Certamente, você alguma vez teve dúvidas quanto à concordância desse verbo, não é mesmo? O uso correto na frase exemplificada acima seria “faz”. Mas, você sabe o porquê? A regra é bem simples e clara: o verbo fazer, quando expressa o sentido de tempo transcorrido, é um verbo impessoal, ou seja, não indica pessoa. Veja mais exemplos:

Faz dez anos que não vejo o mar.

Faz onze anos que me formei.



As locuções verbais, que possuem o verbo fazer com o mesmo sentido de tempo transcorrido, também seguirão a mesma regra na concordância dos verbos auxiliares, ou seja, não devem variar. Veja:


Já devia fazer dez anos que não via o mar.

Vai fazer onze anos que me formei.

Dessa forma, o verbo fazer, nesse sentido citado, não terá flexão em qualquer tempo verbal que esteja conjugado. Observe:

Faz dez anos que não vejo o mar.

Fazia dez anos que não via o mar.

Fez dez anos que não vejo o mar.


O verbo “haver” nos sentidos de “existir”, “acontecer”, “ocorrer” também é um verbo impessoal, ou seja, não possui sujeito, e é empregado na terceira pessoa do singular, independente do tempo verbal. Veja:

a) Havia pássaros no céu.
b) Há muitas vagas ainda.
c) Não sei se ainda há, mas havia muitas vagas.
d) Não haverá mais pássaros no céu se continuarmos a destruir seu habitat.

É muito comum o emprego do verbo “haver” no passado de maneira sistematicamente errada: Houveram vários pedidos de paz no mundo ou Nesta escola, houveram muitos alunos que passaram no vestibular.

O correto é : Houve vários pedidos de paz no mundo.
Nesta escola, houve muitos alunos que passaram nio vestibular.



Fontes:

mundoeducacao.uol.com.br
portugues.com.br
conjugacao.com.br

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

 A palavra crase é de origem grega e significa "fusão", "mistura". Na língua portuguesa, é o nome que se dá à "junção" de duas vogais idênticas.






É de grande importância a crase da preposição "a" com o artigo feminino "a" (s), com o pronome demonstrativo "a" (s), com o "a" inicial dos pronomes aquele (s), aquela (s), aquilo e com o "a" do relativo a qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para indicar a crase.

O uso apropriado do acento grave, depende da compreensão da fusão das duas vogais. É fundamental também, para o entendimento da crase, dominar a regência dos verbos e nomes que exigem a preposição "a". Aprender a usar a crase, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome. Observe:

Vou a a igreja.
Vou à igreja.

No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição "a", exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a ocorrência do artigo "a" que está determinando o substantivo feminino igreja. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave. Observe os outros exemplos:

Conheço a aluna.
Refiro-me à aluna.

No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase não pode ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto (referir-se a algo ou a alguém) e exige a preposição "a". Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja feminino e admita o artigo feminino "a" ou um dos pronomes já especificados.

Há duas maneiras de verificar a existência de um artigo feminino "a" (s) ou de um pronome demonstrativo "a" (s) após uma preposição "a":

1- Colocar um termo masculino no lugar do termo feminino que se está em dúvida. Se surgir a forma ao, ocorrerá crase antes do termo feminino. Veja os exemplos:

Conheço "a" aluna. / Conheço o aluno.
Refiro-me ao aluno. / Refiro-me à aluna.

2- Trocar o termo regente acompanhado da preposição a por outro acompanhado de uma preposição diferente (para, em, de, por, sob, sobre). Se essas preposições não se contraírem com o artigo, ou seja, se não surgirem novas formas (na (s), da (s), pela (s),...), não haverá crase. Veja os exemplos:

- Penso na aluna.
- Apaixonei-me pela aluna.
- Começou a brigar. - Cansou de brigar.
- Insiste em brigar.
- Foi punido por brigar.
- Optou por brigar.

Crase antes de pronomes de tratamento:

Essa é uma dúvida simples. No caso dos pronomes de tratamento, vê-se com facilidade que eles não são precedidos de artigo feminino, afinal de contas, ninguém diz A Sua Excelência, a presidenta, viajará em comitiva para a China, mas, sim, Sua Excelência, a presidenta, viajará em comitiva para a China, sem o artigo. Portanto, os pronomes de tratamento não admitem crase antes de si.

OBS.: Os únicos pronomes de tratamento que admitem crase antes de si são senhora e senhorita . Observe:

Dirijo-me à senhora com todo respeito.

