terça-feira, 2 de maio de 2017

Olá, pessoal!

Hoje vamos falar do escritor José de Alencar.



Morte na História: MORTE DE JOSÉ DE ALENCAR




Ontem fez 188 anos do nascimento de José Martiniano de Alencar, filho ilegítimo do padre e mais tarde senador  José Martiniano Pereira de Alencar e de sua prima D.Josefina de Alencar.

Grande escritor brasileiro nascido de uma relação legítima escandalosa na época, visto seu pai ser padre da igreja católica, e sua mãe prima em primeiro grau dele.

José de Alencar foi o primogênito do casal que teve ao todo 12 filhos. Em criança era chamado de Cazuza.

José de Alencar foi Ministro da Justiça durante o segundo reinado.







Como escritor produziu uma obra enorme, onde destacamos : "Cinco Minutos", "Viuvinha", além da fase indianista com "O Guarani", "Iracema" e "Ubirajara".

Escreveu ainda romances urbanos como Senhora e Lucíola, além de livros regionais como "O gaúcho" e "O sertanejo".

Foi o patrono da cadeira 23 da Academia Brasileira de Letras.

Várias controvérsias surgiram em sua vida, dentre elas o fato de ser um defensor convicto da escravidão.


José de Alencar defendia a escravidão

"Se a escravidão não fosse inventada, a marcha da humanidade seria impossível, a menos que a necessidade não suprisse esse vínculo por outro igualmente poderoso. (...)
Desde as origens do mundo, o país centro de uma esplêndida civilização é, no seu apogeu, um mercado, na sua decadência, um produtor de escravos. (...)
Modernamente, os povos caminham pela indústria. São os transbordamentos das grandes nações civilizadas que se escoam para as regiões incultas, imersas na primitiva ignorância. O escravo deve ser, então, o homem selvagem que se instrui pelo trabalho. Eu o considero nesse período como o neófito da civilização."

ALENCAR, José de. Cartas a favor da escravidão. ed. Hedra, 2008, p. 67.


 A razão social condena uma tal impiedade." As "razões sociais" do cativeiro no Brasil eram muitas, segundo o autor. Em primeiro lugar, de ordem econômica, já que era pelo trabalho escravo que se mantinha a produtividade das unidades agro-exportadoras do século 19. Depois, política, já que era daí que o Estado tirava recursos para existir.
Mas também "social", já que, segundo Alencar, a instituição no Brasil trazia a promessa de inserção, como cidadão (ainda que parcial), do escravo alforriado e de seus filhos.
Finalmente, num raciocínio pouco usual na época, Alencar, de certa forma prefigurando Gilberto Freyre, autor de "Casa Grande & Senzala", afirmava que a escravidão permitia a existência de uma cultura original no Brasil, fruto da "miscigenação" de costumes entre "brasileiros" e negros africanos. 

Vale salientar, que como político o escritor sempre foi conservador. 
Apesar da genialidade como escritor, suas ideias como cidadão, são questionáveis no ponto de vista moral.
É tido também uma dúvida sobre a paternidade se seu filho, Mário de Alencar,  que nasceu em 1872, que segundos alguns seria filho de Machado de Assis.

"Todos sabiam da amizade filial de Machado por M. de A. -simples coincidência nas iniciais. Ao fundar a Academia, indicou-o como membro da primeira leva, o rapaz tinha então 20 e tantos anos, um único livro sem valor. Fisicamente, tinha traços de Machado, a mesma testa, o mesmo cabelo crespo, alguns tiques iguais."(Carlos Heytor Cony)

O crítico Antonio Carlos Secchin, foca nos dois principais livros dos dois escritores "D.Casmurro" e "Senhora" "Em Senhora há o personagem Seixas que aceita dinheiro para se casar com uma moça, enquanto que em Dom Casmurro há Capitu que se casa com Bentinho, homem com melhores condições financeiras que ela. Ambos têm em comum a visão do casamento como forma de ascensão social, ambos se corrompem — Capitu com o adultério e Seixas com a venda de si mesmo — e são punidos com o afastamento — Capitu com uma viajem imposta por seu marido para esconder a vergonha da traição e Seixas com o banimento do leito nupcial."





José de Alencar morreu em 12 de Dezembro de 1877, aos 48 anos de tuberculose.




Fontes:
Wikipedia.org.
folha.uol.com.br
http://blogln.ning.com
ufrj.br/noticia/2015/10/22/machado-pai-de-alencar


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