terça-feira, 30 de agosto de 2022

Vamos falar hoje de Anne Brontë, a mais nova das famosas irmãs Brontë, Charlotte e Emily.

Nasceu em 17 de janeiro de 1820 em  Scarborough no Mar do Norte condado de Yorkshire, Inglaterra.







Anne Brontë tem sido descrita como a mais sossegada, a mais frágil e também a mais religiosa das irmãs Brontë. As suas obras, insistentemente comparadas às de Charlotte e à de Emily, tem sido apontadas como inferiores, desinteressantes e até aborrecidas devido ao seu pendor realista e o seu estilo menos aventureiro. Em termos estilísticos, talvez Anne seja de fato a Brontë menos revolucionária, mas o mesmo não se pode dizer sobre os temas que escolheu abordar nos seus romances e que, na época, causaram burburinho.

A estreia literária de Anne aconteceu com a coletânea de poemas que as três Brontë publicaram em 1846 sob os pseudónimos ambíguos de Currer, Ellis e Acton Bell. Na altura, as mulheres escritoras não eram bem vistas, e Charlotte, Emily e Anne escolheram nomes falsos para se protegerem. Em dezembro do ano seguinte, Anne publicou, juntamente com O Monte dos Vento Uivantes de Emily, o seu romance de estreia, Agnes Grey, dois meses depois de ter saído Jane Eyre de Charlotte.

O carácter feminista e de denúncia das obras de Anne Brontë é contrário à imagem de quietude e fragilidade que alguns autores, como a sua irmã mais velha e Elizabeth Gaskell, que se baseou no relato de Charlotte, tentaram passar. Havia mais em Anne do que o sossego e  piedade, e foi isso que Adelle Hay tentou mostrar em Anne Brontë Reimagined. A View from the Twenty-first Century. A biografia, publicada pela editora Saraband em janeiro, mês em que se assinalaram os 200 anos do nascimento da escritora, procura destruir alguns dos mitos que persistem em torno de Anne e mostrar que “o seu trabalho é mais relevante do que nunca no século XXI”. Os temas tratados por Anne Brontë, como explicou Hay em entrevista ao Observador, continuam a ser importantes.






A obra mais conhecida de Anne Brontë é o seu romance de estreia, Agnes Grey, mas é hoje unânime que o seu melhor livro é The Tenant of Wildfell Hall, publicado apenas seis meses depois, em julho de 1848. É simplesmente maior, mais maduro e também mais revolucionário. Na altura, contudo, a obra não foi recebida com elogios, mas com desagrado. De uma maneira geral, as críticas ao primeiro romance de Anne não tinham sido positivas — a obra foi acusada de ser vulgar e inferior aos trabalhos das outras Brontë —, mas as críticas de Wildfell Hall foram devastadoras.

Um crítico censurou a autora — que na altura julgava ser um autor, Acton — por usar uma linguagem “grosseira e repugnante”, enquanto outro a acusou de ter tendência “para transformar de forma degradante a paixão em apetite”. O jornal "The Spectator" foi especialmente duro, como apontou Adelle Hay na sua biografia, afirmando: “The Tenant of Wildfell Hall, como o seu predecessor, sugere a ideia de que existem habilidades consideráveis que foram mal aplicadas.

Existe poder, efeito, e até natureza, apesar de um tipo extremo, nas suas páginas; mas parece existir no escritor um amor mórbido por aquilo que é grosseiro, para não dizer brutal; de maneira que os temas de que trata não são atrativas (…). Existe uma grosseria de tom em todos os escritos destes Bell, que coloca um tema ofensivo no seu pior ponto de vista”.

Anne morreu em 28 de maio de 1849, de tuberculose, a mesma doença de sua irmã, Emily. Ao contrário de Emily, porém, Anne aceitou todo o tratamento recomendados pelos médicos.






Anne Brontë não foi a primeira escritora falar da questão da autonomia das mulheres Por essa razão, The Tenant of Wildfell Hall é muitas vezes apontado como o primeiro romance feminista, e também porque Helen é “uma personagem profundamente feminista”




“Ela abandona o seu marido quando sabia que era ilegal fazê-lo, tira o filho de uma situação perigosa e ganha a vida como pintora numa altura em que seria muito difícil [mas não impossível] para uma mulher o fazer. Ela até se declarou ao homem de quem gostava, Gilbert, no final do livro — ela entrega-lhe uma rosa-de-natal com a qual faz uma comparação, perguntando: ‘Olha, Gilbert, continua fresca e florida como uma flor deve ser, apesar da neve que está nas suas pétalas. Recebe-la?’. Mas nada disso poderia ter impacto se não fosse pelo poder da escritora. Anne escreveu com a sua própria voz, ela não estava a tentar ser como os escritores homens do seu tempo. Escreveu uma história muito feminista sobre uma ‘mulher caída’ usando uma voz autêntica e foi capaz de simpatizar com as suas personagens femininas de uma forma que os escritores do seu tempo não tinham sido capazes de fazer. 



