sábado, 30 de setembro de 2023

 Vamos falar hoje do filósofo romano  Sêneca.

Sêneca


De família nobre, Lúcio Aneu Sêneca (em latim, Lucius Annaeus Seneca), nasceu em Córdoba, atual Espanha, na época possessão romana,  por volta de 4 a.C. e morreu em Roma, no ano 65 d.c.. Filho de  Marco Aneu Sêneca (Sêneca, o Velho), um destacado orador, desde pequeno viveu em Roma, local donde estudou Filosofia e Oratória e, mais tarde, Direito. Ficou famoso pela influência que possuía, trabalhando no Senado Romano e ademais, começou a palestrar sendo um dos melhores oradores e intelectuais estoicos de Roma.

Estoicismo é uma corrente filosófica da Grécia antiga, fundada por Zenão de Cítio por volta do século III a.C. Ideia difundida por Sêneca consisti em aceitar a vida como ela é e superar as diversidades e as agruras com resiliência.

A visão de mundo trazida por Sêneca e seus contemporâneos é de caráter pouco abstrato do pensamento da versão romana que até então vigorava, onde as questões sobre a natureza nem sempre aparecem vinculadas à preocupação ética.

Sêneca rompera com essa tradição. Ele desenvolveu uma nova abordagem prática de filosofia, que compreendia a ética, pois considerava a filosofia um assunto eminentemente prático. Ele percebeu que estava trilhando uma nova concepção a respeito da filosofia, tanto que não hesitava em tomar de outras correntes filosóficas elementos que podiam contribuir para formular um pensamento que ensine a viver bem. Sêneca vai além do materialismo estóico, descobre a consciência como força espiritual e moral, ela é o conhecimento do bem e do mal, originário e ineliminável. E outra descoberta, ainda não pensada pela filosofia grega era a vontade como uma faculdade distinta do conhecimento. Porém, não soube dar um adequado fundamento teórico a essa descoberta.

Durante sua juventude seu interesse pela filosofia começou com o pitagorismo e posteriormente se interessou pelo estoicismo. Aos 26 anos foi escolhido para preceptor do Imperador Nero. Esteve à frente do império por quase dez anos.

Quanto ao agir humano, Sêneca deu grande importância à dimensão ética interior, negou qualquer valor às diferenças sociais e políticas dos homens: todos os homens são iguais enquanto tais. Não havia filósofo estóico que, mais do que ele, tenha-se oposto à instituição da escravidão exaltado o amor e a fraternidade entre os homens. E dedicou-se a observar as questões existenciais que buscavam consolação diante da dor.

Aos 44 anos, famoso intelectual e orador, faz um discurso no foro, acentuando seu pensamento contrário à instituição da escravidão e as distinções sociais, pondo como fundamento das relações entre os homens a fraternidade e o amor. Sêneca propõe que se deve comportar-se com os inferiores como gostarias que se comportassem contigo aqueles que te são superiores. Tal discurso provocou a ira do imperador romano Calígula, que se sente ofendido e decide matar Sêneca. O filósofo foi salvo por uma das amantes de Calígula que argumentou sobre a frágil saúde de Sêneca, que este não teria vida longa. Sobre sua doença, Sêneca declara que o médico dizia que a batida do pulso indicava uma agitação, mal definida de algo que perturbava as condições normais do organismo. No total o filósofo conheceu cinco imperadores romanos.

Frases famosas de Sêneca:

"A religião é vista pelas pessoas comuns como verdadeira, pelos inteligentes como falsa e pelos governantes como útil."

"É preciso dizer a verdade apenas a quem está disposto a ouvi-la."

"Não é porque certas coisas são difíceis que nós não ousamos, é justamente porque não ousamos que tais coisas são difíceis."