Eu disse à senhorita que não me ligasse mais.

Então recapitulando usamos a crase nas seguintes ocasiões:


Antes de palavras femininas
Fui à escola.
Fomos à praça.
Quando acompanham verbos que indicam destino (ir, voltar, vir)
Vou à padaria.
Fomos à praia.
Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas
Saímos à noite.
À medida que o tempo passa as amizades aumentam.

Exemplos de locuções: à medida que, à noite, à tarde, às pressas, às vezes, em frente a, à moda de.



Antes dos Pronomes demonstrativos aquilo, aquela, aquele
No verão, voltamos àquela praia.

Refere-se àquilo que aconteceu ontem na festa.

Antes da locução "à moda de" quando ela estiver subentendida:

Veste roupas à (moda de) Luís XV.
Dribla à (moda de) Pelé.

Uso da crase na indicação das horas

Utiliza-se a crase antes de numeral cardinal que indicam as horas exatas:

Termino meu trabalho às cinco horas da tarde.
Saio da escola às 12h30.

Por outro lado, quando acompanhadas de preposições (para, desde, após, perante, com), não se utiliza a crase, por exemplo:

Ficamos na reunião desde as 12h.
Chegamos após as 18h.
O congresso está marcado para as 15h.




Atenção: lembre-se sempre de que não basta provar a existência da preposição "a" ou do artigo "a", é preciso provar que existem os dois.

Não existe crase antes de substantivos masculinos.




Fontes:
soportugues.com.br
portugues.com.br
todamateria.com.br

sexta-feira, 13 de outubro de 2023

 Sexta-feira 13!




A sexta-feira vem de Vênus (Veneris), que é a deusa feminina que está ligada ao amor, ao prazer, ao erotismo e à beleza. A sexta-feira também está ligada à luxúria e ao dia das bruxas. Já o número 13 está ligado à má sorte", afirma Oscar D'Ambrosio, pós-doutor e doutor em Educação, Arte e História da Cultura.


Segundo D'Ambrosio, na Bíblia Sagrada, por exemplo, o fim do mundo começa no 13º capítulo do Apocalipse. No Cristianismo, a Santa Ceia contou com a presença de 13 pessoas: os 12 apóstolos e Jesus Cristo. E a sexta-feira também foi o dia da crucificação de Jesus Cristo.





Também existe uma versão ligada aos nórdicos e a Loki, o deus das quizombas e sacanagens. Ele foi o 13º convidado a chegar em um jantar com outros deuses e fez uma algazarra - até cuspiu na cara dos outros presentes.

"Temos ainda a reflexão no Tarô, por exemplo, o Arcano 13 tem uma imagem de uma lâmina que está ligada à morte, entendendo como uma transformação. Mas, de qualquer maneira, a associação se dá entre o 13 que daria azar, estando ligado à morte, e a sexta-feira, que é o dia da luxúria", acrescenta o especialista em História da Cultura.

Outra teoria diz que o "preconceito" contra o 13 se deve ao fato de ele suceder ao número considerado "perfeito". "Temos os 12 signos do Zodíaco, 12 tribos de Israel, doze apóstolos. E o décimo terceiro entra em um mundo misterioso, como se arruinasse a perfeição.

Outro fato tem a ver com os cavaleiros templários, ordem militar e religiosa que protegia os peregrinos que iam para Jerusalém.

A ordem foi ficando muito poderosa e rica, suplantando a riqueza da Igreja Católica e do Reino da França. O dia 13 de outubro de 1307, uma sexta-feira, é lembrado pela prisão dos cavaleiros templários na França, reinada por Filipe IV. Como castigo, muitos foram queimados, como o grão-mestre dos templários, Jacques de Molay, que morreu em frente a catedral de Notre Dame. Diz a lenda que, antes de morrer, De Molay teria amaldiçoado todo mundo, jogando praga em todos os seus algozes.




Na verdade essa foi uma forma na qual o Papa Clemente V e o rei da França e Felipe IV, se apossarem da fortuna templária acusando-os de práticas de sodomia.



