terça-feira, 14 de maio de 2024

 Livro os Carbonários de Alfredo Sirkis.







Considerada a melhor história dos anos de chumbo, vencedora do Prêmio Jabuti, a narrativa de Sirkis se refere a um período de 43 meses, entre outubro de 1967 e maio de 1971. Um relato sobre o movimento estudantil de 1968 e seu esmagamento pelo regime militar; como um jovem secundarista se torna um guerrilheiro urbano; o sequestro dos embaixadores da Alemanha e da Suíça e a libertação de 110 presos políticos; as façanhas e os dilemas de Carlos Lamarca; a crise e a destruição da guerrilha.

Na obra, Sirkis detalha como passou de um estudante liberal, influenciado pelo pensamento anticomunista de seu pai, à líder estudantil de esquerda. Com o golpe em 1964, Sirkis passa a engajar-se com a luta do movimento estudantil, e já em 1968, com o estabelecimento do Ato Institucional 5 (AI5), torna-se um dos principais líderes desse movimento. Em Os Carbonários, ele relata em detalhes sua trajetória de luta contra o regime, em um período que compreende 43 meses, de outubro de 1967 a maio de 1971.



Na obra “Os Carbonários”, Alfredo Sirkis cria um detalhado relato de testemunho dessa época conturbada da história brasileira, em que este se vê em meio a luta contra a ditadura civil-militar, e de participante, se tornasse um dos principais líderes do movimento estudantil, em que tem que lidar com os desafios do movimento e o constante perigo de ser preso ou morto pelo regime. Segundo o autor, os carbonários foram grupos que apareceram no início do século XIX em reinos da futura Itália. Seus grupos foram constituídos por jovens aprendizes, oficiais e suboficiais dos exércitos italianos, profissionais liberais, artesões e padres do campo. Participaram de revoltas em 1820, 1821, e 1831. Na época, lutavam contra um pacote de medidas impostas pelo governo Leão XII, em que reprimiu o estado laico, fechou escolas, proibiu a vacina da varíola e decretou um “pacote” de medidas de exceção, como o estado de sítio, o toque de recolher e o fechamento de tabernas.




 Segundo ele, apesar de derrotados, esses guerrilheiros evocaram ao autor diversas analogias com contextos distantes e posteriores, promovendo, desse modo, a escolha do nome para seu livro, referindo-se aos carbonários do século XIX e os guerrilheiros do período ditatorial, em que este fez parte. Percebe-se, na leitura do livro, que o autor considera o movimento estudantil e o movimento guerrilheiro como grandes feitos que se aproximam dos feitos dos carbonários. Sua luta no movimento estudantil ganha impulso quando do fechamento do Grêmio Estudantil do colégio em que frequentava, o CAP, o Colégio de Aplicação da Faculdade Nacional de Filosofia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, da Universidade do Brasil. O grêmio fora fechado acusado de subversão. Sirkis afirma que em 1968, o ano letivo começou em clima de excitação, e que passaram a reivindicar a volta do grêmio estudantil, e das aulas de sociologia e história, que haviam sido reprimidas.











Alfredo Hélio Syrkis (Rio de Janeiro, 8 de dezembro de 1950 - Nova Iguaçu, 10 de julho de 2020) foi jornalista, escritor e roteirista de TV e cinema, gestor ambiental e urbanístico e político brasileiro, filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). Era o Diretor Executivo do think tank Centro Brasil no Clima (CBC). 

Entre outubro de 2016 e maio de 2019 foi o Coordenador Executivo do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima (FBMC), tendo organizado a campanha Ratifica Já! que propiciou a ratificação, pelo Brasil, em tempo recorde, do Acordo de Paris; do processo para a elaboração da Proposta Inicial para Implementação da NDC brasileira e da avaliação Brasil Carbono Neutro 2060. Quando deputado federal (2011-2015) presidiu a Comissão Mista de Mudança do Clima do Congresso Nacional (CMMC) e foi um dos vice-presidentes da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados. Decidiu não se candidatar à reeleição, em 2014.

Foi vereador em quatro mandatos, secretário municipal de urbanismo e presidente do Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos (IPP), entre 2001 e 2006 e secretário municipal de meio ambiente, entre 1993 e 1996, na cidade do Rio de Janeiro. 

Membro da delegação brasileira às conferências do Clima de Montreal, Bali, Copenhagen, Durban, Varsóvia, Lima, Paris, Marrakech e Bonn. Integrou as comissões executivas do ICLEI (International Council for Local Environmental Initiatives) e do Metrópolis. 

Foi um dos fundadores do Partido Verde e um dos expoentes da ideologia verde no Brasil.

Sirkis identificou a história de João Alfredo, interpretado por, Cássio Gabus Mendes, na minissérie "Anos Rebeldes" de 1986, como a sua própria história de militância política.

O livro conta a história de jovens idealistas brasileiros que lutaram contra a ditadura e o chamado "Anos de chumbo".
Fala dos sequestros dos embaixadores da Alemanha e da Suíça.



Fontes:

wikipedia.org
google.com
repositorio.ufu.br
estantevirtual.com.br
j.cardozo/pdf

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