Fontes:
wikipedia.org
google.com
observador.pt

sábado, 27 de agosto de 2022

Hoje vamos falar de uma das linhas da Filosofia ,  o Estoicismo.


Mas afinal o que é Estoicismo ?

Estoico é algo ou alguém caracterizado pela rispidez; que permanece fiel aos seus princípios. Algo ou alguém que demonstra resignação diante de alguma situação trágica ou à frente de um grande sofrimento. Diz-se de um indivíduo firme, senhor de si mesmo; inabalável, impassível, austero: ter um comportamento estoico na desgraça.

Ou seja o estoicismo é aceitação da vida como ela, adaptando-se da melhor maneira para não sofrer com as amarguras vivenciadas.





A escola estoica foi criada por Zenão de Cítio, na cidade de Atenas, cerca de 300 a.C., porém a doutrina ficou efetivamente conhecida ao chegar em Roma. O seu tema central defendia que todo o universo seria governado por uma lei natural divina e racional.


Zenão de Cítio



Sendo assim, para o ser humano alcançar a verdadeira felicidade, deveria depender apenas da sua “virtude”, ou seja, os seus conhecimentos e valores, abdicando totalmente do “vício”, considerado pelos estoicos um mal absoluto.

Diógenes de Sinope



O estoicismo também ensina a manter uma mente calma e racional, independente do que aconteça. Ensina que isso ajuda o ser humano a reconhecer e se concentrar naquilo que pode controlar e a não se preocupar e aceitar o que não pode controlar.

Os princípios da filosofia estoica, que norteiam os seguidores da doutrina, são:

A virtude é o único bem e caminho para a felicidade;

A pessoa deve sempre priorizar o conhecimento e o agir com a razão;

O prazer é um inimigo do sábio;

O universo é governado por uma razão universal natural e divina;

As atitudes têm mais valor que as palavras, ou seja, o que é feito tem mais importância do que é dito;

Os sentimentos externos tornam o ser humano um ser irracional e não imparcial;

Não se deve perguntar porque algo aconteceu na sua vida e sim, aceitar sem reclamar, focando apenas no que pode ser modificado e controlado naquela situação;

Agir de forma prudente e assumir a responsabilidade sobre os seus atos;

Tudo ao nosso redor acontece de acordo com uma lei de causa e efeito;

A vida e as circunstâncias não são idealizadas. O indivíduo precisa conviver e aceitar a sua vida da forma que ela é.




O estoicismo floresceu durante dois séculos na Grécia Antiga, e por volta do ano 100 a.C., voltou a ganhar popularidade em Roma. Os textos e ensinamentos dessa filosofia que ainda sobrevivem datam desse período.


Um dos mais conhecidos pensadores dessa época é Sêneca, conselheiro do infame imperador romano Nero. Em uma carta a seu amigo Lucílio, o filósofo fala sobre um dos componentes centrais da virtude: a habilidade de nos blindarmos contra o infortúnio.


Fontes:
significados.com.br
bbc.com
dicio.com.br
almalondrina.com.br
filosofia.com.br
wikipedia.org.
google.com

domingo, 21 de agosto de 2022

 Vamos falar do escritor espanhol Frederico Garcia Lorca.



Frederico Garcia Lorca



O autor nasceu no dia 5 de junho de 1898 em Granada e faleceu em 18 de agosto de 1936 na mesma cidade. Foi poeta e dramaturgo e uma das primeiras vítimas da Guerra Civil Espanhola. Grande parte dos seus primeiros trabalhos baseiam-se em temas relativos à Andaluzia, à música, ao folclore regional e aos ciganos. 


Garcia Lorca


Morou nos Estados Unidos e em Cuba, período de seus poemas surrealistas, manifestando seu desprezo pelo modo de vida estadunidense. Voltando à Espanha, criou um grupo de teatro chamado La Barraca. Não ocultava suas ideias socialistas e tendências homossexuais. García Lorca foi ainda um excelente pintor, compositor precoce e pianista. Chamam atenção seus livros Bodas de sangue, Yerma, Romanceiro gitano e outros poemas e Dona Rosita, a solteira.

Sua obra mais importante foi Bodas de sangue, uma peça teatral que estreou em Madri em 1933.




Bodas de Sangue narra a tragédia de um Noivo que, no dia de seu casamento, vê sua Noiva fugindo com um rapaz de nome Leonardo, seu antigo e grande amor. Após um embate de desejos e mágoas, Noiva e Leonardo reconciliam seu romance passado e, após a cerimônia do matrimônio dela, se entregam à arrebatadora paixão e aos impulsos do desejo. Não há mais o que fazer a não ser fugir e viver esse romance longe do olhar sufocante daquela comunidade. Porém, o Noivo não vai aceitar a humilhação a qual foi submetido. E, então, a caçada aos amantes irresponsáveis começa.