Felipe IV - o belo


Filipe IV, o Belo, não gostava do poder que os Cavaleiros Templários tinham acumulado ao longo dos últimos dois séculos. A sua magnificência era tal que só o Papa, na época Clemente V, podia ter mão sobre a Ordem. Por isso, Filipe IV usou do seu poder de persuasão e tentou convencer o Papa a acusar a Ordem de crimes de heresia, imoralidade e sodomia. Não foi fácil, porque Clemente V sabia que a sua aliança com os Templários era útil para manter uma presença militar bem vincada na Palestina. No entanto, não foi capaz de travar o plano do rei porque os boatos que circulavam sobre os templários já começavam a denegrir a imagem da própria Igreja: se continuasse a defender a Ordem, também a sua boa imagem seria arrastada pela lama.

Cavaleiro Templário.


Claro que tudo isso não passa de mitologia e crendices populares, desprovidas de quaisquer fatos científicos.

Feliz sexta-feira 13.


Fontes:

noticias.uol.com.br
google.com
exame.com
observador.pt



quinta-feira, 12 de outubro de 2023

 Vamos falar hoje dos erros mais comuns de Português.


Segundo a Professora Rosângela Cremaschi, professora de comunicação escrita da FAAP e consultora do RC7.-, autora do livro "Português Corporativo" os altos índices de erros cometidos, são por total desconhecimento da língua portuguesa, além da deficiência na educação de base.



Resultado de imagem para erros mais comuns do português







50 erros mais comuns:

1- Anexo / Anexa

Errado: Seguem anexo os documentos solicitados.

Certo: Seguem anexos os documentos solicitados.
Por quê? Anexo é adjetivo e deve concordar em gênero e número com o substantivo a que se refere. 
Obs: Muitos gramáticos condenam a locução “em anexo”; portanto, dê preferência à forma sem a preposição. 

2- “Em vez de” / “ao invés de”

Errado: Ao invés de elaborarmos um relatório, discutimos o assunto em reunião.

Certo: Em vez de elaborarmos um relatório, discutimos o assunto em reunião.
Por quê? Em vez de é usado como substituição. Ao invés de é usado como oposição. Ex: Subimos, ao invés de descer.

3- “Esquecer” / “Esquecer-se de”

Errado: Eu esqueci da reunião.

Certo: Há duas formas: Eu me esqueci da reunião. ou Eu esqueci a reunião.
Por quê? O verbo esquecer só é usado com a preposição de (de – da – do) quando vier acompanhado de um pronome oblíquo (me, te, se, nos, vos).

4-“Faz” / “Fazem”

Errado: Fazem dois meses que trabalho nesta empresa.

Certo: Faz dois meses que trabalho nesta empresa.
Por quê? No sentido de tempo decorrido, o verbo “fazer” é impessoal, ou seja, só é usado no singular. Em outros sentidos, concorda com o sujeito. Ex: Eles fizeram um bom trabalho.

5- “Ao encontro de” / “De encontro a”

Errado: Os diretores estão satisfeitos, porque a atitude do gestor veio de encontro ao que desejavam.

Certo: Os diretores estão satisfeitos, porque a atitude do gestor veio ao encontro do que desejavam.
Por quê? “Ao encontro de” dá ideia de harmonia e “De encontro a” dá ideia de oposição. No exemplo acima, os diretores só podem ficar satisfeitos se a atitude vier ao encontro do que desejam.

6- A par / ao par

Errado: Ele já está ao par do ocorrido.

Certo: Ele já está a par do ocorrido.
Por quê? No sentido de estar ciente, o correto é “a par”. Use “ao par” somente para equivalência cambial. Ex: “Há muito tempo, o dólar e o real estiveram quase ao par.”

7- “Quite” / “quites”

Errado: O contribuinte está quites com a Receita Federal.

Certo: O contribuinte está quite com a Receita Federal.
Por quê? “Quite” deve concordar com o substantivo a que se refere. 

8- “Media” / “Medeia”

Errado: Ele sempre media os debates.

Certo: Ele sempre medeia os debates.
Por quê? Há quatro verbos irregulares com final –iar: mediar, ansiar, incendiar e odiar. Todos se conjugam como “odiar”: medeio, anseio, incendeio e odeio.

9- “Através” / “por meio”

Errado: Os senadores sugerem que, através de lei complementar, os convênios sejam firmados com os estados.

Certo: Os senadores sugerem que, por meio de lei complementar, os convênios sejam firmados com os estados.
Por quê? Por meio significa “por intermédio”. Através de, por outro lado, expressa a ideia de atravessar. Ex: Olhava através da janela.

10- “Ao meu ver” / “A meu ver”

Errado: Ao meu ver, o evento foi um sucesso.

