Vamos falar da escritora gaúcha Lya Luft.
Lya Fett Luft (Santa Cruz do Sul, 15 de setembro de 1938 - Porto Alegre, 30 de dezembro de 2021) foi uma escritora e tradutora brasileira. Foi colunista mensal da revista Veja e professora aposentada da UFRGS.
"Em plena maturidade sinto em mim a menina assombrada com a beleza da chuva que chega sobre as árvores num jardim de muitas décadas atrás. Tudo aquilo é para sempre meu, ainda que as pessoas amadas partam, que a casa seja vendida, que eu já não seja aquela." p. 23.
"Amor é tarefa complexa, além de tudo porque para amar preciso primeiro me amar. Dentro e fora são reflexos mútuos, como dois espelhos em lados opostos. Vou procurar um amor bom para mim - no qual me reconheço e me reencontro, me refaço e me amplio, me exploro, me descubro [...]" p. 68.
Acima temos um trechos do livro autobiográfico da autora chamado de "Perdas e Danos".
A partir de 1959, Lya passou a residir em Porto Alegre, onde se diplomou em Pedagogia e em Letras Anglo-Germânicas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Passou a trabalhar então como tradutora de literaturas em alemão e inglês — traduziu para o português mais de cem livros, dentre os quais se destacam os de Virgínia Woolf, Rainer Maria Rilke, Hermann Hesse,Doris Lessing, Günter Grass, Botho Strauss e Thomas Mann.
Em 1963, aos vinte e cinco anos, Lya casou-se com Celso Pedro Luft, então um irmão marista, dezenove anos mais velho do que ela. Eles se conheceram durante uma prova de vestibular, para a qual ela chegara atrasada. O casal teve três filhos: Susana (1965), André (1966-2017) e Eduardo (1969). André Luft faleceu de parada cardiorrespiratória em 2 de novembro de 2017, aos 51 anos, enquanto surfava na Praia do Moçambique, em Florianópolis.
De 1970 a 1982, atuou como professora titular de Linguística na Faculdade Porto-Alegrense (FAPA) e obteve o grau de mestra em Linguística (1975, pela PUC-RS) e em Literatura Brasileira (1978, pela UFRGS.
Em 1985, separou-se do marido para viver com o psicanilista e também escritor Hélio Pelegrino, no Rio de Janeiro. Eles haviam sido apresentados um ao outro por Nélida Piñon. Em 1992, quatro anos após a morte de Pellegrino, Lya voltou a viver com Celso Luft, de quem ficou viúva em 1995.
Foi colunista da revista Veja de 1996 a 2016, sempre tratando de assuntos ligados ao cotidiano.
Em 1978, lança Matéria do Cotidiano, sua primeira coletânea de contos.
Dois anos depois, publica seu primeiro romance, As Parceiras, seguido por A Asa Esquerda do Anjo (1981). Seu terceiro romance, Reunião de Família (1982) seria lançado, três anos depois, nos EUA, sob o título de The Island of the Dead.
Em 2013, recebe o Prêmio Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras, com a obra O Tigre na Sombra, publicada no ano anterior e eleita a melhor obra de ficção do período.
Em 25 de setembro de 2019, aos 81 anos, Lya foi internada às pressas no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, ao sofrer um infarto agudo do miocárdio. Ela foi submetida a uma angioplastia e a um implante de stent. Apresentou boa recuperação após a intervenção cirúrgica e recebeu alta hospitalar quatro dias depois.
Lya morreu em 30 de dezembro de 2021, aos 83 anos de idade, em Porto Alegre, vítima de um melanoma.
Fontes:
wiikipedia.org
google.com
sagaliteraria.com.br
infoescola.com
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