William Shakespeare, escritor, poeta e dramaturgo britânico.
Nasceu em Stratford-upon-Avon, no condado de Warwick, Inglaterra, no dia 23 de abril de 1564. Filho de John Shakespeare e de Mary Arden, seu pai foi comerciante de lã e chegou a tesoureiro e prefeito de Stratford.
Infância e juventude
William iniciou seus estudos em sua cidade natal, mas aos 13 anos a família empobreceu tendo o jovem que deixar os estudos e trabalhar no comércio do pai.
Com 18 anos, casou-se com a aldeã Anne Hathaway, nove anos mais velha que ele. Cinco meses depois, nasceu sua primeira filha Susan, e em seguida os gêmeos, Judith e Hamnet.
Nessa época, Shakespeare já escrevia versos e assistia todas as representações das companhias que chegavam a Stratford.
Em 1586, o jovem Shakespeare se envolveu com más companhias sendo obrigado a deixar a família e se refugiar em Londres.
Trabalhou em várias funções, entre elas, a de guardador de cavalos na porta do teatro de James Burbage, o primeiro teatro de Londres. Logo estava prestando serviços nos bastidores.
Nessa época, período do reinado de Elizabeth I, Londres vivia uma intensa atividade artística. Shakespeare estudou muito e leu autores clássicos, novelas, contos e crônicas, que foram fundamentais para sua formação de dramaturgo.
Shakespeare passou a ser o copista oficial da companhia e também representava pequenos papéis. Em 1589 já adaptava peças de autores anônimos e escrevia o maior número das peças apresentadas no Globe Theatre.
Suas obras mais conhecidas são as peças teatrais, tragédia e comédia. Uma das que mais se destaca é Romeu e Julieta, que conta a trágica história de dois jovens apaixonados que pertencem a duas famílias rivais: Montéquio e Capuleto.
Ato II - Cena 2:
But, soft! what light through yonder window breaks?
It is the east, and Juliet is the sun.
Arise, fair sun, and kill the envious moon,
Who is already sick and pale with grief,
That thou her maid art far more fair than she:
Be not her maid, since she is envious;
Her vestal livery is but sick and green
And none but fools do wear it; cast it off.
It is my lady, O, it is my love!
O, that she knew she were!
She speaks yet she says nothing: what of that?
Her eye discourses; I will answer it.
I am too bold, 'tis not to me she speaks:
Two of the fairest stars in all the heaven,
Having some business, do entreat her eyes
To twinkle in their spheres till they return.
What if her eyes were there, they in her head?
The brightness of her cheek would shame those stars,
As daylight doth a lamp; her eyes in heaven
Would through the airy region stream so bright
That birds would sing and think it were not night.
See, how she leans her cheek upon her hand!
O, that I were a glove upon that hand,
That I might touch that cheek!
Que luz brilha naquela janela ? É a luz da alvorada e Julieta é o Sol. Brilha forte, Sol e mata a invejosa Lua, já doente e pálida, vendo que tu, tua serva, és bem mais bela do que ela.
Não a sirva, pois ela é invejosa
Seus trajes de vestais são estão rotos e desbotados, e só os tolos o usam. Jogue-os fora!
Ela é minha senhora, Oh! ela é meu amor
Oh! ela deve saber que é.
Ela fala, ainda que nada diga. Mas, e daí ?
Seus olhos falam.
Vou responder. Sou muito ousado, não é comigo que ela fala!
Duas das mais brilhantes estrelas do céu, tendo algo para fazer, imploraram para que seus olhos brilhassem em suas abóbodas até que elas voltassem. Seu brilho foi tão radiante que envergonhou àquelas estrelas, como a luz do Sol envergonharia o candeeiro.
Seus olhos no céu brilharam tanto, que os pássaros cantaram pensando que a noite tinha terminado!
Vejam como ela descansa seu rosto em suas mãos. Como gostaria de ser aquelas luvas.
Assim poderia tocar sua pele.
Outra peça bastante conhecida é Hamlet, o príncipe da Dinamarca.
A peça, situada na Dinamarca, reconta a história de como o Príncipe Hamlet tenta vingar a morte de seu pai, Hamlet, o rei, executado por Cláudio, seu irmão, que o envenenou e em seguida tomou o trono casando-se com a rainha. A peça traça um mapa do curso de vida na loucura real e na loucura fingida — do sofrimento opressivo à raiva fervorosa — e explora temas como a traição, vingança, incesto, corrupção e moralidade.
A peça abre numa noite fria no Castelo de Elsinore, o Castelo Real Dinamarquês. Os sentinelas tentam convencer Horácio, amigo do Príncipe Hamlet, que eles têm visto o fantasma do rei morto, quando ele aparece novamente. Depois do encontro de Horácio com o Fantasma, Hamlet resolve vê-lo com seus próprios olhos.