É interessante ver como Lorca se utiliza de muitos símbolos durante os atos que antecedem à luta mortal entre o Noivo e Leonardo. A poesia é um elemento chave para intensificar as emoções, reforçar a tensão dramática e deixar o público à espera do cálice amargo daquela paixão desenfreada. Lua e Morte se transformam em personagens e lançam o público de vez para as profundezas da poesia e, através de todos os seus versos, Lorca revela como o vinho das bodas passa a ter o gosto, ainda quente, do sangue.




O lançamento do “Livro de Poemas” (1921) despertou grande atenção da crítica, mas após a publicação de “Canções Ciganas” (1927) García Lorca foi definitivamente consagrado pela crítica. Em 1928, com o lançamento de “Romanceiro Gitano”, para muitos a maior de suas obras poéticas, García Lorca ingressou na galeria dos grandes nomes da poesia espanhola.

O Romanceiro Gitano – ora cerebral, ora popular, ou uma fusão dessas duas maneiras – constitui a própria essência do pensamento e da sensibilidade hispânica, expressando principalmente a alma andaluza.

Romanceiro Gitano – Romance da lua, lua (trecho)


Sua lua de pergaminho
Preciosa tocando vem,
por um anfíbio sendeiro
de cristais e louros.
O silêncio sem estrelas,
fugindo do sonsonete,¹
cai onde o mar bate e canta
sua noite cheia de peixes.
Nos picos da serra
os soldados dormem
guardando as brancas torres
onde vivem os ingleses.
E os ciganos da água
levantam para se distrair,
coretos de caracóis
e ramos de pinho verde (...)

¹ - sons incessantes e repetidos


Federico García Lorca foi fuzilado na cidade de Granada, Espanha, no dia 18 de agosto de 1936, por ordem de oficiais da ditadura do general Francisco Franco, no auge de sua produção literária.

Frederico Garcia Lorca




Lorca Jamais deixou de manifestar sua aversão aos fascistas e aos militares franquistas. Era considerado comunista pela facção ultradireitista. Foi uma das vítimas da Guerra Civil Espanhola que matou mais de 1 milhão de pessoas. Até hoje seus restos mortais não foram encontrados.


Fontes:

blog.estantevirtual.com.br
assistoporquegosto.com.br
google.com
wikipedia.org
ebiografia.com
educalingo.com

terça-feira, 16 de agosto de 2022

Vamos falar da ópera "A Flauta Mágica", de Wolfgang Amadeus Mozart.



Die Zauberflöte (A Flauta Mágica)

A Flauta Mágica conta a história do príncipe Tamino, encarregado pela Rainha da Noite de libertar sua filha Pamina das garras de um suposto bruxo, Sarastro. Ele, na verdade, é o sumo-sacerdote do templo do Sol. Junto com Papageno, o tocador da flauta que encanta os animais, Tamino é admitido no templo. 



A flauta mágica - abertura



Eles derrotam a rainha, e Tamino se casa com Pamina. Interrompida em em julho de 1791 a fim de que, em poucos dias, Mozart compusesse A Clemência de Tito, para a coroação do imperador Leopoldo II, em Praga, como rei da Boêmia, A Flau7a Mágica é a maior das muitas obras obras-primas que ele escreveu em seu último ano de vida.

Mozart morreu dois meses após a estreia da ópera.



A Flauta Mágica foi produzida no século XVIII, período histórico em que a linha de pensamento do homem sofria uma mudança radical através do Iluminismo, conjunto de ideais filosóficos que defendiam a dissociação de pensamento com a Igreja, ocorrida durante a Idade Média e a valorização de uma visão de mundo racional, em que a sabedoria aparece como única possibilidade de justiça e igualdade entre os homens, o que imediatamente coloca em xeque as relações de poder e subordinação da sociedade da época e a legitimidade dos aristocratas e das tiranias.

Mozart era maçon, e essa corrente de pensamento preza pela liberdade e pela autodeterminação.

O Príncipe Tamino é atacado por uma enorme serpente, chegando a um reino misterioso dominado pela Rainha da Noite. Esta lhe pede que ele liberte sua filha Pamina, raptada por Sarastro, chefe da Ordem de Ísis, e lhe dá uma flauta mágica para o ajudar. Apaixonado por Pamina, o príncipe parte em sua busca, acompanhado por Papageno. Ao longo da jornada, Tamino percebe que Sarastro não é o suposto vilão, mas um sábio sacerdote que trabalha em nome da justiça. Sarastro propõe que Tamino seja consagrado à Ordem de Isis.

Ária da rainha da noite


Tamino logo descobre que nada é como lhe havia sido dito. A Rainha da Noite é a verdadeira inimiga, e não Sarastro. Pamina está sendo protegida por Sarastro para mantê-la longe de sua mãe. Depois de uma luta em que os súditos da Rainha da Noite são derrotados pelos de Sarastro, Pamina é libertada e é recebida por Papageno. Eles cantam em dueto a beleza do amor conjugal:


Papageno  - Roth et le roi



Ele passa, então, por várias provações para comprovar sua virtude. Em meio às confusões de Papageno, e com o auxílio de sua flauta mágica, Tamino alcança, finalmente, a consagração. Eles derrotam a Rainha, e Tamino se casa com Pamina.





