domingo, 30 de julho de 2023

O arquipélago Gulag é uma obra de Alexandre Solzhenitsyn.


O livro conta a história vivenciada pelo autor durante sua prisão de 11 anos num dos campos de concentração e trabalhos forçados do governo de Josef Stalin.






A partir da década de 1930, funcionou na União Soviética o Gulag, sistema de campos de trabalhos forçados que tornou-se um dos símbolos do governo de Stalin. Neles, foram aprisionadas milhões de pessoas, entre elas criminosos, presos políticos ou qualquer um que fizesse oposição ao regime da época. As condições de trabalho nos gulags eram penosas: fome, frio e carga excessiva de trabalho não eram raros. O escritor russo Alexander Soljenítsin, nascido em 1918 e vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1970, dedicou-se a retratar a vida nesses lugares. Acusado de fazer propaganda anti-soviética, em 1945, ele foi preso e condenado a 8 anos de trabalhos forçados.

O primeiro livro lançado pelo escritor, Um dia na vida de Ivan Denisovich (1962), já havia sido uma das primeiras críticas diretas ao governo publicadas na União Soviética. Arquipélago gulag, entretanto, escrito clandestinamente ao longo de 9 anos, é a mais influente obra sobre como os campos funcionavam nos tempos de Stalin.

Para escrever Arquipélago gulag, Soljenítsin, além de valer-se de sua experiência nos campos de trabalhos forçados, coletou os testemunhos de mais de 200 outras pessoas que passaram pela mesma experiência. A história retrata, a partir de acontecimentos que só poderiam ser vistos de dentro do cárcere, o horror do Gulag ao acompanhar a vida de um de seus prisioneiros: a viagem até o campo, as dinâmicas de trabalho abusivas, as tentativas de fuga, as rebeliões e os interrogatórios. Soljenítsin dedicou o livro a “todos os que não viveram para contar a história”.

Entre 1965 e 1967, a KGB, organização de serviços secretos da União Soviética, chegou a confiscar rascunhos do autor. Para proteger Arquipélago gulag, então, Soljenítsin trabalhou as várias partes do seu manuscrito em momentos diferentes, dividindo-o e deixando seus pedaços sob a tutela de amigos. Em 1973, ainda residente em seu país de origem, ele conseguiu publicar a primeira edição do livro em Paris, para então alcançar o mundo.

Apenas um ano depois, entretanto, o escritor foi expatriado e permaneceu exilado por 20 anos enquanto o livro circulava de forma ilegal na União Soviética. Três anos após a dissolução desta, Alexander Soljenítsin retornou à Rússia, onde morreu em 2008, aos 89 anos de idade.



Os g.u.l.a.g.s, que quer dizer, administração central de campos,  existiam desde a época dos czares e serviam exatamente para o mesmo objetivo de antes, que era o de abrigar presos, especialmente os políticos. Esses espaços tinham outro nome: kengir.

Com a morte de Lenin e a perseguição e posterior exílio de Trotsky (outro grande líder da Revolução Russa), a mando de Stalin tais campos voltaram a funcionar com toda força em abril de 1930, durando até 1960. No começo, foi dito que seriam apenas para burgueses, monarquistas e nobreza, mas depois passaram a ser também para anarquistas, trotskistas e qualquer cidadão comum que discordasse do stalinismo.

Nos gulags não existiam só russos, mas pessoas capturadas em outros países e que na visão do governo soviético pós-Lenin e Trotsky mereciam ser “reeducadas”. Muitos desses indivíduos eram, por exemplo, poloneses, acusados de serem traidores.

Os gulags se concentravam, principalmente, na Sibéria e nos subúrbios da capital, Moscou. Para se protegerem da violência sistemática, muitos presos inventaram entre si códigos e leis próprios, originando, dessa maneira, a máfia russa.



Fontes:
wikipedia.org
taglivros.com
google.com
historiadomundo.com.br

sexta-feira, 28 de julho de 2023

 Uso da Vírgula


Existem várias regras de pontuação na língua portuguesa. Vamos tratar hoje do uso da vírgula.