Certo: A meu ver, o evento foi um sucesso.
Por quê? “Ao meu ver” não existe.

11- “A princípio” / “Em princípio” 

Errado: Achamos, em princípio, que ele estava falando a verdade. 

Certo: Achamos, a princípio, que ele estava falando a verdade. 
Por quê? A princípio equivale a “no início”. Em princípio significa “em tese”. Ex: Em princípio, todo homem é igual perante a lei.

12- “Senão” / “Se não”

Errado: Nada fazia se não reclamar.

Certo: Nada fazia senão reclamar.
Por quê? Senão significa “a não ser”, “caso contrário”. Se não é usado nas orações subordinadas condicionais. Ex: Se não chover, poderemos sair.

13- “Onde” / “Aonde”

Errado: Aonde coloquei minhas chaves?

Certo: Onde coloquei minhas chaves?
Por quê? Onde se refere a um lugar em que alguém ou alguma coisa está. Indica permanência. Aonde se refere ao lugar para onde alguém ou alguma coisa vai. Indica movimento. Ex: Ainda não sabemos aonde iremos.

14- “Visar” / “Visar a”

Errado: Ele visava o cargo de gerente.

Certo: Ele visava ao cargo de gerente.
Por quê? O verbo visar, no sentido de almejar, pede a preposição a. 
Obs: Quando anteceder um verbo, dispensa-se a preposição “a”. Ex: Elas visavam viajar para o exterior.

15- “A” / “há”

Errado: Atuo no setor de controladoria a 15 anos.

Certo: Atuo no setor de controladoria há 15 anos.
Por quê? Para indicar tempo passado, usa-se o verbo haver. O “a”, como expressão de tempo, é usado para indicar futuro ou distância. Exs: Falarei com o diretor daqui a cinco dias. Ele mora a duas horas do escritório.

16- “Aceita-se” / “Aceitam-se”

Errado: Aceita-se encomendas para festas.

Certo: Aceitam-se encomendas para festas.
Por quê? A presença da partícula apassivadora “se” exige que o verbo transitivo direto concorde com o sujeito.

17- “Precisa-se” / “Precisam-se”

Errado: Precisam-se de estagiários.

Certo: Precisa-se de estagiários.
Por quê? Nesse caso, a partícula “se” tem a função de tornar o sujeito indeterminado. Quando isso ocorre, o verbo permanece no singular. 

18- “Há dois anos” / “Há dois anos atrás”

Errado: Há dois anos atrás, iniciei meu mestrado.

Certo: Há duas formas corretas: “Há dois anos, iniciei meu mestrado” ou “Dois anos atrás, iniciei meu mestrado.”
Por quê? É redundante dizer “Há dois anos atrás”.

19- “Implicar” / “Implicar com” / “Implicar em”

Errado: O acidente implicou em várias vítimas.

Certo: O acidente implicou várias vítimas.
Por quê? No sentido de acarretar, o verbo implicar não admite preposição. No sentido de ter implicância, a preposição exigida é com. Quando se refere a comprometimento, deve-se usar a preposição em. Exs: Ele sempre implicava com os filhos. Ela implicou-se nos estudos e passou no concurso.

20- “Retificar” / “Ratificar”

Errado: Estávamos corretos. Os fatos retificaram nossas previsões.

Certo: Estávamos corretos. Os fatos ratificaram nossas previsões.
Por quê? Ratificar significa confirmar, comprovar. Retificar refere-se ao ato de corrigir, emendar. Ex: Vou retificar os dados da empresa.

21- “Somos” / “Somos em”

Errado: Somos em cinco auditores na empresa.

Certo: Somos cinco auditores na empresa.
Por quê? Não se deve empregar a preposição “em” nessa expressão. Preposição é usada para unir duas frases distintas, no caso acima só existe uma frase: Somos cinco auditores. Outro exemplo Éramos seis, ou somos seis.

22- “Entre eu e você” / “Entre mim e você”

Errado: Não há nada entre eu e você, só amizade.

Certo: Não há nada entre mim e você, só amizade.
Por quê? Eu é pronome pessoal do caso reto e só pode ser usado na função de sujeito, ou seja, antes de um verbo no infinitivo, como no caso: “Não há nada entre eu pagar e você usufruir também.”

23- “A fim” / “Afim”

Errado: Nós viemos afim de discutir o projeto. 

