Batalha naval de Diu
A batalha naval de Diu teve lugar a 3 de fevereiro de 1509, nas águas próximas a Diu na Índia.
Com a chegada dos portugueses ao Índico em 1498, os comerciantes muçulmanos solicitaram a ajuda do monarca Mameluco do Egipto que, apoiado pela República de Veneza, organizou uma expedição que visava a presença portuguesa no Malabar. Em 1508, a frota muçulmana, sob o comando do Emir Hussein, deu combate aos portugueses em Chaul.
A ação dos portugueses no Índico no sentido de controlar o comércio e de canalizar as especiarias para a Europa pela Rota do Cabo, entrava em rota de colisão com as redes mercantis muçulmanas na região e com as potências que lhes estavam de alguma forma associadas, como o sultão do Cairo, o reino do Guzerate, o império otomano ou Calecute.
Desde a viagem de Pedro Álvares Cabral que a guerra era um risco crescente, que se agravou com as ordens de D. Manuel para bloquear a navegação muçulmana para o Mar Vermelho e o Golfo Pérsico.
Deste primeiro combate resultou, para os portugueses a perda de uma nau e de 200 homens, entre os quais o filho do Vice-Rei, D. Lourenço de Almeida. Ainda que tivesse vencido a batalha, esquadra egípcia ficou sem capacidade ofensiva, face às suas perdas. A 25 de novembro saiu de Cananor uma esquadra portuguesa, tendo por capitão-mor o Vice-rei D. Francisco de Almeida. O objetivo era atacar os navios egípcios, fundeados em Diu. A 2 de fevereiro de 1509 chega à barra de Diu a armada portuguesa composta de 5 naus grossas e 4 naus menores, além de caravelas redondas, caravelas latinas, galés e um bergantim, contando entre 1000 e os 1500 homens, apoiados por cerca de 400 malabares de Cochim. A armada egípcia era composta por 6 naus grossas, 6 galés turcas e outras 110 embarcações, de fustas e paraus.
Embora a batalha se tenha revestido de um caráter de vingança pessoal para Francisco de Almeida, vice-rei da Índia, que perdera o seu filho D. Lourenço no desastre de Chaul em 1508, o efeito psicológico desta vitória foi aniquilador, pois mostrava aos indianos que a marinha portuguesa não era só invencível para eles mas também para os muçulmanos e venezianos cuja aliança, até então, havia controlado o comércio oceânico.
Foi uma batalha de aniquilamento semelhante às batalhas de Lepanto (1571), do Nilo (1798), de Trafalgar (1805)e de Tsuchima (1905) e em termos de impacto, esta batalha assinalou o início do domínio europeu dos mares do Oriente, que haveria de durar até à Segunda Guerra Mundial. Como consequência, o poder muçulmano na Índia foi seriamente abalado, permitindo a que as forças Portuguesas, após esta batalha conquistassem rapidamente os portos e localidades costeiras nas margens do Índico, como por exemplo Mombaça, Mascate, Ormuz, Goa, Colombo e Malaca.
O monopólio português no Índico duraria até à chegada dos Ingleses (Companhia Britânica das Índias Orientais) afirmada na batalha de Swally, perto de Surate em 1612.]
Fontes:
wikipedia.org
google.com
ensino.rtp.pt
com.marinha.pt