Em primeiro lugar vamos falar quando não usar a virgula.

Não se separa o sujeito do predicado com uma vírgula. 

Exemplos:

Quem estuda, passa

Quem ama, educa

O maior problema, é a falta de Deus

Sua inveja, é meu combustível.

Nos quatro exemplos acima NÃO usamos a vírgula, pois os dois elementos sintáticos são um sujeito e um predicado.


Quando usar a virgula então ?


Para separar aposto e vocativo.


Ex:

São Luiz, capital do Maranhão, é muito bonita.

(capital do Maranhão) é um aposto

Bom dia, senhor diretor!

(Bom dia, na frase acima é um vocativo)


Usa-se a vírgula também em enumerações.

Ex:

Fui na feira e comprei: banana, laranja, uva, legumes e tomates.


Usa-se vírgula também na separação de topônimos (nomes de lugar)


São Paulo, 05 de julho de 2023.


Separação de orações coordenadas assindéticas (àquelas que não usam conectivos)

Ex: Andava, parava, atravessa a rua.


Em termos subentendidos e similares.

Ex:

Maria jogava basquete, João vôlei,  Bernardo futebol.

(o verbo jogava está subentendido na frase)




Fontes:


exame.com
lendo.org




sexta-feira, 21 de julho de 2023

Hoje morreu uma das lendas da canção internacional, Tony Bennett.




Anthony Dominick Benedetto (Nova Iorque, 3 de agosto de 1926 — Nova York, 21 de julho de 2023), foi um cantor norte-americano de traditional pop standards, show tunes, e jazz, com mais de 70 anos de carreira. Bennett também foi um talentoso pintor, tendo criado obras - sob o nome de Anthony Benedetto - que estão em exposição pública permanente em diversas instituições. Ele é o fundador da Frank Sinatra School of the Arts em Nova Iorque. Até 2009, já tinha atingido a marca de 50 milhões de discos vendidos, em todo o mundo.

Sua música mais conhecida foi "I left my heart in San Francisco"



Durante mais de 50 anos de carreira Tony Bennett foi agraciado dois prêmios Grammy, o primeiro em 1963 e o último com o álbum gravado co  Lady Gaga em 2022. Ao todo foram 20 grammys

Gravou um álbum com a cantora Amy Winehouse.

Tony Bennett e Any WineHouse



O seu primeiro grande sucesso foi “Because of You“, uma balada produzida por Miller com um arranjo orquestral luxuriante de Percy Faith. Ele começou a ganhar popularidade nos jukeboxes, em seguida, alcançou o número um nas paradas pop em 1951 e permaneceu lá por 10 semanas, vendendo mais de um milhão de cópias. No final daquele ano ele alcançou o topo das paradas por uma versão semelhante ao estilo de Hank Williams de “Cold, Cold Heart” o que ajudou a introduzir Williams e a música country, em geral, a um público mais amplo, a ter maior nacional. Miller e o grupo Faith continuaram a trabalhar em todos os primeiros sucessos de Bennett. Gravação de Bennett “ Blue Velvet” também foi muito popular e atraiu fãs adolescentes escandalosas em shows no famoso ‘’Paramount Theater’’, em Nova York (Bennett fez sete shows por dia, a partir das 10h30) e em outros lugares.



Tony Bennet e Lady Gaga


Em 12 de fevereiro de 1952, Bennett casou com a estudante de arte e fã de jazz de Ohio Patricia Beech, que conhecera no ano anterior após uma apresentação numa discoteca em Cleveland. Duas mil fãs vestidas de preto se reuniram em frente a cerimônia na Catedral St. Partick em Nova York simulando estarem de luto. O casal teve dois filhos, D'Andrea (Danny, nascido 1954) e Daegal (Dae, nascido 1955).

Ele tinha sido diagnosticado com Alzheimer em 2016.



Em uma carreira que durou oito décadas, Bennett encantou Bob Hope e Frank Sinatra, que o chamou de “melhor cantor da indústria”, e gravou dois álbuns de duetos com Lady Gaga.