A moral romana ainda não conhecia um equilíbrio tão perfeito; e esse equilíbrio nascia num homem que sofria e lutava, que tirava experiência do pensador e do homem de Estado, sujeito a todas as exigências e conveniências da política; e que todavia sabia elevar-se acima da ruína causada por sanguinários tiranos ou por literatos aduladores. A doutrina moral de Sêneca nasce do amor; e também da dor. É uma contínua tentativa para fortalecer a alma contra as injúrias da sorte e da iniquidade humana; é um Diálogo da Clemência preparação do homem aos combates extremos: deve-se viver entre os próprios bens, entre as coisas mais queridas, como se a todo momento essas pudessem deixar-nos, como se a todo momento a vida mesma viesse a nos faltar. Sêneca se dedicou a observa as dores humanas, o sofrimento, a angústia e a buscar a consolação, a sabedoria, que viessem tranqüilizar as alma infortunadas de temores.





Em 62 solicita permissão a Nero para se afastar dos negócios em Roma, e escreve seus trabalhos filosóficos mais importantes. Em 65 os inimigos de Sêneca fazem uma falsa denúncia a Nero que condena-o à morte através do suicídio. Esta morte foi uma agonia, como descreveu Tácito (Annales XV, 60-5) e foi esplêndidamente ilustrada por Rubens. Corta uma veia do pé em busca de uma morte tranquila. Porém demorou tanto a sangrar que pediu um banho quente para facilitar a hemorragia. Antes, lembra-se de um texto e chama um secretário para copiar um ditado. Enquanto a vida se esvai lentamente deixa seu pensamento imortal através da escrita. Ao final, como Sócrates, acabou tomando o veneno da cicuta.




Fontes:

todamateria.com
infopedia.pt
filosofia.com.br
wikipedia.org
google.com
ebiografia.com
vidasimples.co

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

 Vamos falar hoje da obra Tristão e Isolda.


Fruto de mitos celtas da Idade Medieval transmitidos por via oral entre os povos celtas e normandos, conta e história do cavaleiro Tristão da Cornualha, península da Grã Bretanha, e a princesa escocesa Isolda.





Órfão de pai e mãe desde cedo, Tristão foi criado pelo cavaleiro Rohalt, quem achava ser seu verdadeiro pai. É sequestrado  por comerciantes irlandeses e abandonado na Cornualha.


Seu pai adotivo o localiza e conta toda a verdade para ele. Tristão descobre também que o rei da Cornualha é seu tio Marco da Cornualha.




Seu tio Marco está noivo da bela Isolda, mas o rei tem uma dívida com Moholt, um cavaleiro, que segundo alguns textos é irmão de Isolda. Nessa dívida todos os anos o rei deve enviar ao guerreiro Moholt  300 jovens castos, 150 rapazes e 150 donzelas.

Para livrar o tio dessa infame dívida Tristão aceita duelar com Moholt e o mata, sendo ferido por ele com uma lança envenenada.

Nesse ponto a lenda se assemelha com Édipo Rei de Sófocles que mata a Esfinge para livrar Tebas de uma dívida semelhante e depois descobre que o rei de Tebas Laio e a rainha Jocasta são seus pais verdadeiros.




Ferido e moribundo com o veneno, Tristão vai para a Escócia para morrer. Lá, ele é ajudado pela princesa Isolda, sem saber tratar-se da noiva de seu tio Marco.

Tristão é encarregado de trazer a noiva para a Cornualha, e na viagem de volta se apaixonam. (semelhante a lenda de Lancelot e Guinevere, do Rei Arthur).

Isolda casa com Marco, mas a paixão arrebatadora por Tristão faz com que ambos virem amantes.






No final o casal é descoberto e Tristão foge e se casa com outra mulher, filha do Duque da Bretanha, também chamada Isolda, a das mãos brancas.

Tristão é novamente ferido em combate e pede a sua amada Isolda, a loura,  que o socorra.

Combinam que se o navio que vier da Cornualha estiver com velas brancas, é um sinal que Isolda está nele, se vier com velas pretas, porém, significa que Isolda não vem.