Fontes:

super.abril.com.br
wikipedia.org
google.com
youtube.com
classicodosclassicos.mus.br


domingo, 14 de agosto de 2022

Feliz Dia dos Pais a todos leitores desse blog.

Pai é o que cuida, se preocupa, dá o melhor de si mesmo para os filhos.


Tenho grandes lembranças do meu pai, que se foi já há cinco anos. A importância dele na minha vida foi muito grande e importante.



Na mesma estrada - Zé Felipe e Leonardo.



Invasões Bárbaras (despedida da filha)



Fontes:

youtube.com

Vamos falar do conto do escritor norte-americano Edgar Allan Poe "A queda da casa de Usher".


"Durante todo aquele triste, escuro e silencioso dia outonal, com o céu encoberto por nuvens baixas e opressivas, estive percorrendo sozinho, a cavalo, uma região rural singularmente deserta, até que enfim avistei, com as primeiras sombras da noite, a melancólica Casa de Usher. Não sei por quê, mas, assim que entrevi a construção, um sentimento de intolerável tristeza apoderou-se de meu espírito. Digo intolerável, porque essa impressão não era suavizada por qualquer sensação meio prazenteira, porque poética, com que a mente geralmente recebe até mesmo as mais sombrias imagens naturais de desolação e de terror."  p .3


O conto foi publicado em 1839,com uma pequena revisão em 1840.

Fala  da visita de um personagem sem nome ao seu grande amigo de infância, Roderick e sua irmã Madeleine, e vê o casarão com uma aparência sombria, com rachaduras nas paredes, assim como a aparência de seus moradores. 

Roderick Usher escreveu uma carta de apelo para seu amigo solicitando a sua presença. Lady Madeleine, está à beira da morte, vitima de uma doença que assola toda a família.


À minha entrada Usher levantou-se do sofá onde estivera deitado em todo o comprimento, e saudou-me com um calor e uma vivacidade que tinha muito, pensei a princípio, de cordialidade exagerada – do esforço constrangido do homem cansado do mundo. Contudo, um olhar à sua fisionomia convenceu-me da sua perfeita sinceridade. Sentamo-nos; e por alguns momentos, enquanto ele não falava, eu o contemplei com um sentimento onde se mesclavam a piedade e o horror. Sem dúvida, homem algum jamais mudara tão terrivelmente, num período tão curto, como mudara Roderick Usher!

 

Poe associa a decadência da família Usher com a degradação da mansão, à medida que vai narrando o conto, ele vai divulgando detalhes assombrosos que levam à queda da casa de Usher, que pode ser entendido tanto como a degradação do imóvel tanto como o da família Usher.




Edgar Allan Poe


Poe é um mestre em contos de terror, e nesse conto ele vai enredando o leitor através das sombras e dos ruídos do velho casarão, associado com a doença a degradação do estado físico e mental de Roderick.


"Observei ainda, a intervalos, e através de alusões ambíguas e fragmentárias, uma outra característica essencial do seu estado mental. Ele estava acorrentado, por certas impressões supersticiosas com relação à propriedade onde vivia, e donde, por muitos anos, nunca se afastara – com relação a uma influência cuja força hipotética era exposta numa linguagem demasiado nebulosa para que a reproduza aqui – a uma influência que algumas particularidades deforma e de substância da sua casa de família haviam exercido, à força de um longo sofrimento, sobre o seu espírito – a um efeito que a natureza física das paredes cinzentas, das pequenas torres e do turvo pântano em que tudo se mirava, tinha finalmente produzido sobre o moral de sua vida." p.9


A casa  detalha uma simbologia de proteção, de bem estar e de conforto, ou de negligência, desdém e a alienação de seus moradores que levam ao abandono e a ruína. A casa representa seus habitantes e sua aparência diz muito sobre seus moradores.

A casa simboliza as tradições, as lembranças e o sonho, cria uma identidade entre seus habitantes e o meio que eles vivem.

Com a morte de Madeleine, Roderick, fica mais perturbado e desolado e traços de loucura já são bastante visíveis. Seu amigo de infância, o narrador, o acompanha nesse período. O amigo pouco a pouco também era envolvido por todo aqueles clima mórbido.


"Foi principalmente ao recolher-se um pouco tarde, na noite do sétimo ou oitavo dia depois do encerramento do corpo da Senhora Madeline na câmara, que experimentei todo o poder de tais impressões. O sono parecia evitar a minha cama e as horas passavam num moroso cortejo. Eu lutava por dominar o nervosismo que se apoderara de mim. Procurava fazer-me crer que grande parte, se não a tonalidade das minhas impressões, era devida à influência desconcertaste da mobília austera e triste do quarto; das tapeçarias escuras e estragadas que, tocadas pelo sopro de uma tempestade iminente, mexiam-se caprichosamente nas paredes e roçavam penosamente nos adornos da cama. Os meus esforços, porém, foram infrutíferos. Um invencível tremor gradualmente se apoderou de meu corpo; e, finalmente, instalou-se no meu próprio coração o íncubo do mais absurdo alarme." p.16


A rachadura da parede da casa, observada pelo narrador já no início do conto, é o fio da trama que faz uma espécie de amalgama entre a casa e seus habitantes. A rachadura da casa representa também a degradação da família, um racha em tudo aquilo que eles foram.





