quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Hoje abordaremos a Guerra do Paraguai, maior conflito armado do século XIX na América do Sul.
A guerra teve início em 1864 e terminou em 1870 com a morte de  Francisco Solano Lopez.ditador paraguaio.

Embora já tenha passado 146 anos de seu término, a história da Guerra do Paraguai ainda vive um turbilhão de contradições sobre seus reais motivos, e principalmente sobre o genocídio praticado contra a população civil paraguaia.


Desde sua independência, os governantes paraguaios afastaram o país dos conflitos armados na região Platina. A política isolacionista paraguaia, porém, chegou ao fim com o governo do ditador Francisco Solano López.
Em 1864, o Brasil estava envolvido num conflito armado com o Uruguai. Havia organizado tropas, invadido e deposto o governo uruguaio do ditador Aguirre, que era líder do Partido Blanco e aliado de Solano López. O ditador paraguaio se opôs à invasão brasileira do Uruguai, porque contrariava seus interesses.
Como retaliação, o governo paraguaio aprisionou no porto de Assunção o navio brasileiro Marquês de Olinda, e em seguida atacou a cidade de Dourados, em Mato Grosso. Foi o estopim da guerra. Em maio de 1865, o Paraguai também fez várias incursões armadas em território argentino, com objetivo de conquistar o Rio Grande do Sul. Contra as pretensões do governo paraguaio, o Brasil, a Argentina e o Uruguai reagiram, firmando o acordo militar chamado de Tríplice Aliança.


 Oficiais brasileiros na Guerra do Paraguai


D.Pedro II, depois do ataque paraguaio a cidade de Dourados e a morte de muitos civis brasileiros, preparou uma força para a invasão do Paraguai.

Solano Lopes
D.Pedro II

A despeito da controvérsias sobre o motivo da guerra, e do genocídio praticado por soldados brasileiros, levadas muitas das vezes por ideologias políticas; e levando-se em consideração que a história de qualquer guerra é contada pela ótica dos vencedores, acreditamos que o motivo principal das guerras, seja o motivo econômico e financeiro, depois vêm as ideologias e o patriotismo.
É certo que havia um interesse imperialista da Inglaterra no conflito.  Ninguém concede empréstimos a nenhum outro país, por bondade, e sem uma justificativa que leve ao lucro!
Solano Lopes também tinha interesses em conquistar novos territórios e incorporá-los ao Paraguai. Quase no final da guerra a sua esposa Elisa Linch teria sido  proprietária de 80 % das terras paraguaias! Fato ou mito, o certo é que Solano Lopes era um homem muito rico.

Esta guerra durou seis anos; contudo, já no terceiro ano, o Brasil via-se em grandes dificuldades com a organização de sua tropa, pois além do inimigo, os soldados brasileiros tinham que lutar contra o falta de alimentos, de comunicação e ainda contra as epidemias que os derrotavam na maioria das vezes. Diante deste quadro, Caxias foi chamado para liderar o exército brasileiro. Sob seu comando, a tropa foi reorganizada e conquistou várias vitórias até chegar em Assunção no ano de 1869. Apesar de seu grande êxito, a última batalha foi liderada pelo Conde D`Eu (genro de D. Pedro II). Por fim, no ano de 1870, a guerra chega ao seu final com a morte de Francisco Solano Lopes em Cerro Cora.
O exército brasileiro era formada na sua grande maioria de negros libertos, alguns dizem que ainda eram escravos, sem uniformes, armas e treinamento adequados, fato que só mudou depois que Caxias assumiu o comando.
No final da guerra, já derrotado, Solano Lopes se valeu de crianças para combater em seu exército. Cerca de 90 % dos homens paraguaios tinham morrido na guerra, além de 50% de mulheres, crianças e idosos.
Quando viu que a luta tinha acabado, e o que tinha restado era apenas um bando desorganizado de indefesos lutando por seu presidente, Caxias não aceitou fazer o trabalho de extermínio, cabendo ao Conde D`Eu fazer o trabalho sujo do massacre final.
Solano Lopes foi morto pelo cabo José Francisco Lacerda, conhecido como "Chico Diabo" em 01 de março de 1870 em Cerro Corá, dando término ao conflito.
Foto de soldados uniformizados "Voluntários da Pátria"
Inicialmente formado para tomar proveito do patriotismo que tinha tomado conta do Brasil no início da guerra, reunindo os voluntários que se alistavam espontaneamente. O governo assegurava vantagens aos voluntários como prêmio de trezentos mil réis; lotes de terra com vinte e duas mil braças em colônias militares; preferência nos empregos públicos; patentes de oficiais honorários; liberdade a escravos; assistência a órfãos, viúvas e mutilados de guerra.
Com o passar do tempo e a diminuição do entusiasmo popular, o governo imperial passou a exigir dos presidentes das províncias cotas de voluntários, que deveriam recrutar. Cada Província foi solicitada prover, no mínimo, 1% da sua população. Por outro lado, havia várias formas de se escapar da convocação: os aquinhoados faziam doações de recursos, equipamentos, escravos e empregados para lutarem em seu lugar; os de menos posses alistavam seus parentes, filhos, sobrinhos ou agregados; aos despossuídos só restava a fuga para o mato. Também participaram da guerra índios de várias províncias.

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