Enciumada, Isolda, a das mãos brancas, manda o barqueiro estender velas negras, e diz a Tristão que sua amada Isolda, a loura está morta. Desesperado Tristão toma um veneno e morre. Isolda chega e ao vê-lo estendido no chão o beija apaixonadamente, sorvendo parte do veneno e morrendo também. (Essa passagem lembra o clássico de Shakespeare : Romeo e Julieta)

Essa linda e triste história de amor inspirou vários artistas durante vários séculos. 

Em 2006 chegou aos cinemas uma nova versão, Tristan & Isolde, produzida por Ridley Scott, estrelada por James Franco e Sophia Myles.


Here without you - 3 Doors Down
Filme de 2006 - Tristão e Isolda


Richard Wagner compôs a ópera Tristão e Isolda baseado na história.


Tristão e Isolda - Wagner



Fontes:



wikipedia.org
google.com
youtube.com
todamateria.com.br
infopedia.pt
infoescola.com

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

 Hoje voltamos a falar de uma grande dúvida da Língua Portuguesa: X ou CH.





Um linguista ou um  professor de português vai dizer que tudo depende da formação das palavras, suas origens e ao seu estudo etimológico.

Mas convenhamos, que de uma forma geral, é muito difícil se prender a esses estudos.

Outra forma é o hábito de ler e escrever. Por associações e imitações aprendemos as formas corretas de grafia das palavras.

No entanto existem "dicas" que nos ajudam a identificar a forma correta de escrever palavras com X ou com CH.


As palavras iniciadas com a sílaba "en" normalmente usamos o X.
Ex: enxada, enxaqueca, enxoval, enxugar, enxerido, enxerto.

Notem que eu disse "normalmente", porque em Português sempre existem exceções.

Se a palavra tem a origem numa palavra escrita com CH, mesmo começando com a sílaba "en" ela é escrita com CH.

Assim palavras como :
encher - vem de cheio
enchumaçar -  vem de chumaço
encharcar - vem de charco
enchente - vem de cheio
encachoeirado - vem de cachoiera


Usa-se o depois de ditongo( encontro entre vogal e semivogal) - " em termos linguísticos as vogais são: a, e, o, e semivogais são : i, u ."

Ex: encaixar, ameixa, baixo, frouxo, faixa, trouxa.

É claro que existem exceções. Nesse caso a exceção é a palavra recauchutar e seu derivado, recauchutagem que tem a sua etimologia da palavra francesa " recaoutchouter".
Para o restante das palavras o é usado após os ditongos.


Palavras iniciadas com "M" também se escrevem com X.

Ex: México, mexerica, mexer, mexilhão.

Cuidado com a palavra "mecha" e "mexa"
Mexa é o imperativo do verbo mexer, e portanto se escreve com X; já mecha é um substantivo que significa pedaço, parte.
Ex. Uma mecha de cabelo
Mexa-se!


Palavras de origem indígenas, africanas, ou oriundas da língua inglesa  como abacaxi,  orixá, xampu, xingar, capixaba, xerife, também escrevem-se com X.


Imagem relacionada


A palavra "chá" bebida feita de ervas, é escrita com CH

Existe, porém, a Xá com X, que embora tenha a mesma pronúncia (homônimas) tem significado diferente. Xá é um título do soberano da antiga Pérsia.

A palavra "Xaveco" tem origem no idioma árabe " xabbáq " e significa cantada, sedução, galanteio, conversa.

Já a palavra árabe "xabbaq" significa pequena embarcação.

Por ser oriunda de uma palavra estrangeira que começa com X, resolveu-se mantê-la com X também em português

Como disse no início, somente a leitura, faz de você um melhor escritor. 




Fontes:


noticias.r7.com/blogs/portugues-de-brasileiro
stoodi.com.br
voupassar.club/palavras-com-ch
infoescola.com/portugues

terça-feira, 26 de setembro de 2023

Vamos falar do grande artista plástico brasileiro: Cândido Portinari.