Certo: Nós viemos a fim de discutir o projeto. 
Por quê? A locução a fim de indica ideia de finalidade. Afim é um adjetivo e significa semelhança. Ex: Eles têm ideias afins.

24- “Despercebido” / “Desapercebido”

Errado: As mudanças passaram desapercebidas.

Certo: As mudanças passaram despercebidas.
Por quê? Despercebido significa sem atenção. Desapercebido significa desprovido, desprevenido. Ex: Ele estava totalmente desapercebido de dinheiro.

25- “Tem” / “Têm”

Errado: Eles tem feito o que podem nesta empresa.

Certo: Eles têm feito o que podem nesta empresa.
Por quê? Tem refere-se à 3ª pessoa do singular do verbo “ter” no Presente do Indicativo. Têm refere-se ao mesmo tempo verbal, porém na 3ª pessoa do plural. 

26- “Chegar em” / “Chegar a”

Errado: Os atletas chegaram em Curitiba na noite passada. 

Certo: Os atletas chegaram a Curitiba na noite passada. 
Por quê? Verbos de movimento exigem a preposição “a”.

27- “Prefiro… do que” / “Prefiro… a”

Errado: Prefiro carne branca do que carne vermelha.

Certo: Prefiro carne branca a carne vermelha.
Por quê? A regência do verbo preferir é a seguinte: “Preferir algo a alguma outra coisa.” 

28- “De mais” / “demais”

Errado: Você trabalha de mais!

Certo: Você trabalha demais!
Por quê? Demais significa excessivamente; também pode significar “os outros”. De mais opõe-se a “de menos”. Ex: Alguns possuem regalias de mais; outros de menos.

29- “Fim de semana” / “final de semana”

Errado: Bom final de semana!

Certo: Bom fim de semana!
Por quê? Fim é o contrário de início. Final é o contrário de inicial. Portanto: fim de semana; fim de jogo; parte final.

30- “Existe” / “Existem”

Errado: Existe muitos problemas nesta empresa.

Certo: Existem muitos problemas nesta empresa. 
Por quê? O verbo existir admite plural, diferentemente do verbo haver, que é impessoal.

31- “Assistir o” / “Assistir ao”

Errado: Ele assistiu o filme “A teoria do nada”.

Certo: Ele assistiu ao filme “A teoria do nada”.
Por quê? O verbo assistir, no sentido de ver, exige a preposição “a”. 

32- “Responder o” / “Responde ao”

Errado: Ele não respondeu o meu e-mail. 

Certo: Ele não respondeu ao meu e-mail. 
Por quê? A regência do verbo responder, no sentido de dar a resposta a alguém, é sempre indireta, ou seja, exige a preposição “a”. 

33- “Tão pouco” / “Tampouco”

Errado: Não compareceu ao trabalho, tão pouco justificou sua ausência. 

Certo: Não compareceu ao trabalho, tampouco justificou sua ausência. 
Por quê? Tampouco corresponde a “também não”, “nem sequer”. Tão pouco corresponde a “muito pouco”. Ex: Trabalhamos muito e ganhamos tão pouco”. 

34- “A nível de” / “Em nível de”

Errado: A pesquisa será realizada a nível de direção.

Certo: A pesquisa será realizada em nível de direção.
Por quê? A expressão “Em nível de” deve ser usada quando se refere a “âmbito”. O uso de “a nível de” significa “à mesma altura”. Ex: Estava ao nível do mar. 

35- “Chego” / “Chegado”

Errado: O candidato havia chego atrasado para a entrevista.

Certo: O candidato havia chegado atrasado para a entrevista.
Por quê? Embora alguns verbos tenham dupla forma de particípio (Exs: imprimido/impresso, frito/fritado, acendido/aceso), o único particípio do verbo chegar é chegado. Chego é 1ª pessoa do Presente do Indicativo. Ex: Eu sempre chego cedo.

36- “Meio” / “Meia”

Errado: Ela estava meia nervosa na reunião.

Certo: Ela estava meio nervosa na reunião.
Por quê? No sentido de “um pouco”, a palavra “meio” é invariável. Como numeral, concorda com o substantivo. Ex: Ele comeu meia maçã.

37- “Viagem” / “Viajem”

Errado: Espero que eles viagem amanhã

Certo: Espero que eles viajem amanhã. 
Por quê? Viajem é a flexão do verbo “viajar” no Presente do Subjuntivo e no Imperativo. Viagem é substantivo. Ex: Fiz uma linda viagem. 