À noite, o Fantasma aparece para Hamlet. O espectro diz a Hamlet que é o espírito de seu pai morto, e revela que Cláudio o matou com um frasco de veneno, despejando o líquido em seu ouvido. O Fantasma pede que Hamlet vingue sua morte; Hamlet concorda, com pena do espectro, decidindo fingir-se de louco para não levantar suspeitas. Ele, contudo, duvida da personalidade do fantasma.
Ocupados com os assuntos de Estado, Cláudio e Gertrudes tentam evitar a invasão de Fórtinbras. Um tanto preocupados com o comportamento solitário e errático de Hamlet, acrescido de seu luto profundo diante da morte do pai, eles convidam dois amigos do príncipe - Rosencrantz e Guildenstern - para descobrirem a causa da mudança de comportamento de Hamlet. Hamlet recebe os companheiros calorosamente, todavia logo discerne que eles estão contra ele.
Hamlet Ato III - Cena 1
from Hamlet, spoken by Hamlet)
To be, or not to be, that is the question:
Whether 'tis nobler in the mind to suffer
The slings and arrows of outrageous fortune,
Or to take arms against a sea of troubles
And by opposing end them. To die—to sleep,
No more; and by a sleep to say we end
The heart-ache and the thousand natural shocks
That flesh is heir to: 'tis a consummation
Devoutly to be wish'd. To die, to sleep;
To sleep, perchance to dream—ay, there's the rub:
For in that sleep of death what dreams may come,
When we have shuffled off this mortal coil,
Must give us pause—there's the respect
That makes calamity of so long life.
HAMLET:
Ser ou não ser... Eis a questão. Que é mais nobre para a alma: suportar os dardos e
arremessos do fado sempre adverso, ou armar-se contra um mar de desventuras e dar-lhes fim tentando
resistir-lhes? Morrer... dormir... mais nada... Imaginar que um sono põe remate aos sofrimentos do
coração e aos golpes infinitos que constituem a natural herança da carne, é solução para almejar-se.
Morrer.., dormir... dormir... Talvez sonhar... É aí que bate o ponto. O não sabermos que sonhos poderá
trazer o sono da morte, quando alfim desenrolarmos toda a meada mortal, nos põe suspensos. É essa idéia
que torna verdadeira calamidade a vida assim tão longa!
A arte de Shakespeare compreende 37 peças teatrais, 2 longos poemas e 154 sonetos, escritos provavelmente entre 1593 e 1598, além de vários trechos em verso.
Suas peças constam de 17 comédias, 10 dramas e 10 tragédias que retratam a sociedade inglesa durante três séculos de sua evolução.
Dentre elas: Otelo; Henrique IV; As alegre comadres de Windsor; A megera domada; Sonho de uma noite de verão; O mercador de Veneza; Macbeth; Rei Lear, e muitas outras peças.
Por volta de 1610, o dramaturgo retornou para sua cidade natal, local onde escreveu suas últimas peças. William Shakespeare faleceu em Stratford-upon-Avon, no dia 23 de abril de 1616, pouco depois de ter feito seu testamento. Foi enterrado na Trinity Church, em Stratford.
Ao longo dos anos, Shakespeare tornou-se o maior dramaturgo da literatura universal e, sua consagração se deve a seus notáveis e complexos personagens, à dinâmica de suas peças e a riqueza de seus versos.
Let not my love be call'd idolatry,
nor my beloved as an idol show,
since all alike my songs and praises be
to one, of one, still such, and ever so.
kind is my love today, tomorrow kind,
still constant in a wondrous excellence,
therefore my verse to constancy confin'd,
one thing expressing, leaves out difference.
Fair, kind, and true, is all my argument,
fair, kind, and true, varying to other words,
and in this change is my invention spent,
three themes in one, which wondrous scope affords.
Fair, kind, and true, have often liv'd alone,
which three till now, never kept seat in one.
Soneto CV
Não chame o meu amor de idolatria
Nem de ídolo realce a quem eu amo,
Pois todo o meu cantar a um só se alia,
E de uma só maneira eu o proclamo.
É hoje e sempre o meu amor galante,
Inalterável, em grande excelência;
Por isso a minha rima é tão constante
A uma só coisa e exclui a diferença.
'Beleza, Bem, Verdade', eis o que exprimo;
'Beleza, Bem, Verdade', todo o acento;
E em tal mudança está tudo o que primo,
Em um, três temas, de amplo movimento.
'Beleza, Bem, Verdade' sós, outrora;
Num mesmo ser vivem juntos agora.
Fontes:
shakespeare.mit.edu
google.com
ebiografia.com
williamshakespearewilliam.blogspot.com
wikipedia.org
www.poetryfoundation.org
pensador.com
primeiros-escritos.blogspot.com
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