Cândido Portinari




Candido Portinari nasceu em 29 de dezembro de 1903,  numa fazenda de café nas proximidades de Brodowski, interior de São Paulo, à época distrito do município de Batatais. Seus pais eram os imigrantes italianos,  Giovan Battista Portinari (João Baptista Portinari) e Domenica Turcato (Domingas Torquato), originários de Chiampo e Tezze sul Brenta, respectivamente, ambos municípios da província de Vicenza no Vêneto.


Com a vocação artística logo na infância, Portinari teve pouco estudo não completando sequer o ensino primário. Aos 14 anos de idade, uma trupe de pintores e escultores italianos que atuavam na restauração de igrejas, passa pela região de Brodowski e recruta Portinari como ajudante. Seria o primeiro grande indício do talento do pintor brasileiro.

Aos 16 anos, já decidido a aprimorar seus dons, Portinari deixa São Paulo e parte para o Rio de Janeiro para estudar na Escola Nacional de Belas Artes. Durante seus estudos na ENBA, Portinari começa a se destacar e chamar a atenção tanto de professores quanto da própria imprensa. Tanto que aos 20 anos já participa de diversas exposições, ganhando elogios em artigos de vários jornais. Mesmo com toda essa badalação, começa a despertar no artista o interesse por um movimento artístico até então considerado marginal: o modernismo.


Baile da roça


Um dos principais prêmios almejados por Portinari era a medalha de ouro do Salão da ENBA. Nos anos de 1926 e 1927, o pintor conseguiu destaque, mas não venceu. Anos depois, Portinari chegou a afirmar que suas telas com elementos modernistas escandalizaram os juízes do concurso. Em 1928 Portinari deliberadamente prepara uma tela com elementos acadêmicos tradicionais e finalmente ganha a medalha de ouro e uma viagem para a Europa.


Cândido Portinari, Antônio Bento, Mário de Andrade e Rodrigo Melo





Os dois anos que passou vivendo em Paris foram decisivos no estilo que consagraria Portinari. Lá ele teve contato com outros artistas como Van Dongen e Othon Friesz, além de conhecer Maria Martinelli (1912-2006), uma uruguaia de 19 anos com quem o artista passaria o resto de sua vida. A distância de Portinari de suas raízes acabou aproximando o artista do Brasil, e despertou nele um interesse social muito mais profundo.

Em 1931, Portinari volta ao Brasil renovado. Muda completamente a estética de sua obra, valorizando mais cores e a ideia das pinturas. Ele quebra o compromisso volumétrico e abandona a tridimensionalidade de suas obras. 

Em 1932, Portinari realizou uma exposição individual no Palace Hotel, no Rio. A partir de então, se concentrou na temática social e na busca de exprimir a terra brasileira. A tela O Café (1934) define essa fase.


O Café





Aos poucos o artista deixa de lado as telas pintadas a óleo e começa a se dedicar a murais e afrescos. Ganhando nova notoriedade entre a imprensa, Portinari expõe três telas no Pavilhão Brasil da Feira Mundial em Nova Iorque de 1939. Os quadros chamam a atenção de Alfred Barr, diretor geral do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque.


Morro



A década de 1940 começa muito bem para Portinari. Alfred Barr compra a tela "Morro do Rio" e imediatamente a expõe no MoMA, ao lado de artistas consagrados mundialmente. O interesse geral pelo trabalho do artista brasileiro faz Barr preparar uma exposição individual para Portinari em plena Nova Iorque. Nessa época, Portinari faz dois murais para a Biblioteca do Congresso em Washington. Ao visitar o MoMA, Portinari se impressiona com uma obra que mudaria seu estilo novamente: "Guernica" de PabloPicasso.

Participação política

Portinari foi ativo no movimento político-partidário, inclusive, candidatando-se a deputado federal em 1945 pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) e a senador, em 1947 pleito em que aparecia em todas as sondagens como vencedor, mas perdendo com uma pequena margem de votos, fato que levantou suspeitas de fraude para derrotá-lo devido o cerco aos membros do PCB.

