Otto Adolf Eichmann, nazista responsável por gerir a logística dos campos de concentração nazista na época da Segunda Guerra Mundial.
Devido ao suas ordens milhões de judeus foram enviados para as câmaras de gás.
Na Argentina ele trabalhou na Mercedes-Benz, com documentos falsos, até ser encontrado pelo Mossad. Sua identidade foi revelada graças ao namoro de seu filho Klaus Eichmann com Sylvia, filha de um alemão, não nazista, que fugiu para a Argentina em 1938, antes da guerra, entretanto.
Os agentes do Mossad, serviço secreto israelense, montaram campana no bairro onde Eichmann trabalhava e sua casa, sequestrando-o em 11 de maio de 1960.
Ele foi levado para Israel, onde foi julgado, condenado e enforcado em 31 de maio de 1962.
A escritora, filosofa e ativista Hanna Arendt, alemã de origem judaica escreveu um impactante livro sobre ele, Eichmann em Jerusalém. Nele ela retrata, não um monstro sádico, mas, um reles burocrata que cumpria ordens de seus superiores sem questioná-las.
Num trecho do julgamento, relatado no livro Eichmann diz:
"Em primeiro lugar, a acusação de assassinato estava
errada: “Com o assassinato dos judeus não tive nada a ver. Nunca matei um judeu, nem um não-judeu
— nunca matei nenhum ser humano. Nunca dei uma ordem para matar fosse um judeu fosse um não-judeu; simplesmente não fiz isso”, ou, conforme confirmaria depois: “Acontece [...] que nenhuma vezeu fiz isso” — pois não deixou nenhum dúvida de que teria matado o próprio pai se houvesserecebido ordem nesse sentido. Por isso ele repetia incessantemente (algo que já declarara nos assimchamados documentos Sassen, entrevistas dadas por ele em 1955 ao jornalista holandês Sassen,antigo homem da SS e também fugitivo da justiça, que depois da captura de Eichmann foram publicadas em parte pela revista Life, nos Estados Unidos, e pela Stern, na Alemanha) que só podia ser acusado de “ajudar e assistir” à aniquilação dos judeus, a qual, declarara ele em Jerusalém, fora“um dos maiores crimes da história da Humanidade”.
Todos que apoiam regimes autoritários e participam dele, ou mesmo se calam diante das atrocidades são igualmente cúmplices.
No julgamento de Nuremberg, muitos nazistas disseram em sua defesa que apenas "cumpriam ordens". Porém o sentimento coletivo de hegemonia de raça e desprezo por outros seres humanos foi quase que total entre o povo alemão.
Quando justificamos as atitudes homofóbicas, racistas, discriminatória e de intolerância, não podemos justificá-las como coisas comuns a que todos estão sujeitos nas mesmas condições. Por isso somos considerados civilizados e vivemos num sociedade civilizada. O contrário disso é a barbárie e a volta ao Estado Natural, onde tudo o que importava era a sobrevivência, não importando a destruição do outro.
Fontes:
wikipedia.org
google.com
rafaelmaltez.jusbrasil.com.br
docs.google.com
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