Estilística.
E o que vem a ser Estilística ?
Estilística é o estudo que confere o estilo à linguagem. Portanto define as melhores maneiras de escrever de forma clara e com elegância; propiciando o alcance do público alvo dos textos.
Assim, se você pretende escrever um conto, um romance, ou mesmo uma redação com mais emoção, ou com mais técnica, ou mais requinte, é com o estudo da estilística que você vai conseguir fazê-lo de forma apropriada.
Denotação e conotação:
Como denotação entendemos a interpretação; do texto de sua maneira original, sem segundas intenções, como está escrito.
Ex. A menina foi mordida pelo cão.
O homem machucou o rosto.
Como conotação entendemos o sentido figurado da escrita, o autor está querendo dizer alguma coisa que não está explícito no texto.
Ex. Aquele cara é suspeito
Esta mulher é uma cobra
No primeiro exemplo "cara" não tem o sentido que lemos no dicionário (cara: rosto, parte dianteira do crânio), mas refere-se a um sujeito, uma pessoa, um fulano qualquer.
Nesse caso a conotação da palavra é diferente daquela do dicionário.
No segundo exemplo a palavra "cobra" significa aquela que ataca sem aviso, que injeta veneno, venenosa.
Nesse caso a conotação da palavra cobra é contrária ao dicionário.
Temos o recurso também das figuras de linguagem, para elaboração do texto, buscando o entendimento da mensagem.
Metáfora: Utilização de uma palavra ou uma frase no lugar de outra.
Ex: Duas luzes brilhantes olhavam-se
Duas luzes estão no lugar de dois olhos
Foi para o coração do Brasil.
A palavra coração é uma metáfora que substitui a palavra centro, interior.
A metáfora, portanto, toma uma palavra no sentido denotativo e a leva para o sentido conotativo.
Metonímia: Utilização de uma palavra com o mesmo sentido substituindo outra palavra. Essas palavras ou termos, ao contrário da metáfora, tem de ter afinidade com a palavra substituída.
Ex: O homem foi à Lua! (Na verdade os astronautas foram à Lua)
Gosto de ler Machado de Assis (gosto de ler as obras de Machado de Assis).
Hipérbole: Consiste no exagero das afirmações.
Ex: Já te falei mil vezes
Chorou milhares de lágrimas.
Catacrese: Geralmente na falta de uma palavra específica para determinar um objeto, usamos o recurso da catacrese.
Ex. braço de sofá, asa de xícara, pé de mesa.
Sinestesia: É um recurso utilizado quando misturamos sensações auditivas, táteis, gustativas, olfativas.
Ex: Pintei a minha casa com cores quentes.
O doce sabor da liberdade.
Aliteração: Repetição de consoantes com intuito de dar ritmo, ou causar um efeito sonoro.
Ex: Rapte-me, adapte-me a uma cama boa, capte-me uma mensagem a toa... (Caetano Veloso)
O rato roeu a roupa do rei de Roma.
Onomatopeia: Consiste na reprodução de sons de objetos.
Ex: O tic tac do relógio.
Toc toc, bateu na porta.
Cócórócócó fez o galo às seis da manhã!
Existem muitas outras figuras de linguagem que utilizamos na escrita para expressar um pensamento ou uma ideia.
Vícios de linguagem:
Ao contrário das figuras de linguagem que utilizamos para realçar e dar mais beleza o texto, os vícios de linguagem devem ser evitados.
Pleonasmo ou redundância:
Ex:
Entrei para dentro da casa.
Hoje, fizeram-me uma surpresa inesperada.
Subi para cima do telhado.
Barbarismo: Ocorre por desconhecimento da norma culta, tanto na leitura como na escrita.
Ex:
Erros de pronúncia:
Silabada: Erro na pronúncia do acento tônico.
Ex:- Solicitei à cliente a sua rúbrica (rubrica).
Cacoéopia : Erro na pronúncia dos fonemas.
Ex:- Não sei resolver o pobrema. (problema)
Cacografia: Erro na grafia ou na flexão das palavras.
Ex:- Nós vai para a escola (nós vamos)
Eu advinhei o charada. (adivinhei)
Estrangeirismo : Utilização exagerada de palavras estrangeiras, quando existem palavras em português que exprimem o mesmo significado.
Ex: Vamos estartar a operação (iniciar)
Vamos tomar um drink (bebida).
Solecismo: é o desvio da sintaxe.
Ex:- Haviam muitos alunos na porta (Havia)
Eu assisti o filme em casa. (ao filme)
Cacofonia : quando a junção de duas ou mais palavras provocam um som desagradável ou uma palavra inconveniente.
Ex: Vi ela na rua (viela)
Uma mão lava a outra (mamão).
Procuramos citar os vícios de linguagem mais comuns; é claro que existem outros.
Fontes:
portugues.uol.com.br/gramatica/estilistica
educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues
www.soportugues.com.br/
www.resultadoconcursos.net/portugues
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