Em 1944 foi convidado pelo arquiteto Oscar Niemeyer para decorar a capela da Pampulha em Belo Horizonte. Pintou o “São Francisco” e as 14 cenas da “Via Sacra”. A guerra levou a obra de Portinari à vigorosa fase expressionista. Em consequência das objeções estéticas das obras, com imagens contorcidas, durante anos a Igreja recusou a consagração do templo.
Cândido Portinari


Também dessa fase é a série Retirantes (1946), com seus personagens esquálidos, mutilados e maltrapilhos, que foi exposta em Paris e teve uma das tela adquirida pelo Museu de Arte Moderna.

.Portinari



Em 1952, pintou o painel A Chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil, para a matriz do Banco da Bahia, em Salvador.

Nesse mesmo ano, começou o estudo para a elaboração dos dois grandes painéis Guerra e Paz para a sede da ONU em Nova Iorque, que só foram concluídos em 1956.

Candido Portinari
Guerra e Paz -Painel exposto da ONU



Candido Portinari faleceu no Rio de Janeiro, no dia 6 de fevereiro de 1962, vítima de intoxicação das tintas que utilizava.


Fontes:
ebiografia.com
google.com
wikipedia.org

domingo, 24 de setembro de 2023

Os admiradores dos filmes de Ian Fleming, James Bond, criada em 1953, devem se lembrar das famosas Bond Girl.


Vamos mostrar um históricos da dez Bond Girl mais famosas do cinema.



 1 - Honey Ryder interpretada por: Ursula Andress

Ursula Andress, com algumas partes dubladas por Nikki van der Zyl, estabeleceu o padrão para Bond Girls como Honey Ryder em 007 Contra o Satânico Dr. No. Quando você pensa nas icônicas Bond Girls, seu momento de biquíni branco é provavelmente a primeira imagem que vem à mente. Embora falte profundidade no roteiro para sua personagem, Honey mostra um lado feroz e uma sede de vingança. Ela pode parecer tímida perto de Bond, mas não se engane, pois ela tem mais força do que aparenta.



 

2 - Natalya Simonova interpretada por: Izabella Scorupco

Natalya Fyodorovna Simonova é a personagem mais bem interpretada por Izabella Scorupco em 007 Contra GoldenEye. Como programadora de nível 2, ela é o gênio tecnológico do filme, mas também possui uma ingenuidade encantadora. Mesmo com o sorrateiro Boris, brilhantemente interpretado por Alan Cumming, Natalya vê o melhor nas pessoas, mostrando sua natureza confiante. Ela foi uma personagem muito querida porque ajudou Bond em sua missão com habilidades de programação de computadores que Bond não tinha.




3 -Wai Lin interpretada por: Michelle Yeoh

A interpretação de Wai Lin por Michelle Yeoh em 007 - O Amanhã Nunca Morre foi impressionante, mostrando que ela não é uma mera fantasia masculina, mas uma agente de espionagem feroz e independente com sua própria agenda. Como uma espiã chinesa inteligente e experiente, Wai Lin prova seu valor com habilidades de luta de cair o queixo que até mesmo Bond poderia invejar. Embora a franquia ainda possa se apegar à ideia da “donzela em perigo”, Wai Lin passa a maior parte do filme provando que seu lugar é ao volante, e não no banco de trás.




4 - Eva Green. A interpretação de Vesper Lynd por Eva Green em 007 - Cassino Royale foi um momento decisivo para Bond, deixando uma marca inesquecível em seu coração. Desde o primeiro encontro, Vesper o avalia, sempre um passo à frente, até que o amor pega os dois de surpresa. A atuação de Green dá vida a Vesper com uma mistura perfeita de inteligência, força e vulnerabilidade. Sua química com Daniel Craig é extraordinária, fazendo dela uma das melhores atrizes que já interpretaram uma Bond Girl.





