quinta-feira, 25 de abril de 2024

 



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O dia 25 de abril marca um dos eventos mais importantes da história de Portugal, que ocorreu em 1974. Conhecido como Revolução dos Cravos ou Revolução de 25 de Abril, o movimento eclodiu a partir do profundo descontentamento com o regime ditatorial do Estado Novo de António de Oliveira Salazar, vigente desde 1933.





Na noite do dia 24 de abril de 1974, 50 anos atrás, o capitão Delgado Fonseca ouviu pelo rádio a canção "E Depois do Adeus". Era o primeiro sinal para que as tropas ficassem a postos. "Na época, eu era diretor do curso de operações especiais em Lamego. Quando saiu a senha da revolução, às 11 da noite, neutralizei o comandante e marchei para o Porto com uma companhia reforçada com armas pesadas. Chegamos lá às seis da manhã", conta o ex-militar.


                           E depois do adeus - Paulo de Carvalho


Mais tarde, passando um pouco da meia noite do dia 25 de abril, veio o segundo sinal, também em forma de melodia. A canção "Grândola, Vila Morena" foi tocada, dando a confirmação para que cada tropa avançasse. "A missão inicial era tomar o quartel da polícia política, a PIDE, mas quando chegamos tinham falhado alguns camaradas e então nos pediram para ir reforçar na cidade. As minhas forças acabaram por ter que ocupar todas as rádios e, portanto, foi a força principal que atuou no Porto", relembra o ex-capitão.



Grândola - Vila Morena - Zeca Afonso






A Revolução dos Cravos é o nome dado à revolta militar de 25 de abril de 1974 que provocou a queda em Portugal da ditadura de Antônio Oliveira Salazar, quem dominava o país desde 1926, a mais longeva da Europa. O fim deste regime, conhecido como Estado Novo, permitiu que as últimas colônias portuguesas conseguissem sua independência após uma longa guerra colonial contra a metrópole, e que Portugal mesmo se convertesse em um estado de direito democrático. As ações militares foram lideradas pelo comandante Salgueiro Maia, quem, à frente das forças da Escola Prática de Cavalaria, ocupou o Terreiro do Paço nas primeiras horas da manhã do dia 25. Posteriormente, o comandante Maia fez o cerco do quartel do Carmo, onde, com a renúncia do primeiro ministro português Marcelo Caetano, pôs-se fim ao regime salazarista.






Em 1974, Portugal vivenciava a era das guerras coloniais. "Havia corpos militares em todas as colônias portuguesas, mas os palcos de guerra mais importantes e com mais soldados eram a Guiné-Bissau, Angola e Moçambique, com mais confronto direto. Mas havia militares em Cabo Verde, em São Tomé, Macau, Timor. Portugal tinha um império enorme na época", conta o historiador Luís Farinha.


Os movimentos independentistas eram contidos com o envio de centenas de militares de Portugal para as colônias ao longo de anos. As tensões crescentes nos locais de maior conflito deram origem ao Movimento das Forças Armadas — MFA, em 1973, formado em sua maioria por capitães que buscavam o fim dos confrontos. "Foi uma consequência natural das guerras, que estavam perdidas", lembra o ex-capitão Delgado Fonseca, que chegou a comandar 600 homens em Angola. "Estávamos à beira de uma derrota geral nas colônias e nem os generais nem o poder político arranjavam solução para aquilo, se recusavam. Tivemos que ser nós, os jovens comandantes", complementa.






Depois de uma primeira tentativa frustrada, no mês de março, as lideranças do MFA conseguiram por em prática um plano bem coordenado por todo o país, começando no fim da tarde do dia 24 de abril. "A operação militar foi simples e todos reagiram bem dentro de uma estrutura nacional. Todo mundo se mexeu na mesma hora. Foi um golpe militar simples, barato e fácil", conta o ex-capitão Delgado Fonseca.

As ações consistiam em deter comandantes e ocupar quartéis e outras instalações ligadas ao regime ditatorial, como as sedes da PIDE, órgãos de censura e da imprensa partidária. Também foram ocupadas sedes de rádios, televisão e o aeroporto.

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Antes do amanhecer do dia 25, os objetivos estavam alcançados. O governo tentou reagir, mas os oficiais se recusaram a lutar contra o movimento. "Foi uma revolução muito curiosa, porque o povo estava muito atrasado politicamente. As forças políticas que existiam estavam clandestinas, que era o Partido Comunista Português, e mais nada. O Partido Socialista tinha acabado de se formar na Alemanha e só tinham quadros fora. Aqui havia o partido do poder, de forma que foi realmente o povo na rua que mexeu as coisas. O bonito começou quando a população se integrou e começou a revolução a sério", lembra o ex-capitão Delgado Fonseca.

A população saiu às ruas e distribuía cravos vermelhos ( a flor nacional) para os soldados rebeldes.





O presidente Marcelo Caetano, foi deposto e se exilou no Brasil.


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Depois de  meio século, a democracia voltou para Portugal.


Fontes:
wikipedia.org
seuhistory.com
br.sputniknews.com
infoescola.com
youtube.com.br
google.com.br
fflch-usp.br


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