38- “Mal” / “Mau”

Errado: O jogador estava mau posicionado.

Certo: O jogador estava mal posicionado.
Por quê? Mal opõe-se a bem. Mau opõe-se a bom. Assim: mal-humorado, mal-intencionado, mal-estar, homem mau.

39- “Na medida em que” / “À medida que”

Errado: É melhor comprar à vista à medida em os juros estão altos.

Certo: É melhor comprar à vista na medida em que os juros estão altos.
Por quê? Na medida em que equivale a “porque”. À medida que estabelece relação de proporção. Ex: O nível dos jogos melhora à medida que o time fica entrosado.

40- “Para mim” / “Para eu” fazer

Errado: Era para mim fazer a apresentação, mas tive de me ausentar.

Certo: Era para eu fazer a apresentação, mas tive de me ausentar.
Por quê? “Para eu” deve ser usado quando se referir ao sujeito da frase e for seguido de um verbo no infinitivo. 

41- “Mas” / “Mais” 

Errado: Gostaria de ter viajado, mais tive um imprevisto.

Certo: Gostaria de ter viajado, mas tive um imprevisto.
Por quê? Mas é conjunção adversativa e significa “porém”. Mais é advérbio de intensidade. Ex: Adicione mais açúcar se quiser.

42- “Perca” / “perda”

Errado: Há muita perca de tempo com banalidades.

Certo: Há muita perda de tempo com banalidades.
Por quê? Perca é verbo e perda é substantivo. Exs: Não perca as esperanças! Essa perda foi irreparável.

43- “Deu” / “Deram” tantas horas

Errado: Deu dez da noite e ele ainda não chegou.

Certo: Deram dez da noite e ele ainda não chegou.
Por quê? Os verbos dar, bater e soar concordam com as horas. Porém, se houver sujeito, deve-se fazer a concordância: “O sino bateu dez horas.”

44- “Traz” / “Trás”

Errado: Ele olhou para traz e viu o vulto.

Certo: Ele olhou para trás e viu o vulto.
Por quê? Trás significa parte posterior. Traz é a conjugação do verbo “trazer” na 3ª pessoa do singular do Presente do Indicativo. Ex: Ela sempre traz os relatórios para a gerência.

45- “Namorar alguém” / “Namorar com alguém”

Errado: Maria namora com Paulo.

Certo: Maria namora Paulo.
Por quê? A regência do verbo namorar não admite preposição. 

46- “Obrigado” / “Obrigada”

Errado: Muito obrigado! – disse a funcionária.

Certo: Muito obrigada! – disse a funcionária.
Por quê? Homens devem dizer “obrigado”. Mulheres dizem “obrigada”. A flexão também ocorre no plural: “Muito obrigadas! – disseram as garotas ao professor.”

47- “Menos” ou “Menas”

Errado: Os atendentes fizeram menas tarefas hoje.

Certo: Os atendentes fizeram menos tarefas hoje.
Por quê? “Menas” não existe. Mesmo referindo-se a palavras femininas, use sempre menos. Ex: Havia menos pessoas naquele departamento.

48- “Descriminar” / “Discriminar”

Errado: Os produtos estão descriminados na nota fiscal.

Certo: Os produtos estão discriminados na nota fiscal.
Por quê? Discriminar significa separar, diferenciar. Descriminar significa absolver, inocentar. Ex: O juiz descriminou o jovem acusado.

49- “Acerca de” / “a cerca de”

Errado: Estavam discutindo a cerca de política. 

Certo: Estavam discutindo acerca de política.
Por quê? Acerca de significa “a respeito de”. A cerca de indica aproximação. Ex: Eu trabalho a cerca de 5 km daqui.

50- “Meio-dia e meio” / “Meio-dia e meia”

Errado: Nesta empresa, o horário de almoço inicia ao meio-dia e meio.

Certo: Nesta empresa, o horário de almoço inicia ao meio-dia e meia.
Por quê? O correto é meio-dia e meia, pois o numeral fracionário concorda em gênero com a palavra hora. 

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Muitos dos erros elencados acima, já foram objeto de estudo pelo nosso blog.

A gramática da língua portuguesa requer muita leitura, e prática. Nosso blog procura ajudar no melhor entendimento e compreensão do belo idioma falado por 275 milhões de pessoas em todo o mundo.


Fontes:

exame.abril.com.br
infoescola.com/portugues/erros-gramaticais
google.com
wikipedia.org

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