5 - Jill Masterson interpretada por: Shirley Eaton

No clássico atemporal 007 Contra Goldfinger, Shirley Eaton acende a tela como a inesquecível Jill Masterson, causando um impacto duradouro apesar de ter tido um tempo de tela tão limitado. Ela e Bond compartilhavam uma química inegável na tela, deixando os fãs querendo mais. Infelizmente, o potencial de Jill para futuras aparições como Bond Girl foi interrompido por sua morte memorável e incomum, na qual ela foi sufocada por tinta dourada. Uma forma extremamente rara de morrer!




6 - Manuela interpretada por: Emily Bolton

Manuela, interpretada por Emily Bolton, é uma agente do MI6 e aliada de Bond em Moonraker. Essa carioca experiente e sedutora certamente sabe como chamar a atenção de 007, superando-o nas movimentadas ruas do Brasil e até preparando um martini perfeitamente batido. Sua ousada proposta de intimidade deixa Bond momentaneamente atordoado, provando sua perícia na arte da sedução. Mas qual Bond Girl não é especialista na arte da sedução?



7 - Miranda Frost interpretada por: Rosamund Pike

Em 007 - Um Novo Dia para Morrer, Rosamund Pike apresenta uma atuação incrível como Miranda Frost, uma agente do MI6 traiçoeira e ferozmente competitiva, tornando sua personagem um dos destaques do filme. A interpretação de Pike da bela, porém mortal, femme fatale, é perfeita, tornando-a a joia brilhante em um filme criticado. Embora muitos possam concordar que este filme é insuficiente, não há como negar que vale a pena assistir à interpretação de Rosamund Pike.





 

8 - Lucia Sciarra interpretada por: Monica Bellucci

A Lucia de 007 - Contra Spectre, interpretada pela deslumbrante Monica Bellucci, atraiu muita atenção como a Bond Girl mais velha da franquia, mas não esqueçamos que a idade não define seu apelo. Ela é misteriosa e espirituosa, parecendo estar no mesmo nível do próprio Bond. Embora tenha havido um momento em que Bond a salvou da morte, ela não interpreta uma donzela em perigo. O foco em sua idade pode ofuscar sua profundidade, mas a interpretação de Bellucci garante que Lucia seja mais do que apenas um estereótipo.






9 - May Day interpretada por: Grace Jones

Grace Jones eletrifica a tela como May Day em 007 - Na Mira Dos Assassinos. Como feroz companheira, amante e guarda-costas do bilionário psicopata Max Zorin, ela tinha looks icônicos e habilidades mortais. Mas ela não foi sua amante por muito tempo. Por quê? Bem, você adivinhou! No início do filme, ela escapa de Bond pulando da Torre Eiffel; mais tarde no filme, eles fazem amor.





10 - Elektra King interpretada por: Sophie Marceau

Elektra King assume o título da maior vilã de Bond. Sophie Marceau faz o papel da tortuosa Elektra em 007 - O Mundo Não é o Bastante, uma Bond Girl que desafia as expectativas. Ao contrário de outras que sucumbiram aos encantos de 007, Elektra o engana com maestria e o usa em seu benefício. E ao contrário do típico propósito de “destruir do mundo”, a missão de Elektra é fundamentada e verossímil, tornando-a uma das vilãs mais realistas da franquia.





Fontes:

www.tv-bee.com/pt/every-bond-girls
google.com
wikipedia.org




sábado, 23 de setembro de 2023

 Hoje vamos falar dos poetas: Fernando Pessoa; Alberto Caieiro; Ricardo Reis e Álvaro de Campos.