A tempestade continuava desencadeada, com toda a sua fúria, quando me vi finalmente atravessando o velho caminho pavimentado. De repente, surgiu ao longo do caminho uma luz estranha, e eu me voltei para ver donde poderia ter saído uma claridade tão insólita, pois atrás de mim só havia a mansão com suas sombras. O resplendor vinha de uma lua no ocaso grande e cor de sangue, que agora brilhava vivamente através daquela fenda antes apenas perceptível, da qual eu disse que se estendia desde o telhado do edifício, fazendo ziguezague, até ao alicerce. Enquanto eu olhava, esta fenda rapidamente se alargou – houve uma rajada mais impetuosa da ventania – o globo inteiro do satélite invadiu de repente o campo de minha visão – meu cérebro sofreu um como desfalecimento, quando vi que as grossas paredes ruíam, despedaçando-se – houve um longo e tumultuoso estrondo, com mil vozes de água – e a profunda e sombria lagoa aos meus pés fechou-se funebremente por sobre os destroços da "Casa de Usher". p.21/22




Fontes:


liualcarothar.files.wordpress.com
valeugutenberg.com
monografias.brasilescola.uol.com.br
google.com










quinta-feira, 11 de agosto de 2022

 





Vamos falar da obra do escritor estadunidense Dee Brown - Enterrem meu coração na curva do rio de 1970. 

A obra conta a história dos nativos norte-americanos que viviam naquelas terras antes da colonização.

Logo  na introdução o autor já nos mostra suas impressões sobre um período de 30  anos, de 1860 até 1890, que segundo o autor "Foi uma era incrível de violência, cobiça, audácia, sentimentalismo, exuberância mal orientada e de uma atitude quase reverente para o ideal de liberdade pessoal, por parte dos que já a possuíam."








Desde a viagem de  Lewis e Clark que desbravaram o oeste dos EUA até atingirem o Pacífico, e principalmente a descoberta do ouro na California, levaram milhares de aventureiros para terras habitadas pelos indígenas, que passaram a ser um empecilho para as novas conquistas.




Como acontece todas as vezes a história é sempre contada pelo ponto de vista dos vencedores. Assim o homem branco era o herói que desbrava o interior do país para trazer progresso e conquistas, enquanto que o índio era o perverso, que matava e escalpelava os pobres homens brancos.

Dee Brown que era historiador e professor, nos mostra o outro lado. Já no primeiro capítulo do livro ele conta sobre a impressão que Cristóvão Colombo teve ao chegar na América:

"Tão afáveis, tão pacíficos, são eles, que juro a Vossas Majestades que não há no mundo uma nação melhor. Amam a seus próximos como a si mesmos, e sua conversação é sempre suave e gentil, e acompanhada de sorrisos; embora seja verdade que andam nus, suas maneiras são decentes e elogiáveis."


Enterrem meu coração na curva do rio - filme





Enterrem meu coração na curva do rio é o eloquente e meticuloso relato da destruição sistemática dos índios da América do Norte. Lançando mão de várias fontes, como registros oficiais, autobiografias, depoimentos e descrições de primeira mão, Dee Brown faz grandes chefes e guerreiros das tribos Dakota, Ute, Sioux, Cheyenne e outras contar com suas próprias palavras sobre as batalhas contra os brancos, os massacres e rompimentos de acordos. Todo o processo que, na segunda metade do século XIX, terminou por desmoralizá-los, derrotá-los e praticamente extingui-los.

Mostra o lado vil e ganancioso e por muitas vezes arrogante do homem branco, que se achava no direito de tomar aquilo que não lhe  pertencia, no direito de enganar com tratados cumpridos pelos índios e desprezados pelos brancos.






"Soube que pretendem colocar-nos numa reserva perto das montanhas. Não quero ficar nela. Gosto de vagar pelas pradarias. Nelas me sinto livre e feliz; quando nos estabelecemos, ficamos pálidos e morremos. Pus de lado minha lança, o arco e o escudo, mas me sinto seguro na sua presença. Disse-lhes a verdade. Não tenho pequenas mentiras ocultas em mim, mas não sei como são os comissários. São tão francos quanto eu? Há muito tempo, esta terra pertencia aos nossos antepassados; mas quando subo o rio, veio acampamentos de soldados em suas margens. Esses soldados cortam minha madeira, matam meu búfalo e, quando veio isso, meu coração parece Partir; fico triste... Será que o homem branco se tornou uma criança que mata sem se importar e não come o que matou? Quando os homens vermelhos matam a caça, é para que possam viver e não morrer de fome. "

 

SATANTA, chefe dos kiowas


 

