Hoje vamos falar das Cruzadas, uma das inúmeras tentativas de tomar o território da Palestina.
Antes vamos discorrer um pouco sobre a importância da Palestina, desde à época bíblica.
Após a morte de Moisés, Josué seu sucessor foi incumbido por Deus de conquistar as terras de Canaã, Jericó, e outra nações nos arredores.
A Igreja não era a única interessada no êxito dessas expedições: a nobreza feudal tinha interesse na conquista de novas terras; cidades mercantilistas como Veneza e Gênova deslumbravam com a possibilidade de ampliar seus negócios até o Oriente e todos estavam interessados nas especiarias orientais, pelo seu alto valor, como: pimenta-do-reino, cravo, noz-moscada, canela e outros. Movidas pela fé e pela ambição, entre os séculos XI e XIII, partiram para o Oriente oito Cruzadas.
Deuteronômio 7
"1 Quando o SENHOR teu Deus te houver introduzido na terra, à qual vais para a possuir, e tiver lançado fora muitas nações de diante de ti, os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os perizeus, e os heveus, e os jebuseus, sete nações mais numerosas e mais poderosas do que tu;2 E o Senhor teu Deus as tiver dado diante de ti, para as ferir, totalmente as destruirás; não farás com elas aliança, nem terás piedade delas;3 Nem te aparentarás com elas; não darás tuas filhas a seus filhos, e não tomarás suas filhas para teus filhos;"
Já na época a Palestina era uma importante rota comercial que ligava o trajeto por terra para o continente africano.
Havia duas grandes rotas internacionais que ligavam a Mesopotâmia e o Egito através da Palestina.
As cruzadas foram outra dessas tentativas de dominar o território da Palestina, especialmente Jerusalém chamada de "Terra Santa ".
De 1096 a 1270, expedições sob o comando da Igreja fizeram várias incursões para retomada de Jerusalém, que se encontrava sob o domínio dos turcos seldjúcidas, e reunificar o mundo cristão, dividido pelo "Cisma do Oriente".
Por não concordarem com alguns dogmas da Igreja Romana (adoração a santos, cobrança de indulgências, etc.), os católicos do Oriente fundaram a Igreja Ortodoxa. Jerusalém, a Terra Santa, pertencia ao domínio árabe e até o século XI eles permitiram as peregrinações cristãs à Terra Santa. Mas no final do século XI, povos da Ásia Central, os turcos seldjúcidas, tomaram Jerusalém. Convertidos ao islamismo, os seldjúcidas eram bastante intolerantes e proibiram o acesso dos cristãos a Jerusalém.
Em 1095, o papa Urbano II convocou expedições com o intuito de retomar a Terra Sagrada. Os cruzados (como ficaram conhecidos os expedidores) receberam esse nome por carregarem uma grande cruz, principal símbolo do cristianismo, estampada nas vestimentas. Em troca da participação, ganhariam o perdão de seus pecados.
A Igreja não era a única interessada no êxito dessas expedições: a nobreza feudal tinha interesse na conquista de novas terras; cidades mercantilistas como Veneza e Gênova deslumbravam com a possibilidade de ampliar seus negócios até o Oriente e todos estavam interessados nas especiarias orientais, pelo seu alto valor, como: pimenta-do-reino, cravo, noz-moscada, canela e outros. Movidas pela fé e pela ambição, entre os séculos XI e XIII, partiram para o Oriente oito Cruzadas.
Oficialmente foram oito cruzadas, embora tenham havido outras cruzadas como "a cruzada popular ou dos mendigos" liderada por Pedro o Eremita, que graças as suas pregações conseguiu arregimentar uma população muito grande de pessoas, dentre eles velhos, mulheres e crianças.
Para conseguirem dinheiro para a empreitada, saquearam e roubaram aldeias de judeus.
Em principio essa expedição conseguiu algumas vitórias, mas foi derrotada pelo sultão turco Kilij Arslan.