Fernando Pessoa (ortônimo)

Tinha uma personalidade com conflitos não solucionados, com inibições de um comportamento sexualmente indeciso, oscilando entre o melindre e a tentação dos sentidos, decepcionado pelo seu corpo material e pelas circunstâncias de vida que o limitavam - era magro, calvo disfarçado pelo chapéu, sem sucesso amoroso, sem carreira profissional, endividado, porém com uma superação na escrita que proporcionou desdobramentos de sua personalidade. Vivia em um processo constante de busca esotérica sobre si mesmo e sobre Portugal.


Seu grande amor foi Ophélia Queiróz, com quem mantinha uma vasta correspondência.






Meu Bébé pequenino:


Então o meu Bébé fez-me uma careta quando eu passei? Então o meu Bébé, que disse que me ia escrever hontem, não me escreveu? Então o Bébé não gosta do Nininho? (Não é por causa da careta, mas por causa de não escrever) Olha, Nininha; e agora a serio: achei que tinhas um ar alegre hoje, que mostravas boa disposição. Também pareces ter gostado de ver o Ibis, mas isso não garanto, com medo de errar. Ainda fazes muita troça do Nininho? (A. de C.). Não sei se irei amanhã a Belem; o mais provavel, como te disse, é que vá. Em todo o caso, já sabes: depois das 6.30 não appareço, de modo que escusas de esperar pelo Ibis para alem d’essa hora.
Ouvistaste? [sic]
Muitos beijos e um abraço á roda da cintura do Bébé. Sempre e muito teu Fernando


6.5.1920


Certa vez Ophélia disse sobre Fernando Pessoa:












"O Fernando, em geral, era muito alegre. Ria como uma criança, e achava muita graça às coisas. Dizia, por exemplo «ouvistaste?» em vez de «ouviste». Quando saía para engraxar os sapatos, dizia-me: «-Eu já venho, vou lavar os pés por fora». Um dia mandou-me um bilhetinho assim: « O meu amor é pequenino, tem calcinhas cor-de-rosa» Eu li aquilo e fiquei indignada. Quando saímos, disse-lhe zangada: « Ó Fernando, como é que você sabe que eu tenho calcinhas cor-de-rosa ou não, você nunca viu...» (tanto nos tratávamos por tu como por você). E ele respondeu-me assim a rir: « Não te zangues, Bebé, é que todas as bebés pequeninas têm calcinhas cor-de-rosa...»





Alberto Caeiro nasceu em Lisboa, em 16 de abril de 1889. Órfão de pai e mãe, só teve instrução primária e viveu quase toda a vida no campo, sob a proteção de uma tia. Poeta de contato com a natureza, extraindo dela os valores ingênuos com os quais alimenta a alma. Para Caeiro, “tudo é como é”, “tudo é assim como é assim”, o poeta reduz tudo à objetividade, sem a mediação do pensamento. O poema “O Guardador de Rebanhos” mostra a forma simples e natural de sentir e dizer desse poeta. Alberto Caeiro morreu tuberculoso, 1915.











Não Tenho Pressa




Não tenho pressa. Pressa de quê?
Não têm pressa o sol e a lua: estão certos.
Ter pressa é crer que a gente passa adiante das pernas,
Ou que, dando um pulo, salta por cima da sombra.
Não; não sei ter pressa.
Se estendo o braço, chego exactamente aonde o meu braço chega -
Nem um centímetro mais longe.
Toco só onde toco, não aonde penso.
Só me posso sentar aonde estou.
E isto faz rir como todas as verdades absolutamente verdadeiras,
Mas o que faz rir a valer é que nós pensamos sempre noutra coisa,
E vivemos vadios da nossa realidade.
E estamos sempre fora dela porque estamos aqui.




Um de seus poemas mais famosos é "O guardador de rebanhos"

Eu Nunca Guardei Rebanhos
Eu nunca guardei rebanhos,
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações
A seguir e a olhar.
Toda a paz da Natureza sem gente
Vem sentar-se a meu lado.
Mas eu fico triste como um pôr de sol
Para a nossa imaginação,
Quando esfria no fundo da planície
E se sente a noite entrada
Como uma borboleta pela janela.