(Dos 3.700.000 búfalos destruídos de 1872 a 1874, só 150.000 foram mortos pelos índios. Quando um grupo de preocupados texanos perguntou ao general Sheridan se nada iria ser feito para deter a matança indiscriminada dos caçadores brancos, ele respondeu: "Deixem-nos matar, esfolar e vender até que o búfalo tenha sido exterminado, pois esse é o único modo de conseguir paz duradoura e permitir a civilização progredir.") p.231


 "

Na primeira arremetida feita pelos índios, meu cavalo caiu atingido e fui ferido — um tiro acima do joelho, a bala foi até o quadril; caí e fiquei ali". Corvo-Rei, que estava com os hunkpapas, disse: "A porção maior de nossos guerreiros avançou junta contra sua linha e fustigamos nossos cavalos na sua direção. Ao mesmo tempo, guerreiros corriam para os flancos deles e os rodearam até estarem cercados"; Alce Negro, de 13 anos, olhando tudo do rio, pôde ver uma grande poeira subindo do morro e, então, começaram a aparecer cavalos com selas vazias. "A fumaça dos tiros e a poeira dos cavalos encobria o morro", disse Pte-San-Waste-Win, "e os soldados disparavam muitos tiros, mas os sioux atiravam certeiramente e os soldados caíam mortos. As mulheres atravessaram o rio depois dos homens de nossa aldeia e, quando fomos até o monte, não havia mais soldados vivos e Cabelo Comprido jazia morto entre os outros... O sangue do povo estava quente e seus corações estavam maus; não fizeram prisioneiros nesse dia." Corvo-Rei disse que todos os soldados desmontaram quando os índios os cercaram. "Tentaram proteger-se com seus cavalos, mas quando nos aproximamos mais, deixaram seus cavalos fugir. Pressionamo-los para nosso acampamento principal e matamos todos. Ficaram em ordem e lutaram como bravos guerreiros até o último homem". Segundo Cavalo Vermelho, perto do fim do combate com Custer, "os soldados ficaram loucos, muitos jogaram fora suas armas e levantaram os braços, dizendo: "Sioux, tenham pena de nós, levem-nos prisioneiros". Os sioux não levaram nenhum soldado prisioneiro, mataram todos; nenhum foi poupado nem por poucos minutos". Muito tempo depois da batalha, Touro Branco dos minneconjous fez quatro pictogramas mostrando-se em luta e matando um soldado identificado como Custer. Entre os que afirmaram ter morto Custer, estão Chuva-no-Rosto, Quadril Chato e Urso Bravo. Cavalo Vermelho disse que um guerreiro santee não-identificado matou Custer. A maioria dos índios que narraram a batalha disseram que nunca viram Custer e não sabiam quem o matou - p.260


Essa foi a principal vitória dos índios contra os brancos, foi também a sua ruína. Depois da batalha de Little Big Horn, os ataques de vingança contra os índios se intensificaram.


Os brancos que chamavam os índios de selvagem, mostraram quem eram os verdadeiro selvagens.

 

Fontes:
skoob.com.br
youtube.com
google.com
ipm.com.br
blogdorosuca.files.wordpress.com

terça-feira, 9 de agosto de 2022

 Morreu ontem aos 73 anos, a cantora Olivia Newton-John.


Magic



Dona de uma potente voz, um carisma extraordinário além da beleza, Olivia marcou toda uma geração, especialmente depois do filme Grease.



Island stream - Barry Gibb e Olivia Newton-John




Nascida em Cambridge na Inglaterra, filha de Brinley ("Bryn") Newton-John e Irene Born. É a mais nova dos três irmãos, Hugh, um médico, e Rona, sua irmã também atriz. Sua mãe era filha de Max Born, o físico alemão laureado com o Prêmio Nobel que fugiu da Alemanha na década de 1930 para evitar a perseguição nazista. O seu pai era um oficial MI5, trabalhando no Projeto Enigma em Bletchley Park (antiga instalação militar secreta na Inglaterra). A família Newton-John se mudou para Melbourne, Austrália, aonde seu pai começou a trabalhar como professor na Universidade de Melbourne.


A little more love

Seu primeiro sucesso no Brasil foi a música Sam em 1977.



Sam



Grease - com John Travolta



A carreira de Olivia atingiu o ápice neste momento, em 1978,ela foi convidada para estrelar a adaptação cinematográfica do musical da Broadway Grease . Foi oferecido a ela o papel principal, o Sandy, após uma reunião com o produtor Allan Carr em um jantar especial realizado por Helen Reddy, em Los Angeles, residência dela. Ainda temorosa pelo fracasso de Tomorrow, experiência passada por ela há muito tempo (o filme foi feito em 1970 e era o ano 1977), Olivia insistiu em um teste de atuação com o co-protagonista do filme, John Travolta. Olívia passou no teste, mas uma das principais mudanças do roteiro aconteceu: o sotaque australiano de Olívia forçou uma reformulação em seu personagem, o nome de Sandy Dumbrowski foi alterado para Sandy Olson, uma jovem australiana que estava de férias nos Estados Unidos e estava visitando alguns parentes.