É citado também uma "Cruzada das Crianças", segundo a crença, somente pessoas puras poderiam retomar a cidade Santa.
Cerca de 50 mil crianças, morreram ou foram capturadas e vendidas como escravas pelos turcos.
As cruzadas oficiais foram oito:
A primeira de 1096 a 1099 foi a cruzada dos cavaleiros ou dos nobres, que tinham como promessa redimir todos os pecados daqueles que lutassem pela retomada de Jerusalém.
Após a conquista de Jerusalém eles cometeram um grande carnificina, matando todos os habitantes, não importando serem mulheres, velhos e crianças.
Em 1144 os muçulmanos retomaram o condado de Edessa
Foi então organizada uma segunda cruzada para retomar a cidade,(1147-1149)
Os reis Luiz VII da França e Conrado III do Sacro Império.
O exército de Conrado foi massacrado pelos turcos, o que sobrou dele se juntou aso templários e ao exército de Luiz VII.
A expedição foi um fracasso, e só conquistaram a cidade de Lisboa.
A terceira cruzada,(1189-1192) pelo Papa Gregório III, após a tomada de Jerusalém em 1187, pelo sultão Saladino.
Saladino
Foi chamada a "Cruzada dos Reis", liderada pelos reis; Filipe Augusto da França, Frederico Barba Ruiva do Sacro Império e Ricardo Coração de Leão da Inglaterra.
O rei Ricardo conseguiu algumas vitórias no Chipre, Acre e em Jaffa, às custas de várias crueldades massacrando mulheres e crianças.
Conseguiu um acordo com Saladino de manter as terras conquistadas e a permissão da peregrinação dos cristãos à Terra Santa.
A quarta cruzada (1202-1204) denominada"Cruzada Comercial", foi desviada de seu intuito original, que era a reconquista de Jerusalém. O doge de Veneza Enrico Dandolo, ao invés disso saqueou e conquistou as cidades de Zara e Constantinopla.
A quinta cruzada (1217-1221) liderada por André II a Hungria e Leopoldo VI duque da Áustria.
Depois de duas propostas de acordo do sultão recusadas pelos cruzados, e após um longo cerco para tomar a cidade de Damietta, os cruzados caíram numa armadilha, e foram derrotados.
A sexta cruzada (1228-1229) foi liderada Frederico II do Sacro Império, que tinha sido excomungado pelo papa. Ele partiu com um exército que foi diminuindo com as deserções e com com as hostilidades das forças cristãs, devido a sua excomunhão.
Aproveitando-se da discórdias entre os muçulmanos ele conseguiu um acordo de paz que lhe garantiu a posse das cidades de Jerusalém, Belém e Nazaré por dez anos. Mas a derrota cristã em Gaza fê-los perder a Terra Santa em 1244.
A sétima cruzada (1248-1254) liderada por Luís IX da França, posteriormente canonizado como S. Luís.
Depois de várias medidas desastrosas Luís caiu prisioneiro dos muçulmanos, e os cristãos tiveram que pagar um pesado resgate por sua liberdade.
A oitava é última cruzada (1270) e Nona cruzada, tida como extensão da oitava (1271-1272), como as demais terminaram em derrotas e desastres.
Eduardo I comandou suas tropas em direção a Acre combater o sultão Baibars, mas a morte de seu pai, Henrique III o fez retornar à Inglaterra para assumir o trono.
A causa do fracasso das cruzadas, foram em primeiro lugar o menor número de combatentes cristãos ante os muçulmanos, depois a enorme opressão exercida sobre o povo conquistado, as questões de religião e dos costumes, puseram abaixo o intento de dominar a região, além é claro, das lutas internas entre os próprios cruzados.
Fontes:
bethshalom.com.br/artigos/palestina
brasilescola.uol.com.br/historia/cruzadas
www.santovivo.net
www.bibliaonline.com.br
wikipedia.org
google.com
imcrivelhistoria.com.br
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