Ele inclusive, utilizando seu talento de pintor fez um retrato da artista que pouso nua para ele.

Outros parceiros em seus populares álbuns “Duets” variaram de Paul McCartney e a rainha do soul Aretha Franklin ao astro country Willie Nelson e o vocalista da banda U2, Bono.

Em 2012, Bennett lançou um álbum em parceria com artistas latino-americanos, que incluiu os brasileiros Roberto Carlos, Ana Carolina e Maria Gadu.

Blue Velvet - Tony Bennett e Maria Gadu



Fontes:
wukipedia.org
google.com
yioutube.com
folha.uol.com.br
uol.com.br


quarta-feira, 19 de julho de 2023

Hoje vamos falar das Cruzadas, uma das inúmeras tentativas de tomar o território da Palestina.

Palestina


Antes vamos discorrer um pouco sobre a importância da Palestina, desde à época bíblica.

Após a morte de Moisés, Josué seu sucessor foi incumbido por Deus de conquistar as terras de Canaã, Jericó, e outra nações nos arredores.

Deuteronômio 7


"1 Quando o SENHOR teu Deus te houver introduzido na terra, à qual vais para a possuir, e tiver lançado fora muitas nações de diante de ti, os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os perizeus, e os heveus, e os jebuseus, sete nações mais numerosas e mais poderosas do que tu;
2 E o Senhor teu Deus as tiver dado diante de ti, para as ferir, totalmente as destruirás; não farás com elas aliança, nem terás piedade delas;
3 Nem te aparentarás com elas; não darás tuas filhas a seus filhos, e não tomarás suas filhas para teus filhos;"
 

Já na época a Palestina era uma importante rota comercial que ligava o trajeto por terra para o continente africano.
Havia duas grandes rotas internacionais que ligavam a Mesopotâmia e o Egito através da Palestina.




As cruzadas foram outra dessas tentativas de dominar o território da Palestina, especialmente Jerusalém chamada de "Terra Santa ".







De 1096 a 1270, expedições sob o comando da Igreja fizeram várias incursões para retomada de Jerusalém, que se encontrava sob o domínio dos turcos seldjúcidas, e reunificar o mundo cristão, dividido pelo "Cisma do Oriente".

Por não concordarem com alguns dogmas da Igreja Romana (adoração a santos, cobrança de indulgências, etc.), os católicos do Oriente fundaram a Igreja Ortodoxa. Jerusalém, a Terra Santa, pertencia ao domínio árabe e até o século XI eles permitiram as peregrinações cristãs à Terra Santa. Mas no final do século XI, povos da Ásia Central, os turcos seldjúcidas, tomaram Jerusalém. Convertidos ao islamismo, os seldjúcidas eram bastante intolerantes e proibiram o acesso dos cristãos a Jerusalém.

Em 1095, o papa Urbano II convocou expedições com o intuito de retomar a Terra Sagrada. Os cruzados (como ficaram conhecidos os expedidores) receberam esse nome por carregarem uma grande cruz, principal símbolo do cristianismo, estampada nas vestimentas. Em troca da participação, ganhariam o perdão de seus pecados.






A Igreja não era a única interessada no êxito dessas expedições: a nobreza feudal tinha interesse na conquista de novas terras; cidades mercantilistas como Veneza e Gênova deslumbravam com a possibilidade de ampliar seus negócios até o Oriente e todos estavam interessados nas especiarias orientais, pelo seu alto valor, como: pimenta-do-reino, cravo, noz-moscada, canela e outros. Movidas pela fé e pela ambição, entre os séculos XI e XIII, partiram para o Oriente oito Cruzadas.





Oficialmente foram oito cruzadas, embora tenham havido outras cruzadas como "a cruzada popular ou dos mendigos" liderada por Pedro o Eremita, que graças as suas pregações conseguiu arregimentar uma população muito grande de pessoas, dentre eles velhos, mulheres e crianças.
Para conseguirem dinheiro para a empreitada, saquearam e roubaram aldeias de judeus.
Em principio essa expedição conseguiu algumas vitórias, mas foi derrotada pelo sultão turco Kilij Arslan.

