terça-feira, 7 de setembro de 2021

Há 199 anos era declarada a Independência do Brasil, às margens do riacho do Ipiranga.





Diferente da imagem glamorosa do quadro do artista paraibano, Pedro Américo, D. Pedro I proclamou a Independência, com o famoso grito "Independência ou Morte!"


Várias revoltas aconteciam no Brasil, por liberais que queriam a independência de Portugal.  Segundo Laurentino Gomes em seu livro 1822, o Brasil tinha tudo para dar errado.


Letra de Evaristo da Veiga, música de D.Pedro I


De cada três brasileiros, dois eram escravos, negros forros, mulatos, índios ou mestiços. O medo de uma rebelião dos cativos assombrava a minoria branca como um pesadelo. Os analfabetos somavam 99% da população. Os ricos eram poucos e, com raras exceções, ignorantes. O isolamento e as rivalidades entre as diversas províncias prenunciavam uma guerra civil, que poderia resultar na fragmentação territorial, a exemplo do que já ocorria nas colônias espanholas vizinhas. Para piorar a situação, ao voltar a Portugal, no ano anterior, o rei D. João VI, havia raspado os cofres nacionais. O novo país nascia falido. Faltavam dinheiro, soldados, navios, armas ou munições para sustentar uma guerra contra os portugueses, que se prenunciava longa e sangrenta. Nesta nova obra, o escritor Laurentino Gomes, autor do best-seller 1808, sobre a fuga da família real portuguesa para o Rio de Janeiro, relata como o Brasil de 1822 acabou dando certo por uma notável combinação de sorte, improvisão, acasos e também de sabedoria dos homens responsáveis pela condução dos destinos do novo país naquele momento de grandes sonhos e muitos perigos.


O Brasil de hoje deve sua existência à capacidade de vencer obstáculos que pareciam insuperáveis em 1822. E isso, por si só, é uma enorme vitória, mas de modo algum significa que os problemas foram resolvidos. Ao contrário. A Independência foi apenas o primeiro passo de um caminho que se revelaria difícil, longo e turbulento nos dois séculos seguintes. As dúvidas a respeito da viabilidade do Brasil como nação coesa e soberana, capaz de somar os esforços e o talento de todos os seus habitantes, aproveitar suas riquezas naturais e pavimentar seu futuro persistiram ainda muito tempo depois da Independência.

Para apaziguar os ânimos numa recente revolta em S. Paulo, D.Pedro I partiu com comitiva do Rio de Janeiro em 14 de agosto de 1822. Foi até a Quinta da Boa Vista, propriedade imperial e de lá foi para S. Paulo, seguindo pelas trilhas do Vale do Paraíba.




No trajeto foi recebido por diversos proprietários de terras importantes que reivindicavam mais autonomia e a independência de Portugal.

Depois de 624 km em 12 dias, chega em 24 de agosto ao distrito de Penha de França, onde faz seu último pouso antes de ir para São Paulo. 





A Independência manteve algumas práticas diversas do liberalismo e da igualdade, como a escravidão.

Na volta de Santos, a comitiva de D.Pedro I que subiam a serra em lombos de mulas e com D.Pedro com um desarranjo intestinal, por volta das 16 horas, dia 7 de setembro de 1822, quando D. Pedro e comitiva se encontravam no alto de colina próxima do riacho do Ipiranga, dois cavaleiros em rápida carreira vão a seu encontro, eram o major Antônio Ramos Cordeiro e Paulo Bregaro - hoje Patrono dos Carteiros -, este, como correio-real da Corte, trazia diversas correspondências: cartas de sua esposa Leopoldina, de José Bonifácio; duas de Lisboa - uma de seu pai D. João VI e a outra com instrução das Cortes, exigindo o regresso imediato do príncipe e a prisão e processo de José Bonifácio, e a última de Chamberlain (amigo de confiança do príncipe D. Pedro).




Pressionado por muitos homens importantes e avesso aos comunicados da Corte de Portugal, que com frequência tentavam interferir no governo dele, D.Pedro I, então proclamou a Independência.

Hoje, próximo ao bicentenário da Independência a ser comemorado em 7 de setembro de 2022, vemos que muitos brasileiros ainda não entendem o verdadeiro significado da Independência e Liberdade.

Infelizmente muitos vivem clamando por golpes e ditaduras, escudando-se em símbolos nacionais, como a bandeira brasileira, que pertence a todos os brasileiros, e não a um grupo que insuflam contra as Instituições e a Democracia.



No começo do século XIX, o artista, político e livreiro Evaristo da Veiga escreveu os versos de um poema que intitulou como “Hino Constitucional Brasiliense”. Em pouco tempo, os versos ganharam destaque na corte e foram musicados pelo maestro Marcos Antônio da Fonseca Portugal (1760-1830).

Aluno do maestro, Dom Pedro I já manifestava um grande entusiasmo pelo ramo da música e, após a proclamação da independência, decidiu compor uma nova melodia para a letra musicada por Marcos Antônio. Por meio dessa modificação, tínhamos a oficialização do Hino da Independência. O feito do governante acabou ganhando tanto destaque que, durante alguns anos, Dom Pedro I foi dado como autor exclusivo da letra e da música do hino.




Fontes:
wikipedia.org
google.com
youtube.com
al.sp.gov.br
brasilescola.uol.com.br

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