quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Vamos falar hoje da obra do escritor francês Antoine Saint- Exupéry, "Le petite Prince", em português : "O Pequeno Príncipe.



O livro foi publicado em 1943. nos Estados Unidos e traduzidos para mais de 160 idiomas no mundo inteiro.


Conta a história de um piloto de avião que cai no deserto do Saara há milhares de milhas de qualquer lugar habitado. Quando desperta no outro dia encontra o Pequeno Príncipe que mora num asteroide conhecido por B 612 , que teria apenas uma rosa vermelha e três vulcões, sendo que um deles inativo.




A história começa com a aviador ainda criança que viu num livro uma história de uma jiboia devorando um elefante. Fez um desenho da cena e mostrou para os adultos com quem vivia. Todos porém enxergavam no desenho um chapéu, frustrando tremendamente o garoto.





O livro é repleto de metáforas e frases filosóficas. Na pagina 16 ao ser indagado se não iria amarrar o carneiro para que não fugisse o Pequeno Príncipe disse: " - Mas  onde queres que ele vá ?

- Não sei... Por aí... Andando sempre pra frente....

- Quando a gente anda sempre para a frente, não pode mesmo ir longe."

Ou seja se a pessoa não tiver uma alternativa, ou um caminho diferente para a sua vida e sempre seguir o mesmo caminho reto, não irá muito longe.


Assim segue a narrativa com perguntas do Pequeno Príncipe ao aviador sobre temas como amizade, solidariedade, amores, erros cometidos, ganância, bondade.

No começo do livro o narrador se decepciona com a não interpretação correta de seu desenho ( uma jiboia comendo um elefante). Ele se questionava por que é tão difícil para um adulto entender uma criança.

Com o passar dos dias, enquanto conserta seu avião, o narrador ouve as histórias do principezinho que mora num asteroide minúsculo, onde cuida para que os baobás, uma espécie de planta, não cresçam muito e destruam seu pequeno mundo. Por isso ele pediu um desenho de um carneiro, porque ele comeria os baobás impedindo-os de crescerem demais.

O príncipe cuida de uma única  rosa vermelha em seu planeta. Ela lhe faz diversas exigências.

Ela não gostava do vento, sentia frio à noite e pediu para o pequeno príncipe uma redoma de vidro.

Isso o levou à exaustão, e um dia após cuidar de seu planeta e após uma despedida dolorosa ele partiu.



"Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que a fez tão importante."

 



"É loucura odiar todas as rosas porque uma te espetou."






O pequeno príncipe é uma parabola que nos mostra como deixamos de ver as coisas mais simples da Natureza à medida que crescemos e procuramos colocar obstáculos nas mais simples tarefas.

A raposa é um dos principais personagens do livro.







E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.

"Somos responsável por aqueles que cativamos", diz a raposa. Ela explica então ao principezinho como se cativa alguém. Diz dar muito trabalho e deve ser uma tarefa contínua.




– É preciso ser paciente – respondeu a raposa – Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas cada dia, te sentarás um pouco mais perto…

No dia seguinte o príncipe voltou.



– Teria sido melhor se voltasses à mesma hora – disse a raposa – Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz! Quanto mais a hora for chegando, mais me sentirei feliz! Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade!

O livro é uma sucessão de reflexões tiradas através dos personagens que vão aparecendo.


O rei, por exemplo. Em princípio o pequeno príncipe pensa que ele governa todo o Universo, mas depois descobre que ele governa só o seu país.


"É preciso exigir de cada um o que cada um pode dar."


O bêbado, em principio causa pena para o pequeno príncipe, depois ele observa que ele representa as pessoas que tentam fugir dos problemas através dos vícios.


O homem de negócio está tão envolvido com seus negócios e em ganhar dinheiro, que esquece das pequenas e prazerosa coisa da vida.


O acendedor de lampiões representa as pessoas que fazem as coisas rotineiras, sem mesmo se importar da importância de suas tarefas.


Assim vão se sucedendo; o geógrafo, o astrônomo, o vaidoso. Todos representam características especiais que fazem com que o pequeno príncipe desenvolva sei entendimento do mundo.


O livro foi levado ao cinema em 1974, dirigido por Stanley Donen.




Fontes:


culturagenial.com
google.com
livros e fuxicos.com
muraldoslivros.com
psicanaliseclinica.com
historiasparadormir.com.br


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