É citado também uma "Cruzada das Crianças", segundo a crença, somente pessoas puras poderiam retomar a cidade Santa.

Cerca de 50 mil crianças, morreram ou foram capturadas e vendidas como escravas pelos turcos.





As cruzadas oficiais foram oito:

A primeira de 1096 a 1099 foi a cruzada dos cavaleiros ou dos nobres, que tinham como promessa redimir todos os pecados daqueles que lutassem pela retomada de Jerusalém.

Após a conquista de Jerusalém eles cometeram um grande carnificina, matando todos os habitantes, não importando serem mulheres, velhos e crianças.

Em 1144 os muçulmanos retomaram o condado de Edessa

Foi então organizada uma segunda cruzada para retomar a cidade,(1147-1149)
Os reis Luiz VII da França e Conrado III do Sacro Império.
O exército de Conrado foi massacrado pelos turcos, o que sobrou dele se juntou aso templários e ao exército de Luiz VII.
A expedição foi um fracasso, e só conquistaram a cidade de Lisboa.
A terceira cruzada,(1189-1192) pelo Papa Gregório III, após a tomada de Jerusalém em 1187, pelo sultão Saladino.

                                             Saladino

Foi chamada a "Cruzada dos Reis", liderada pelos reis; Filipe Augusto da França, Frederico Barba Ruiva do Sacro Império e Ricardo Coração de Leão da Inglaterra.


Frederico Barba Ruiva, Ricardo Coração de Leão e Filipe II




O rei Ricardo conseguiu algumas vitórias no Chipre, Acre e em Jaffa, às custas de várias crueldades massacrando mulheres e crianças.

Conseguiu um acordo com Saladino de manter as terras conquistadas e a permissão da peregrinação dos cristãos à Terra Santa.

A quarta cruzada (1202-1204) denominada"Cruzada Comercial", foi desviada de seu intuito original, que era a reconquista de Jerusalém. O doge de Veneza Enrico Dandolo, ao invés disso saqueou e conquistou as cidades de Zara e Constantinopla.

A quinta cruzada (1217-1221) liderada por André II a Hungria e Leopoldo VI duque da Áustria.

Depois de duas propostas de acordo do sultão recusadas pelos cruzados, e após um longo cerco para tomar a cidade de Damietta, os cruzados caíram numa armadilha, e foram derrotados.


A sexta cruzada (1228-1229) foi liderada Frederico II do Sacro Império, que tinha sido excomungado pelo papa. Ele partiu com um exército que foi diminuindo com as deserções e com com as hostilidades das forças cristãs, devido a sua excomunhão.
Aproveitando-se da discórdias entre os muçulmanos ele conseguiu um acordo de paz que lhe garantiu a posse das cidades de Jerusalém, Belém e Nazaré por dez anos. Mas a derrota cristã em Gaza fê-los perder a Terra Santa em 1244.

A sétima cruzada (1248-1254) liderada por Luís IX da França, posteriormente canonizado como S. Luís.

Depois de várias medidas desastrosas Luís caiu prisioneiro dos muçulmanos, e os cristãos tiveram que pagar um pesado resgate por sua liberdade.

A oitava é última cruzada (1270) e Nona cruzada, tida como extensão da oitava (1271-1272), como as demais terminaram em derrotas e desastres.
Eduardo I comandou suas tropas em direção a Acre combater o sultão Baibars, mas a morte de seu pai, Henrique III o fez retornar à Inglaterra para assumir o trono.



Sultão Baibars




A causa do fracasso das cruzadas, foram em primeiro lugar o menor número de combatentes cristãos ante os muçulmanos, depois a enorme opressão exercida sobre o povo conquistado, as questões de religião e dos costumes, puseram abaixo o intento de dominar a região, além é claro, das lutas internas entre os próprios cruzados.



