terça-feira, 10 de janeiro de 2023

 Vamos falar do filosofo polonês, Arthur Schopenhauer. 




Nasceu em Danzig, atual Gdansk, Polônia em 22 de fevereiro de 1788 e morreu em Frankfurt, Alemanha em 21 de setembro de 1860.




Em consequência de nossas. considerações anteriores, com toda a coincidência interna entre Kant e Platão, e a identidade do objetivo que ambos tinham em mente, ou a concepção de mundo, que os estimulava e conduzia ao filosofar, mesmo assim ideia e coisa em si não são simplesmente uma e a mesma: mas a ideia é para nós somente a objetividade imediata, e por isto adequada, da coisa em si, que porém ela própria é a vontade, a vontade enquanto ainda não objetivada, ainda não tornada representação. Pois a coisa em si deve, conforme Kant, ser livre de todas as formas presas ao conhecimento como tal: e é apenas um erro de Kant (como será mostrado no suplemento) , que ele não incluísse entre estas formas, antes de todas as outras, o ser-objeto-para-um-sujeito, por ser justamente esta a forma primeira e mais geral de todo fenômeno, isto é, representação; eis porque ele deveria ter recusado expressamente a sua coisa em si o ser objeto, o que o teria preservado daquela grande inconsequência, que não se tardou em descobrir. A ideia platônica, por outro lado, é necessariamente objeto , algo reconhecido, uma representação, e justamente devido a isto, e somente devido a isto, distinta da coisa em si; ela se despojou apenas das formas subordinadas do fenômeno, todas por nós compreendidas sob o princípio de razão, ou melhor, ainda não as adotou; contudo manteve a forma primeira e mais geral, a da representação em geral, do ser objeto para um sujeito.

 (O mundo como vontade e representação - Livro III)


Segundo ele não podemos separar o objeto do sujeito. O objeto não existe sem o sujeito.

Critico ferrenho de George Wilhelm Hegel. A partir de ideias de Immanuel Kant, ele desenvolveu o sistema metafísico e ético.



O amor é  apenas a vontade cega e irracional que todos os seres têm de se reproduzirem, dando assim continuidade à vida e, por conseguinte, ao sofrimento. A sensação de felicidade que o amor traz é apenas o interrompimento temporário do querer, a fuga de uma dor imposta pela vontade. 

Para Schopenhauer, somente o sofrimento é positivo, pois se faz sentir com facilidade, enquanto que aquilo ao qual chamamos felicidade é negativo, pois é a mera interrupção momentânea da dor ou tédio, sendo estes últimos a condição inerente à existência. Considerava esse impulso de reprodução, esse "gênio da espécie", tão forte como o medo da morte, daí que muitos amantes arriscam a vida e a perdem obedecendo a este desejo.


Schopenhauer


"Friedrich Nietzsche certamente é um dos filósofos mais influenciados pela sua teoria, que foi influente também e em especial no mundo das artes. Encontramos vestígios de sua perspectiva sobre o sofrimento na literatura, nas obras de Thomas Mann, Leon Tolstoi e Machado de Assis, para mencionar apenas alguns. Também é conhecida sua influência sobre Richard Wagner, evidente em sua ópera intitulada Tristão e Isolda."

A vontade é a essência do mundo e é conflito que leva à dor causada pela força contínua opositora entre as vontades do mundo. A vontade nasce do descontentamento do próprio estado e é um sofrimento enquanto não é satisfeita, mas mesmo que satisfeita a satisfação não dura e a vontade satisfeita se inclina para um novo estado de descontentamento, em um processo de geração de vontades infinito, sendo também infinita a dor e o sofrimento gerados nesse processo.
Essa cadeia de geração de vontade e sofrimento só pode ser superada através da arte. Na experiência estética o homem se anula como vontade esquecendo-se de si mesmo e do seu sofrimento.

Arthur Schopenhauer era um pessimista.  Para Schopenhauer, o prazer é momento fugaz de ausência de dor e não existe satisfação durável. Todo prazer é ponto de partida de novas aspirações, sempre obstadas e sempre em luta por sua realização: "Viver é sofrer". Nesse sentido, verifica-se como seu pessimismo não é gratuito, dado que suportado por uma antropologia-metafísica-realista de fundo, apresentando-se, deste modo, como apanágio e característica natural desta.

Segundo ele "a palavra “vontade”, assim, não faz referência a um ato consciente e distancia-se do nosso uso comum; indica, antes, um poder ou impulso dos seres para a vida, uma vontade de vida.

Algumas afirmações do filosofo que mostram todo seu pessimismo:


- Dos sete dias da semana, seis são de dor e necessidade e um é de tédio.

- O homem é o único animal que faz os outros sofrerem só para os ver sofrer.

- O homem sente prazer com o mal alheio.

- Na vida humana a infelicidade é a regra.

- A vida é esmola que prolonga a vida para seguirmos no tormento.

- A história é acaso cego e o progresso é ilusão.

A Vontade é a próxima essência da subjetividade, isto é, é a própria essência do “eu”. Irracional, desprovida de conhecimento, causa em si mesma, sem fundamento, possuidora de um infinito desejo de afirmar-se, a Vontade é o que faz as aves migrar e os tigres acasalar. Nos outros animais, a Vontade se expressa no instinto. 

Diferentemente de outros animais, o homem possui consciência de sua vontade: “A Vontade é um cego robusto que carrega um aleijado que enxerga” – esse aleijado é a nossa consciência. No homem, a Vontade é o fundamento do querer viver, do sentimento de posse, do dominar, do afirmar-se: “A vida humana, pois, passa-se toda em querer e em adquirir”. 




Fontes:
wikipedia.org
google.com
brasilescola.uol.com.br
filosofia.com.br
subllimefilosofia.com.br
guiadoestudante.abril.com.br








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