quinta-feira, 28 de julho de 2022

 Bruxas e bruxarias.





Muito do que achamos que sabemos sobre bruxaria vem dos séculos 16 e 17 na Europa - especialmente o trabalho do caçador de bruxas e bruxos Matthew Hopkins. Suas ações levaram à morte  cerca de cem pessoas e ainda ecoam sobre a realidade atual.




Matthew Hopkins


Nos séculos 16 e 17, os europeus viviam naquilo que historiadores chamam de "um universo mágico", em que o mundo material e suas instituições eram muitas vezes influenciados pela crença em Deus e no Diabo.


A vida na Inglaterra da época era muito difícil. As pessoas estavam frequentemente passando fome, indignadas e temerosas. A maioria vivia em pequenas comunidades rurais - e o país viu sua população mais que dobrar entre 1530 e 1630. Havia ainda surtos de doenças e eventos climáticos ligados à "pequena era do gelo" pela qual passava a região, e que com frequência levava as colheitas ao fracasso.





A etimologia da palavra é incerta, mas acredita-se venha do italiano brucia(queima), que vem do verbo bruciare(queimar) ou de brixtia, que vem do nome da deusa gaulesa Bricta. Outros indícios indicam que a palavra bruxa nasce na Era Antiga na Península Ibéria, que sua origem seria anterior a invasão romana e por consequência anterior ao próprio latim, portanto. 

Esta hipótese é reforçada pelo fato de só aparecer nas línguas ibéricas (português bruxa, espanhol bruja, catalão bruixa); se viesse do latim, deveria também estar presente no francês (que usa sorcière) e no italiano (que usa strega), que também pertencem à família das línguas românicas.

Já feitiço, deriva do latim facticius .a um ("fictício, artificial, não-natural"), é um vocábulo muito antigo na língua portuguesa, sendo registrado já no século XV. Inicialmente significava "postiço, artificial": chave feitiça era uma chave falsa, e briga feitiça era apenas de faz-de-conta. Logo, no entanto, assumiu o seu significado atual de "encantamento". Com o avanço português pela costa da África, os nativos adotaram o termo, modificando-lhe a pronúncia para /fe.′ti.xu/; os franceses, que então conheceram o vocábulo, importaram-no com a forma de fétiche, que foi reimportada por nós no século XIX.






As bruxas sempre foram perseguidas pela Igreja Católica que até criou um manual "Malleus Maleficarum", criado pelo clérigo católico Heinrich Kramer. Esse manual ajudava a "identificar" e punir as  bruxas e seus rituais de bruxaria.



O caso mais famoso de caça às bruxas aconteceu entre 1692 e 1693 nos EUA e levou mais de 150 pessoas para a cadeia, das quais 25 morreram.

Enquanto uma onda de histeria se espalhava por Massachusetts, um tribunal especial reuniu-se em Salem para ouvir os casos; a primeira bruxa a ser condenada, Bridget Bishop, foi enforcada em junho. Dezoito outras pessoas, na sua maioria mulheres, seguiram os mesmos passos que Bishop em Salem, enquanto cerca de 150 homens, mulheres e crianças foram acusados durante os meses seguintes. Em setembro de 1692, a histeria tinha começado a diminuir e a opinião pública voltou-se contra os julgamentos. Embora o Tribunal Geral de Massachusetts tenha posteriormente anulado os veredictos de culpa contra as bruxas acusadas e concedido uma indemnização às suas famílias, a amargura permaneceu na comunidade e o doloroso legado dos julgamentos das bruxas de Salem perduraria por séculos.






A Igreja na Idade Média e mesmo nos séculos XVIII e XIX tinha o monopólio da informação e repudiava qualquer outra informação.

Normalmente algumas mulheres conheciam ervas e unguentos que curavam muitas doenças, o que contrariava os membros do clero que afirmavam que toda cura vinha de Deus.



Fontes:
super.abril.com.br
wikipedia.org
google.com
aventurasnahistoria.uol.com.br
bbc.com
canalhistoria.pt

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