Fontes:
bethshalom.com.br/artigos/palestina
brasilescola.uol.com.br/historia/cruzadas
www.santovivo.net
www.bibliaonline.com.br
wikipedia.org
google.com
imcrivelhistoria.com.br

quinta-feira, 13 de julho de 2023

Vamos falar hoje de um dos heróis da Marinha Brasileira e da Guerra do Paraguai, Marcílio Dias.


Marcílio Dias


Militar brasileiro nascido em Rio Grande, Estado do Rio Grande do Sul, herói da batalha naval do Riachuelo, decisiva para a derrota do Paraguai na guerra contra o Brasil. De origem humilde, era filho de Manuel Fagundes Dias e da a lavadeira Palcena Dias, era pardo escuro e assentou praça como grumete (1855), aos 17 anos de idade, tendo praça no Corpo de Imperiais Marinheiros. Embarcou na corveta Constituição (1856) e logo após no navio Tocantins que tinha o Almirante Barroso, como seu comandante. Recebeu sua primeira promoção (1861) como marinheiro de 3a. classe e no ano seguinte foi promovido para marinheiro de 2a classe.

Batalha naval do Riachuelo



Entrou para a Escola Prática de Artilharia (1863) como marinheiro a fim de se habilitar na manipulação de artefatos bélicos, indispensáveis ao serviço de bordo, e recebeu a classificação de Praça Distinta, passando a usar o distintivo de marinheiro-artilheiro. Embarcou na corveta Imperial Parnaíba (1864), em expedição ao Rio Prata e na volta foi promovido a Marinheiro de 1ª classe (1864). Deflagrada a guerra do Paraguai ( 1864), distinguiu-se nos ataques da esquadra brasileira a Paissandu, sob as ordens de Mariz e Barros. Na corveta Parnaíba, participou da batalha naval do Riachuelo, travada em águas do rio Paraná (1865).



Sagrou-se herói na Batalha Naval do Riachuelo em 11 de junho de 1865, no início da Guerra do Paraguai, chamada "Guerra da Tríplice Aliança" na Argentina e no Uruguai.


Corveta Parnaíba




Quando a corveta Parnaíba, onde chefiava o rodízio raiado de ré, foi abordada por três navios paraguaios, travou uma luta corpo a corpo contra quatro inimigos, armado de sabre, abatendo dois deles. Na luta teve seu braço decepado na defesa da bandeira do Brasil. 

Ferido mortalmente, morreu no dia seguinte, 12 de junho, nas proximidades de Corrientes, Argentina, com apenas 27 anos de idade. Seu corpo foi lançado nas águas do rio Paraná e seu nome passou a ser cultuado como modelo de dedicação à pátria e bravura, inclusive ainda hoje seu retrato costuma figurar com destaque nos quartéis e navios da Marinha brasileira.

Em 9 de novembro de 2022, através do PL 1402/2022, seu nome foi aprovado de ser inscrito no livro de Heróis e Heroínas Nacionais.



Fontes:

wikipedia.org
biografias.netsaber.com.br
senado.leg.br
google.com

segunda-feira, 10 de julho de 2023

 Hoje vamos falar de Palavras Cruzadas.









As primeiras palavras cruzadas modernas foram inventadas por Arthur Wynne e publicadas no New York World em 1913.

Elas são um dos mais populares passatempos, e embora hoje em dia novos passatempos tenham sido criados, até com maior carga visual, e de tecnologia; como os jogos de celulares e computadores, a feitura das palavras cruzadas ainda é muito praticada.

No Brasil o jornal Folha de São Paulo, contratou até um cruciverbalista (criador  de palavras cruzadas) chamado Júlio Moncorvo, que durante anos ilustrou as páginas do jornal com suas cruzadas.

Embora relativamente recente (1913) tem-se noticiais de similares às palavras cruzadas no Egito por volta de 1350 a.C.
Na Inglaterra do século XIX, era impressos em livros infantis e periódicos um similar chamado de quadrados mágicos.