Hopelessly devote to you

The one that I want





Olivia lutava contra um câncer de mama há 30 anos. Newton-John revelou que lutou três vezes contra o cancro da mama, em segredo em 2013, além do diagnóstico inicial em 1992. Com a recorrência em 2017, o cancro espalhou-se para os ossos e progrediu para o estágio IV. Newton-John sentiu muita dor devido às lesões ósseas metastáticas e falou abertamente sobre o uso de óleo de canabis para aliviar a dor. Ela era uma defensora do uso de canabis medicinal e a sua filha Chloe possui uma fazenda de canabis no Estado de Oregon.



Fontes:
wikipedia.org
google.com
youtube.com

domingo, 7 de agosto de 2022

Hoje faz 80 anos, Caetano Emanoel Viana Teles Veloso, ou Caetano Veloso, um dos maiores cantores e compositores do Brasil.

Nascido em Santo Amaro, na Bahia em 07 de Agosto de 1942. Em 1965 lança seu primeiro disco "Cavaleiro/Samba em Paz.

 

Nessa época conhece Gilberto Gil, Gal Costa  e Tom Zé. A primeira vez que vi Caetano foi num programa na antiga TV Record Canal 7 de São Paulo chamado "Essa noite se improvisa, e depois em decorrência do sucesso passou a chamar "Essa noite se mimica".







Caetano um ilustre desconhecido venceu a competição. Mais tarde em 1967 participou do Festival da Música Popular Brasileira com um de seus maiores sucessos "Alegria, Alegria", com o grupo argentino Beach Boys.




Nesse ano criou o Tropicalismo, um movimento cultural e musical  que transformou as artes no Brasil.

Em 1969, foi preso pela ditadura militar junto com Gilberto Gil e foi exilado em Londres, Inglaterra.


London, London




Em fins de 1971, também lançou o compacto duplo "O Carnaval de Caetano", com destaque para a canção "Chuva, suor e cerveja", que obteve enorme sucesso no ano seguinte. Na época, lançou outros compactos destinados ao mercado carnavalesco: "Piaba", "Um frevo novo", "A filha da Chiquita Bacana", "Massa real" e "Deus e o diabo".

A última obra da trilogia foi "Joia" (1975), lançado juntamente com "Qualquer coisa". A capa original deste primeiro foi censurada por exibir um autorretrato, a então mulher e o filho nus - num desenho de sua autoria, cuja capa só seria reconstituída dezesseis anos depois, quando da reedição em CD.

Outras palavras


Em 1981, o disco "Outras palavras" atingiu a marca de 100 000 cópias vendidas, tornando-se o maior sucesso da sua carreira até então e lhe garantindo o seu primeiro disco de ouro. A vendagem deste disco foi impulsionada pelos sucessos "Lua e estrela" e "Rapte-me camaleoa", esta última composta em homenagem à atriz Regina Casé. Neste disco, também homenageou a também atriz Vera Zimmerman, com a canção "Vera Gata", a língua portuguesa, numa incursão poética vanguardista (com a faixa-título), o estado de São Paulo ("Nu com a minha música"), o poeta Paulo Leminski ("Verdura"), a cultura do candomblé e umbanda ("Sim/não"), o grupo Os Trapalhões ("Jeito de corpo") e o cantor francês Henri Salvador (Dans mon île), a quem também homenagearia na canção "Reconvexo", gravada por Maria Bethânia. Nessa mesma época, causou polêmica ao se desentender com a imprensa especializada (jornalistas e poetas como Décio Pignatari, com quem se reconciliaria em 6 de dezembro de 1986, José Guilherme Merquior - que o acusou de "pseudointelectual que tenta usurpar a área do pensamento", e Paulo Francis.


Lua e estrela


A 25 de março de 1996, foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem do Infante D.Henrique, de Portugal.


Trem das cores


Lançou ainda o CD "Noites do norte" (2000), que trata das culturas negras e africanas, onde todas as canções são inéditas, e cuja-faixa título foi extraída de um trecho de livro de Joaquim Nabuco, e que também originou um álbum duplo ao vivo e um DVD, contendo a íntegra do espetáculo. Gravou um disco com Jorge Mautner em 2002, Eu não peço desculpa, que inclusive foi indicado ao prêmio "Grammy Latino"

Considerado também um grande intelectual, Caetano Veloso, em entrevista ao jornal Gazeta de Alagoas, diz que "... entre Merleau-Ponty que defendia a percepção do mundo por meio do corpo, e Sartre, que defendia a tomada de posição intelectual, sempre fui mais Sartre, desde a universidade", sendo retrucado pelo entrevistador que argumenta que sendo Caetano homem de "afirmação erótica" e de "presença intensa", estaria mais para Merleau-Ponty. Ao que Caetano acrescentou: "Pois é. Mas o fato é que líamos Sartre, e não Merleau-Ponty".


