The Rave - Edgar Allan Poe
Once upon a midnight dreary , while I pondered, weak and weary,
Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste
Over many a quaint and curious volume of forgotten lore,
Vagos, curiosos tomos de ciência ancestrais
While I nodded , nearly napping, suddenly there came a tapping,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
As of some one gently rapping, rapping at my chamber door.
O som de alguém que batia levemente a meus umbrais
"'’Tis some visitor", I muttered, "tapping at my chamber door-
"Uma visita" - eu me disse. "Está batendo a meus umbrais
- Only this and nothing more."
É só isto e nada mais"
Essa é a primeira estrofe, traduzida por Fernando Pessoa do grande poema, O Corvo, de Edgar Allan Poe, publicado em 29 de Janeiro de 1845.
O belíssimo poema, O corvo, é uma interpretação de uma visão assustadora da morte transformada no lirismo lamurioso da perda de um grande amor.
Edgar Allan Poe
Numa noite fria de dezembro um corvo bate à porta de um jovem que quando aberta deixa entrar uma ave negra, um corvo.
O poema traz a figura do misterioso corvo que pousa no busto de Atena e representa o caráter implacável da morte e seu impacto sobre o personagem, que lamenta e sofre profundamente a perda de sua amada Leonora. O que torna o poema diferenciado, principalmente, é a sua musicalidade, a atmosfera sobrenatural e seus jogos fonéticos, além do talento de Poe, um dos maiores nomes do romantismo e da literatura norte-americana.
O homem pediu o seu nome, mas a única resposta que ele deu foi “nunca mais”. Claro, ele ficou surpreso porque o corvo falava e entendia, mesmo que não falasse mais nada depois. O narrador passa a dizer então para si mesmo que aquele seu amigo iria uma hora embora, pois sabe que todos seus amigos sempre “voaram”.
Ah, distinctly I remember it was in the bleak December,
Ah! claramente eu o relembro! Era no gélido dezembro
And each separate dying ember wrought its ghost upon the floor.
E o fogo, agônico, animava o chão de sombras fantasmais.
Eagerly I wished the morrow; vainly I had sought to borrow
Ansiando ver a noite finda, em vão, a ler, buscava ainda
From my book surcease of sorrow - sorrow for the lost Lenore,
Algum remédio à amarga, infinda, atroz saudade de Lenora
-For the rare and radiant maiden whom the angels name Lenore
Essa, mais bela do que a aurora, a quem nos céus chamam Lenora
-Nameless here for evermore.
E nome aqui já não tem mais.
A tradução da segunda estrofe é de Milton Amado.
Fontes:
history.uol.com.br
netmundi.org
psicanaliseclinica.com
esquerda.net
casadacultura.org
culturagenial.com
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