Existem publicações no Brasil próprias de palavras cruzadas, como "Coquetel" .
Na Inglaterra, durante a 2ª Guerra Mundial, foram contratados especialistas em palavras cruzadas , para tentarem decifrar os códigos nazistas.
Na Hungria em 1925, as palavras cruzadas passaram a ser alvo da censura, para evitar que ideias contrárias ao regime fossem disseminadas. Tal fato ocorreu também no Brasil, na época da ditadura militar, onde palavras como "Cavaleiro da Esperança" alusão a Luís Carlos Prestes, eram proibidas.
No Canadá, existem palavras cruzadas bilíngues, em inglês e francês.


Fontes:

wikipedia.org
novcruz.planetaclix.pt
google.com

domingo, 9 de julho de 2023



Hoje vamos falar do Advérbio.

Compare estes exemplos:

O ônibus chegou.

O ônibus chegou ontem.

A palavra ontem acrescentou ao verbo chegar uma circunstância de tempo: ontem é um advérbio.

Marcos jogou bem.

Marcos jogou muito bem.

A palavra muito intensificou o sentido do advérbio bem: muito, aqui, é um advérbio.

A criança é linda.

A criança é muito linda.

A palavra muito intensificou a qualidade contida no adjetivo linda: muito, nessa frase, é um advérbio.


Advérbio, portanto, é uma palavra invariável que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio.


Às vezes, um advérbio pode se referir a uma oração inteira; nessa situação, normalmente transmitem a avaliação de quem fala ou escreve sobre o conteúdo da oração.
Por exemplo:As providências tomadas foram infrutíferas, lamentavelmente.

Quando modifica um verbo, o advérbio pode acrescentar várias ideias, tais como:

Tempo: Ela chegou tarde.
Lugar: Ele mora aqui.
Modo: Eles agiram mal.
Negação: Ela não saiu de casa.
Dúvida: Talvez ele volte.

Observações:

- Os advérbios que se relacionam ao verbo são palavras que expressam circunstâncias do processo verbal, podendo assim, ser classificados como determinantes.

Por exemplo: Ninguém manda aqui!

mandar: verbo
aqui: advérbio de lugar = determinante do verbo.

- Quando modifica um adjetivo, o advérbio acrescenta a ideia de intensidade.
Por exemplo:O filme era muito bom.

- Na linguagem jornalística e publicitária atuais, têm sido frequentes os advérbios associados a substantivos:

Por exemplo:

" Isso é simplesmente futebol" - disse o jogador.
"Orgulhosamente Brasil" é o que diz a nova campanha publicitária ufanista.


Os advérbios podem assumir um grau comparativo de igualdade, inferioridade ou superioridade, como pode ser visto respectivamente nos exemplos abaixo:

Ele era tão esperto quanto eu.
Ele era menos esperto que eu.
Ele era mais esperto que eu.



Grau superlativo:

Os advérbios podem variar para expressar uma maior intensidade, e isso pode se dar dos seguintes modos:

Analítico: ocorre pela a adição de um advérbio de intensidade.

Exemplos: muito calmamente, devagar demais, muito distante.

Sintético: obtido pela adição do sufixo -íssimo.

Exemplos: muitíssimo, pouquíssimo.

É comum, na linguagem coloquial, o uso do diminutivo, e algumas vezes até do aumentativo, para dar aos advérbios um valor superlativo.
Exemplos: Vamos andar devagarinho, dormiu cedinho, chegou tardão.


Fontes:


gramatica.com.br
gramatica.net.br
gramaticaportuguesa.blogs.sapo.pt

sexta-feira, 7 de julho de 2023

 




Uma homenagem ao grande dramaturgo brasileiro, Zé Celso, falecido ontem em São Paulo, republicamos o texto sobre Rei da Vela.





De caráter rebelde e anarquista, a peça escrita por Oswald de Andrade e dirigida por Zé Celso tece críticas à sociedade. Na trama, um personagem chamado Abelardo 1º tenta enriquecer com uma fábrica de velas quando as empresas de energia elétrica fecham, já que a população não tem dinheiro para pagar as contas.


"O Rei da Vela" trata ainda dos conflitos que surgem a partir da concentração de poder. Serviu, naquela época, como um grito contra o autoritarismo e a censura da ditadura militar, que havia tido início três anos antes.