Ricardo Reis nasceu na cidade do Porto, Portugal, no dia 19 de setembro de 1887. Teve formação em escola de jesuítas e estudou medicina. Monarquista, exilou-se no Brasil, por não concordar com a Proclamação da República Portuguesa. Foi profundo admirador da cultura clássica, tendo estudado latim, grego e mitologia. A obra de Reis é a ode clássica, cheia de princípios aristocráticos.







Influenciado pelos ideais filosóficos greco-latinos, sobretudo pelo epicurismo e pelo estoicismo, Ricardo Reis criou uma poesia em que a harmonia, a clareza, as boas formas de viver, o prazer, a serenidade e o equilíbrio são os principais temas. Recebeu também forte influência do poeta Alberto Caeiro, considerado um mestre para os demais. Sua poesia defende o ideal do “carpe diem”, frase do poeta Horácio popularmente traduzida como “aproveite o momento”. Por meio de seus versos, Ricardo Reis procurou atingir a paz e o equilíbrio sem sofrer, considerando a vida como uma viagem cujo fluir e fim são inevitáveis.






Estás Só

Estás só. Ninguém o sabe. Cala e finge.

Mas finge sem fingimento.
Nada 'speres que em ti já não exista,
Cada um consigo é triste.
Tens sol se há sol, ramos se ramos buscas,
Sorte se a sorte é dada.


Ricardo Reis, in "Odes"






Álvaro de Campos nasceu no extremo sul de Portugal, em Tavira, em 15 de outubro de 1890. É o poeta moderno, aquele que vive as ideologias do século XX. Estudou Engenharia Naval, na Escócia, mas não podia suportar viver confinado em escritórios. De temperamento rebelde e agressivo, seus versos reproduzem a revolta e o inconformismo, manifestados através de uma verdadeira revolução poética. Escreveu “Ode Triunfal”, “Ode Marítima” e “Tabacaria”.


Era solitário e depressivo. Viveu tudo na vida intensamente. Possuía a filosofia do niilismo - nada valeu a pena, tudo foi em vão. Expressava tédio por um mundo que não o aceitava, colocava-se com linguagem despida de beleza. Sua poesia era grotesca, formada em um gênero literário desqualificado, sob a finalidade de aliviar-nos a beleza. O seu esforço em conhecer a si próprio fragmenta o seu próprio eu. Mostra-se impotente frente ao real.






Todas as Cartas de Amor são Ridículas




Todas as cartas de amor
são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.


Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.


Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.


A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.


(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)




Álvaro de Campos, in "Poemas"




Poema em linha reta



Nunca conheci quem tivesse levado porrada.

Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.


E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.


Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...


Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,


Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?


Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?


Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.



Álvaro de Campos










Poema auto psicografia de Fernando Pessoa, por ele mesmo.



Auto psicografia

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.


E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.


E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.


O que todos esses poetas têm em comum ? Eles são a mesma pessoa; Álvaro de Campos;Alberto Caieiros e Ricardo Reis, são os principais heterônimos do grande poeta português Fernando Pessoa.

Para tanto, o poeta português criava nome, estilo próprio de escrever, biografia e até fazia mapa astral para cada escritor inventado. “Já foram descobertos uns 78 autores criados por ele. E Fernando Pessoa acabou ficando conhecido justamente por isso. Isto é: um poeta tenta discutir porque o ‘eu’ não é único e o seu nome fica conhecido pela quebra da questão da autoria.
Fernando Pessoa tinha o seu lado místico adepto do , espiritismo, cabala, maçonaria e astrologia.


Muitos atribuem a isso seus heterônimos, como se fossem incorporações de outras vidas.


O compositor brasileiro Chico Buarque de Holanda, adotou por algum tempo o heterônimo de "Julinho da Adelaide" por razões da perseguição da censura.






Fontes:
ebiografia.com
citador.pt
portugues.uol.com.br
releituras.com
rede.novaescolaclube.org.br
biblioteca.pucrs.br

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