Eclipse oculto


Caetano é uma pessoa que nos faz sentir alegria de ser seu contemporâneo e ter o prazer de ouvir suas músicas.

Feliz aniversário, Caetano!

Fontes:
wuikipedia.org
google.com
youtube.com
blogdomaga.com.br











 



A história do flautista de Hamelin, é um conto folclórico dos irmãos Grimm, que se passou em 26 de junho de 1284 na Alemanha.


Hamelin - Alemanha

Restaurante o flautista


Essa história se mistura a acontecimentos ocorridos naquele local, onde 130 crianças desapareceram sem motivo conhecido.

Uns dizem que teriam morrido, outros que foram dadas por seus pais para escaparem da miséria e da fome. Essa história é contada por tradição oral desde do ano de 1300.


Esta é a imagem mais antiga conhecida do Flautista, copiada da janela de vidro da Igreja do Mercado em Hamelin

Vamos à história:




Há muito tempo, na cidade de Hamelin, aconteceu algo muito estranho: uma manhã, quando seus gordos e satisfeitos habitantes saíram de suas casas, encontraram as ruas invadidas por milhares de ratos que iam devorando, insaciáveis, os grãos dos celeiros e a comida de suas despensas.





Ninguém conseguia imaginar a causa da invasão e, o que era pior, ninguém sabia o que fazer para acabar com a praga.

Por mais que tentassem exterminá-los, ou ao menos afugentá-los, parecia ao contrário que mais e mais ratos apareciam na cidade. Tal era a quantidade de ratos que, dia após dia, começaram a esvaziar as ruas e as casas, e até mesmo os gatos fugiram assustados.

Diante da gravidade da situação, os homens importantes da cidade, vendo suas riquezas sumirem pela voracidade dos ratos, convocaram o conselho e disseram:




– Daremos cem moedas de ouro a quem nos livrar dos ratos!

Pouco depois se apresentou a eles um flautista alto e desengonçado, a quem ninguém havia visto antes, e lhes disse:

– A recompensa será minha. Esta noite não haverá um só rato em Hamelin.

Dito isso, começou a andar pelas ruas e, enquanto passeava, tocava com sua flauta uma melodia maravilhosa, que encantava aos ratos, que iam saindo de seus esconderijos e seguiam hipnotizados os passos do flautista que tocava incessantemente.




E assim ia caminhando e tocando. Levou os ratos a um lugar muito distante, tanto que nem sequer se via as muralhas da cidade.

Por aquele lugar passava um caudaloso rio onde, ao tentar cruzar para seguir o flautista, todos os ratos morreram afogados.


Os hamelineses, ao se verem livres dos ratos, respiraram aliviados. E, tranquilos e satisfeitos, voltaram aos seus prósperos negócios e tão contente estavam que organizaram uma grande festa para celebrar o final feliz, comendo excelentes manjares e dançando até altas horas da noite.

Na manhã seguinte, o flautista se apresentou ante o Conselho e reclamou aos importantes da cidade as cem moedas de ouro prometidas como recompensa. Porém esses, liberados de seu problema e cegos por sua avareza, reclamaram:

– Saia de nossa cidade! Ou acaso acreditas que te pagaremos tanto ouro por tão pouca coisa como tocar a flauta?

E, dito isso, os honrados homens do Conselho de Hamelin deram-lhe as costas dando grandes gargalhadas.

Furioso pela avareza e ingratidão dos hamelineses, o flautista, da mesma forma que fizera no dia anterior, tocou uma doce melodia uma e outra vez, insistentemente.

Porém desta vez não eram os ratos que o seguiam, e sim as crianças da cidade que, arrebatadas por aquele som maravilhoso, iam atrás dos passos do estranho músico. De mãos dadas e sorridentes, formavam uma grande fileira, surda aos pedidos e gritos de seus pais que, em vão tentavam impedir que seguissem o flautista.




Nada conseguiram e o flautista as levou longe, muito longe, tão longe que ninguém poderia supor onde as crianças foram parar.

Todos ficaram muito desesperados e procuraram durante dias suas crianças, mas não encontraram nenhuma sequer. Então o flautista voltou à cidade e foi se encontrar com o Conselho que foram logo lhe pedindo:

– Por favor, flautista! Traga nossas crianças de volta! Prometemos pagar tudo o que devemos à você!

O flautista concordou com uma condição: nunca mais nenhum habitante de Hamelin iria descumprir uma promessa.

Todos concordaram e assim o flautista começou a tocar em sua flauta uma outra melodia. As crianças foram voltando aos poucos e logo estavam todas com seus papais e mamães!

O Conselho pagou o que devia ao flautista por livrar a cidade dos ratos e depois daquele dia nunca mais nenhuma pessoa em Hamelin descumpriu uma promessa!


Fontes:
wikipedia.org
google.com
historiaparadormir.com.br
istockphoto.com
socientifica.com
aventurasnahistoria.uol.com.br

Vamos falar hoje de objeto direto e objeto indireto. O objeto direto e o indireto são termos integrantes da oração que completam o se...