O livro de "O Rei da Vela" foi publicado em 1937, às vésperas de Getúlio Vargas instaurar uma ditadura no Brasil, período que ficou conhecido como Estado Novo.

“A minha classe precisa de lacaios. A burguesia exige definições!” 



“Acenda todas as velas! Economia em regressão. As grandes empresas estão voltando à tração animal! Estamos ficando um país modesto. De carroça e vela! Também já hipotecamos tudo ao estrangeiro, até a paisagem! Era o país mais lindo do mundo. Não tem agora uma nuvem desonerada… Mas não irá ao suicídio… Isso é para mim.”


Manter vigilância rigorosa nas fábricas. Evitar a propaganda comunista. Denunciar e perseguir os agitadores. Prender. Esse negócio de escrever livros de sociologia com anjos é contraproducente. Ninguém mais crê. Fica ridículo para nós, industriais avançados. Diante dos americanos e dos ingleses.” 


Esses trechos foram extraídos da peça "O Rei da Vela" de Oswald de Andrade, escrita em 1933 e publicada quatro anos mais tarde em 1937, porém só foi encenada pelo Grupo Oficina dirigida por José Celso Martinez em 1967.


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                                 José Celso Martinez



A montagem  tece uma crítica contundente à elite brasileira. Ela se dá por meio de personagens decadentes, inescrupulosos, falidos, verdadeiros representantes da mescla da tradição, da família e da propriedade. Em tom farsesco, mostra as falcatruas do personagem central, o agiota Abelardo I, fabricante de velas e credor que mantém seus clientes endividados em jaulas, açoitados por Abelardo II, seu sócio.

A peça foi reencenada em 2017, ao atravessar o espaço-tempo desse intervalo, a remontagem de O Rei da Vela discute ainda o anacronismo do país, sua subserviência ao capital estrangeiro, a manutenção de estruturas arcaicas o convívio entre oligarcas, fascistas e capitalistas globais. O espetáculo celebra também os 80 anos do diretor José Celso Martinez Correia e do ator Renato Borghi, que retornam ao elenco, assim como o cenógrafo Hélio Eichbauer, criador do cenário original.

 O rei da vela - Renato Borghi e Dirce Migliaccio


                         José Celso e Renato Borghi

Oswald de Andrade escreveu a peça no auge da crise financeira mundial com a queda da Bolsa de N.York em 1929, e baseado na sua própria situação financeira claudicante naquela época.
                                    Oswald de Andrade


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O rei da vela

Suas personagens, membros da elite burguesa e rural, são retratadas como ridículas e decadentes, envolvidas em falcatruas, exploração, falta de moralidade e sexualidade conturbada.
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A peça trata de assuntos tidos como proibidos na época como homossexualidade.

No segundo ato, por exemplo: 
O segundo ato tem como cenário uma ilha tropical, presente de Abelardo I à noiva. Instala-se ali um clima de grande liberdade sexual: Heloísa troca intimidades com Mr. Jones, americano com quem seu noivo mantém alguns negócios e que desperta interesse em Totó Fruta-do-Conde, irmão homossexual de Heloísa. Abelardo I vive uma noite de amor com a sogra, Dona Cesarina, e acerta outro encontro sexual com a tia da noiva, Dona Poloca, cuja virgindade sexagenária é proclamada a todo momento. Há ainda a presença de João dos Divãs, na verdade Joana, a irmã lésbica de Heloísa, e de seu primo Perdigoto, que arranca um empréstimo de Abelardo I, destinado a montar uma milícia fascista para combater os camponeses que insistem em invadir sua propriedade.
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Como vemos, os temas como a hipocrisia burguesa, o fascismo e o uso da força contra os mais humildes, além da ganância e da falta de escrúpulos de uma classe dominante elitista e reacionária, são temas atuais até os dias de hoje.

Fontes:

wikipedia.org
google.com.br
educacao.globo.com
culturadoria.com.br
folha.uol.com.br

Vamos falar hoje de objeto direto e objeto indireto. O objeto direto e o indireto são termos integrantes da oração que completam o se...